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ATITUDES DE (feliz?) NATAL

>> domingo, 6 de dezembro de 2009

Basta dezembro chegar para todo mundo se encher do tal espírito de Natal.
Que maravilha! Vivemos em função daquela noite de 24 de dezembro: pensamos no presente para A, para B, na ceia em família, no almoço do dia seguinte com as sobras da noite anterior, enfim.
E é a hora de fazer o bem. É “feliz natal” para o entregador de jornais, para os funcionários do condomínio, para os terceirizados da nossa empresa, para os lixeiros da rua, para as criancinhas da favela do fim do mundo virando a esquina, para os doentes com câncer, para os deficientes...
Aí eu pergunto: por que só se fazer o bem em dezembro? Será que essas pessoas não precisam de ajuda no resto do ano?
Ah, não adianta tentar convencer-me que são carentes de uma série de coisas e que nesta época do ano suas frustrações, mágoas, rancores, enfim, sentimentos (a)d(i)versos ficam mais aflorados.
Eu acho que necessidades não escolhem dia, mês, ano, época. Há muitas instituições sérias que passam o ano matando um leão por dia para dar um pouco de dignidade a pessoas – e até animais – abandonados à sorte de seus carmas, necessidades.


Impostos vencem todos os dias, todos os meses, não apenas no Natal. Contas de água, energia elétrica, telefone, aluguel também. Fora a comida. Necessitados não se alimentam só em dezembro.
Parabéns a você que fez sua doação, ajudou alguém, alguma instituição de sua confiança.
Mas pense que em janeiro, fevereiro, março, junho, outubro, elas também precisarão de ajuda.
E onde você estará nesta época?
Aproveite o Natal para pensar nisso. E uma semana depois vem o ano novo, onde planejaremos 2010 inteiro. Que tal colocar essa sua ajuda na lista de seus planos?

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SÃO PAULO - CORES E NOMES - episódio 06

>> terça-feira, 22 de setembro de 2009

PARABÉNS, PAULISTANOS!


Continuem jogando lixo nas ruas de São Paulo e veremos, a cada chuva, mais alagamentos, desabamentos, congestionamentos e... MORTES!
Continuem ocupando áreas de mananciais em São Paulo. Continuem canalizando rios... Depois, não adianta chorar sobre os filhos soterrados!

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SÃO PAULO, CORES E NOMES - episódio 05

>> sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O QUE OS GAYS QUEREM, AFINAL?

(Agradecimentos: Bruno, Marcia e Nelson)

Minorias religiosas, étnicas, religiosas e sociais sempre buscaram, muitas vezes aos gritos, seu lugar ao sol, com a bandeira da igualdade, dos valores, do amor e do respeito ao próximo.
Com os homossexuais (embora 10% – segundo o IBGE – seja gente pra caramba) não é diferente, mas, agindo do jeito que uma pequena e ruidosa parcela age, qual é a deles, o que querem os gays, afinal?

“Eu não perco o show da Isabella Taviani de jeito nenhum. Porra, a voz dela é ducaráiu”.
(Dito por uma moça numa das mesas do bar “O Farol”, na Vila Madalena)

“Sobre mim: sou uma pessoa normal, nível superior, culto, com suas qualidades e defeitos, quer saber mais ao meu respeito me pergunte. O q Procuro? novas amizades, diversão, viver o lado bom da vida intensamente e da melhor forma possível. Amizade São sempre bem vindas independente da idade. Relacionamento: procuro uma pessoa com conteúdo, a questão de idade é o que menos importa, pois tenho certeza que vc conheça alguem com 25 anos com kbça de um mlk de 15, e um `garoto´ de 18 anos com cabeça de 30, então nunca julgue o livro pela capa sem antes conhece-lo. Quer saber mais? me mande uma msg, responderei a todos com o maior prazer e s/ exeções”.
(De um rapaz num site de relacionamento. Vários erros de português e pouca coerência na construção das frases. Repare que na primeira linha ele frisou a escolaridade e cultura)

“Peguei um tudibom, beijamos muito... Aí saiu e eu catei outro melhor ainda”.
(Alguém, contando como foi a noite anterior na balada)

“Juro por Deus, se aquela vadia passar na minha frente, enfio a mão nela e ainda esfrego a cara da vagabunda no asfalto”.
(De uma garota retirada do Bar da Grã, depois ter visto sua ex namorada com uma outra garota aos beijos e ter partido para a agressão)

“Busco uma pessoa que queira levar um relacionamento a serio! Não sou nem, muito menos, gosto de afeminados. Não busco somente sexo, prazer. Busco respeito, pessoas que sejam legais. Que tenham um bom papo, objetivos na vida. Não sou nenhum santinho, mas gosto de respeito e de carinho. Curto pessoas entre 18 a 23 anos. Quero poder ter alguém do meu lado, pra sair, assistir filmes, ficar de boa curtindo a vida juntos! Admiro pessoas que se cuidem, cheirosas, e que tenham humildade também!”
(Do mesmo site acima, de um garoto de 22 anos. O detalhe é que as fotos dele no perfil não mostram o rosto e, sim, o peito, a bunda e o pênis)

“Ele é muito gostoso. Tem uma bunda, nossa!!!!! Trepamos a noite inteira. Depois dormimos e quando acordamos, comi gostoso de novo.. Pena que ele teve que ir embora. Só que não lembro o nome dele”.
(Um amigo contando ao outro, na praça de alimentação do Shopping Frei Caneca, como era o cara que ele tinha conhecido)

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MISTÉRIOS DA ALMA

>> segunda-feira, 7 de setembro de 2009

- Sabe, Mari? Não adianta eu ficar falando do pé na bunda que eu tomei, ou do estrago dos esporros que eu tomava antes de ignorar. Se tudo aconteceu não foi “só” por culpa deles. Eu tive parcela grande de responsabilidade nisso.
- É muito bom saber que você pensa assim! Que chegou a esta conclusão!


***

- Em todas as fotos, ele aparece com o peitoral de fora, mostrando músculos, a barriga tanquinho e a crista ilíaca.
- E é só isso que ele tem a mostrar?


***

- Sorte sua que você trabalha amanhã só à tarde, né?
- Mas, eu não falei que trabalhava só à tarde.
- Sim, mas você está aqui hoje!
- E se eu fosse um louco, que viesse aqui e fosse direto pro trampo?
- Se você fosse um louco, não teria passado boa parte da noite quieto aí dançando, na sua.


***

- Como assim, você gosta de novela? Não acha que um homem da sua idade deveria ver coisas mais úteis?
- Pra que? Se você, que tem cinco anos a menos, está com mais cabelos brancos e rugas que eu?



Cada ser humano é uma caixinha de surpresas. E o mais encantador é que a gente pode, através de um simples olhar, um gesto, ou uma frase de efeito, surpreender-se a todo o momento com o que cada um é capaz de nos mostrar e com o que mostramos aos outros.
Verdade ou mentira?

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EM NOME DO PAI...

>> terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu juro que já tentei me imaginar no lugar do escrivão só pra ver se eu conseguiria segurar o riso. Mas vi que isso seria impossível. Fale a verdade: não dá vontade de colocar um pai ou uma mãe na cadeia?



Abrilina Decima Nona Caçapava
Abxivispro Jacinto
Acheropita Papazone
Adolpho Hitler de Oliveira
Adoração Arabites (masculino)
Agrícola Beterraba Areia Leão
Aldegunda Carames More (masculino)
Alfredo Prazeirozo Texugueiro
Amado Amoroso
Amin Amou Amado
Amor de Deus Rosales Brasil (feminino)
Antonio Cacique de New York (juiz-presidente do TRT da 22a. região)
Antonio Camisão
Antonio Dodói
Antonio Pechincha
Antonio Manso Pacifico Sossegado
Antonio Querido Fracasso
Aricléia Café Chá
Arnaldo Queijo
Asteróide Silvério
Audifax
Avagina do Cinema Souza (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida)
Bailão Fernandes da Silva
Bandeirante Brasileiro Paulistano
Barrigudinha Seleida
Benedito Camurça Aveludado
Benedito Froscolo Jovino de Almeida Aimbare Militao de Souza
Baruel de Itaparica Bore Fomi de Tucunduva
Bizarro Assada
Boaventura Torrada
Bom Filho Persegonha
Brandamente Brasil
Bucetildes (chamada, pelos familiares, de Dona Tide - pode uma coisa dessas?)
Cafiaspirina Cruz
Caius Marcius Africanus
Carabino Tiro Certo
Caso Raro Yamada
Céu Azul do Sol Poente
Chananeco Vargas da Silva
Chevrolet da Silva Ford
Chikako Barroso
Clarisbadeu Braz da Silva
Colapso Cardiaco da Silva
Comigo e Nove na Garrucha Trouxada
Confessoura Dornelles
Danúbio Tarada Duarte
Deusarina Venus de Milo
Devercilirio Silveira da Costa
Dezecêncio Feverêncio Delegas
Dignatário da Ordem Imperial do Cruzeiro
Disney Chaplin Milhomem de Souza
Dosolina Piroca Tazinasso
Esdras Esdron Eustaquio Obirapitanga
Esparadrapo Clemente de Sá
Excelsa Teresinha do Menino Jesus da Costa e Silva
Faraó do Egito Sousa
Fedir Lenho
Felicidade do Lar Brasileiro
Flavio Cavalcante Rei da Televisão
Fordencia da Silva
Francisco Notorio Milhão
Francisco Zebedeu Sanguessuga
Francisoreia Doroteia Dorida
Fridundino Eulampio
Graciosa Rodella
Gravitolina Pereira
Hericlapiton da Silva
Hidraulico Oliveira
Himineu Casamenticio das Dores Conjugais
Homem Bom da Cunha Souto Maior
Horinando Pedroso Ramos
Hugo Madeira de Lei Aroeira
Hypotenusa Pereira
Isabel Defensora de Jesus
Jacinto Leite Aquino Rego
Jacinto Fadigas Arranhado
Janeiro Fevereiro de Marco Abril
João de Deus Fundador do Colto
Jose Amâncio e Seus Trinta e Nove
Jose Casou de Calcas Curtas
Jose Catarrinho
Jose Machuca
Jose Padre Nosso
Jose Teodoro Pinto Tapado
Jovelina O Rosa Cheirosa
Julio Santos Pe-Curto
Kemula Katrine
Kunigunda Grohmann
Lança Perfume Rodometalico de Andrade
Leda Prazeres Amante
Letsgo (de Let's go)
Lindulfo Celidonio Calafange de Tefé
Magnésia Bisurada
Maicon Jakisson de Oliveira
Manganês Manganesfero Nacional
Manoel Hora Pontual
Manoel Sovaco de Gambá
Manolo Porras y Porras
Manuelina Terebemtina Capitulina de Jesus
Maria da Cruz Rachadinho
Maria da Segunda Distração
Maria de Seu Pereira
Marina Turburina Cataerva
Matozoide
Mijardina Pinto
Miyatoyohiko Oku
Mimare Índio Brazileiro de Campos
Naida Navinda Navolta Pereira
Napoleão Estado do Pernambuco
Napoleão Sem Medo e Sem Macula
Omenzinha
Oceano Atlântico Linhares
Oceano Pacifico
Orquerio Cassapietra
Otavio Bundasseca
Pacifico Pacato Cordeiro Manso
Padre Filho do Espirito Santo Amem
Pelumendia Loureiro
Presolpina Furtado
Primeira Delicia Figueiredo Azevedo
Produto do Amor Conjugal de Maricha e Maribel
Radigunda Cercena Vicensi
Ressurgente Monte Santos
Restos Mortais de Catarina
Rita Marciana Arroteia
Rocambole Simionato
Rolando Escadabaixo
Rômulo Reme Remido Rodo
Sansão Vagina
Sebastião Salgado Doce
Serdeberao dos Anjos Pereira Vargas
Sete Chagas de Jesus e Salve Pátria
Sete Rolos de Arame Farpado
Sherlock Holmes da Silva
Simplicio Simplório da Simplicidade Simples
Sudene Fatima Machado
Telesforo Veras
Terebentina Terepenis
Terprando Wilson Rego
Trazibulo Jose Ferreira da Silva
Ultima Delicia do Casal Carvalho
Um Dois Três de Oliveira Quatro
Um Mesmo de Almeida
Valdir Tirado Grosso
Veneza Americana do Recife
Vitimado Jose de Araújo
Vitor Hugo Tocagaita
Voltaire Rebelado de Franca

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PAIS E FILHOS

>> sexta-feira, 7 de agosto de 2009

[Bruno, 39 anos, gerente administrativo, casado há 10]
- Eu, na sua idade, soltava pipa, subia em árvore, jogava bola na rua e andava de bicicleta.

[Lucas, 8 anos, segundo ano do ensino fundamental]
- Pois eu, na minha idade, arrumo seu notebook e seu PC que toda vez que o senhor, na sua idade, desconfigura quando vai fuçar.


Homenagem do blog METENDO O BEDELHO a todos esses grandes heróis na arte de criar esses pequenos heróis que fazem qualquer grande herói chorar por qualquer coisa.

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"EX BOM É EX MORTO"

>> terça-feira, 4 de agosto de 2009

O título deste texto é o nome de uma comunidade do Orkut com quase 60 mil pessoas. E eu estou entre elas. Afinal, por todo mal que um dia causou, todo e toda ex, seja mulher, noiva, namorada (com uma honrosa exceção no meu caso), ficada ou trepada deve ficar no mais eterno limbo.

Conheci uma fubanga no shopping de Bauru em dezembro de 2003 e, depois de um papo, marcamos um motel. Foi uma das piores transas e uma das mais retumbantes broxadas da minha vida. Faltou feminilidade, faltou sedução, faltou romance. E também, confesso, um pouco de boa vontade da minha parte. Acho que uma prostituta teria feito melhor, mesmo pagando.

Estes dias, fui com dois amigos a um bar e, logo depois da entrada, “cada um por si e a gente se encontra na hora de ir embora”. Estou no balcão do bar com uma malzbier quando ouço:

- Você não é o XXXX? Amigo de YYYY? Da cidade de ZZZZ?

Não, não sou XXXX, não sou amigo de YYYY e só conheço a cidade de ZZZZ de ouvir falar. Sim. Ela mesma: a fubanga de seis anos atrás estava em São Paulo, naquele bar. Quase que me sinto um Sérgio Enzo.

Algum tempo depois, fui fumar lá fora (sim, em São Paulo os bares já estão aplicando a lei antifumo que vigora oficialmente a partir de 7 de agosto), quando a fubanga chega perto de mim:

- Lembrei de você...

Socorro! Ela simplesmente me metralhou com tantas perguntas, querendo saber tudo o que aconteceu nos últimos seis anos. Inclusive lembrou-se da transa que não houve no motel. Eu estava quase me jogando no cinzeiro quando um dos meus amigos que, com a graça de Deus, a conhecia. Deixei os dois lá e fui pra pista.

E aí meu olhar e o dela se cruzaram. Primeiro, tímidos. Depois, mais incisivos. Um quase invisível sorriso nos nossos lábios. Onde eu estava, havia mais espaço que no meio da pista onde ela dançava com alguns amigos. Então, começou a aproximar-se. Foi quando senti alguém me cutucando no ombro. Era ela, a fubanga, me passando seu telefone num guardanapo.

Pra que? Quando olho pra pista, ela estava com cara de decepção e voltava para junto de seus amigos. Seu olhar fulminante impedia até que eu me aproximasse e fosse falar com ela. Deu medo!

Vacilão eu sou! Acho que nunca mais vou ter a oportunidade de ouvir a voz daquela garota, sentir o calor de sua pele, olhar fundo dos seus olhos, ser hipnotizado com seu sorriso e provar o gosto de seu beijo.


Pelo menos na noite de domingo eu fui menos azarado. Não apareceu nenhuma fubanga pra empatar minhas paqueras. Mas esta história, meu lado egoísta pede que eu guarde só pra mim. Compartilho meus fracassos amorosos. Já meus triunfos, são mais secretos que os atos do Senado Federal.

E você? Já passou algum constrangimento por causa de seu ou sua ex? Comente!

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POBRE TAMBÉM AMA (e xaveca)

>> quinta-feira, 30 de julho de 2009

Recebi este mail há umas 3 décadas, da minha amiga Raquel (do blog Chiclete na Panela - veja o link ali embaixo à esquerda nos blogs que adoro meter o bedelho).
Repare em algumas "pérolas" que e$$e$ honrado$ homen$ meno$ favorecido$ são capazes de soltar:


01. Você é o ovo que faltava na minha marmita.
02. Eu beberia o mar se você fosse o sal.
03. Não sabia que flor nascia no asfalto.
04. Tô fazendo uma campanha de doação de órgãos! Quer o meu?
05. Nossa, você é tão linda que não caga, lança bombom!
06. Ohhh... essa muié e mais um saco de bolacha, eu passo um mês...
07. Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?
08. Você é a areia do meu cimento.
09. Ahhh se eu pudesse e meu dinheiro desse...
10. Suspende as fritas.... o filé já chegou!
11. Você não usa calcinha, você usa porta-jóia.
12. Aê cremosa... Vou te passar no pão e te comer todinha!!
13. O que que esse bombonzinho está fazendo fora da caixa??
14. Você não é pescoço mas mexeu com a minha cabeça!
15. Sexo mata!!! Quer morrer feliz?
16. Vamos pra minha casa fazer as coisas que eu ja falei pra todo mundo que a gente faz?
17. Você é a lua de um luau.... Quando te vejo só digo - uau uau!
18. Nossa, quanta carne.... e eu lá em casa comendo ovo!
19. Essa sua blusa ficaria ótima toda amassada no chão do meu quarto amanhã de manhã!
20. Se você fosse um sanduíche teu nome ia ser X-Princesa...

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SÃO PAULO - CORES E NOMES - episódio 04 (By Sérgio Enzo)

>> quinta-feira, 23 de julho de 2009

NAS LÁGRIMAS DE UM ANJO
Uma história infelizmente real


Foi muito bom visitar Euzer em São Paulo no fim de semana. Eu achava que ia encontrá-lo pra baixo por conta de mais um fim de relacionamento, mas felizmente ele estava bem tranquilo. Abstraiu bem uma pessoa emocionalmente desequilibrada.
No sábado, fomos para uma balada. Quando ia passar, o semáforo fechou. Euzer disse que esperaríamos quase 4 minutos para atravessar. E foi o tempo que durou tudo.
Euzer viu Gabriel sentado junto ao muro chorando. Parecia conhecer aquele garoto de 10 anos de idade. Encostou o carro e foi ver o que acontecia. O motorista do carro de trás, um senhor de uns 50 anos, fez o mesmo.
Entre lágrimas, soluços e vergonha, Gabriel contou que três homens o empurraram, jogaram sua caixa no chão e pegaram cada um duas balas. Gabriel juntara as balas na caixa. Havia oito. Euzer pegou de sua carteira uma nota de R$ 5,00. Eu, consternado com a cena, fiz o mesmo. O senhor do carro de trás foi mais generoso. R$ 10,00.
O que me consternara foi que o garoto mostrou o bar onde os três homens estavam: era um bar chique e caro do bairro do Itaim Bibi. Portanto, não eram garotos de rua que fizeram esta maldade com Gabriel. Foram jovens teoricamente “bem nascidos” de São Paulo.
Euzer falou para um Gabriel agradecido que fosse pra casa, pois estava muito frio àquela hora da noite (menos de 10 graus) e Gabriel usava uma surrada e rasgada blusa de frio, bermudas bem velha e chinelos de dedo totalmente sujos e gastos.
No carro, Euzer falou uma coisa que me tocou profundamente: “Eu não posso, Sérgio, resolver o problema de carência afetiva, social e moral deste garoto. Mas, ainda que por um momento, eu tentei resolver uma injustiça. Se agi certo ou errado, perante os homens, não sei. Mas que minha alma está serena, isso é a grande certeza. Portanto, para Deus, fiz a coisa certa”.
Eu não ajudo mendigos e carentes nas ruas. E não recomendo esta prática. Mas ali havia uma questão de justiça, moral e educação. Ninguém, por ter mais dinheiro, mais estudo, mais tranquilidade social, tem o direito de subjugar os menos favorecidos só por lazer. A linha que separa a diversão de um crime pode ser tênue.
Aquele menino talvez não aprendeu como fazer realidade os milhões de sonhos que povoam sua cabecinha.
E não sei onde está o caráter de um homem, mas sei que não será nas cédulas de sua carteira, no ano de fabricação e modelo do seu carro, ou na quantidade de cômodos de sua casa que ele será encontrado. Aquele "Anjo" Gabriel tem muito mais caráter que os três que o agrediram de forma covarde e desumana.
Onde e como está Gabriel agora? Será que vendendo balas naquele semáforo?

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VISITA DE UM E.T. À TERRA

>> quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pai. Depois de uma chuva de meteoritos, finalmente chegamos ao planeta Terra. Nem parece que já se passaram 30 anos desde a última vez que aqui vim, com o senhor, a mãe e meu irmão. Eu tinha 6 anos, mas nunca vou esquecer.
Bem. Pousei o disco voador no deserto do Saara, como o senhor orientou. A primeira coisa que notei foi que a Terra está muito quente. Depois vim descobrir que é por causa do aquecimento global. Eu notei, enquanto sobrevoava o planeta antes de descer, que a Amazônia está menor, o Nordeste brasileiro arrasado por uma chuva forte há dois meses. O clima aqui está bem louco.
Bem, na África nem preciso comentar nada. Uma pobreza só. Fora uma doença terrível chamada Aids, pesadelo do planeta, que aqui tem índices preocupantes.
Aliás, agora é tudo globalizado por aqui. Surgiu uma tal de internet que integrou todo o planeta. Tudo o que acontece do outro do mundo interfere diretamente na vida de quem está deste lado. Eles acham isso o máximo, porque tudo ocorre através do computador, do celular e da TV digital. Pra nós isso é quase pré-histórico, não é, pai?
Sabia que agora toda a Europa tem uma moeda só? Chama-se Euro. Vários países com as mesmas cédulas, tudo custando a mesma coisa... Como eles conseguem?
Aliás, a Europa, os Estados Unidos e muitos outros países estão enfrentando uma crise violenta, pai. Vovô falou de uma crise de 1929. Mas parece que essa foi tão ruim quanto. Falando em Estados Unidos, sabia que o presidente deles é negro?
Tem a China, aquela da muralha... Eles estão exportando bugiganguinhas pra todo mundo... Outro dia comprei uma capa para um botão da nave e estava lá “made in China”
Agora, o Brasil... Juninho está amando o Brasil, mas minha memória é boa, e eu me lembro do Brasil dos anos 70... Hoje está tão diferente...
Lembra daquele barbudo que liderava greves, movimentos sindicais, piquetes, protestos? Virou presidente e está no segundo mandato, pai. O Brasil não tem mais inflação, os juros continuam altos, mas os brasileiros parecem mais felizes. O país está passando bem por essa tal de crise.
Mas ele não está cuidando direito de sua terra e de sua gente, pai. Quando estávamos chegando, vimos que a Amazônia parece menor. Tem muito boi lá, pai. Tem feito calor demais por aqui. E o trânsito. Parece que todo mundo comprou carro. Em São Paulo é uma fila de carros parados que dá até medo. Moto eu não recomendo, porque tem muitas e os pilotos fazem cada coisa absurda... Sempre tem acidente e alguém morre.
E no Rio de Janeiro, meu Deus! Tem umas montanhas cheias de casas e as pessoas, muitas delas crianças, andam com armas de verdade! Pai, eu fiquei com muito medo. Nem quis ficar na praia com Juninho e com Szarma, porque tivemos medo das balas perdidas.
Os brasileiros continuam gostando de novela, pai. Agora a moda é dizer “Hare Baba” por causa de uma tal de “Caminhos das Índias”.
Agora, pai, o que dá dó é Brasília. Uma roubalheira, um escândalo atrás do outro, envolvendo os políticos, eleitos pelo povo. Lembra aquele presidente bigodudo? Preside agora o Senado, mas apronta cada lambança... Tem um político que fez um castelo enoooooorme com dinheiro público e um colega dele que está pouco se lichando para a opinião pública. O pior é que tem gente que vota neles, pai. Ainda bem. Aí no nosso planeta todo mundo é honesto. Por isso estamos tão avançados.
Mas aqui ainda continua sendo um lugar lindo, pai! Agora que trouxe Szarma e Juninho aqui, vou querer vir outras vezes. Eu ainda acredito que eles, com sua inteligência e sua sensibilidade, vão superar todos estes problemas e transformar a Terra no segundo melhor lugar do Universo para se viver, por muitas gerações ainda.
Porque o melhor lugar, continua sendo Zork!
Escreva pra mim, pai. Apareceu uma tal de gripe suína que invadiu o Brasil. Já matou várias pessoas e está deixando o país em pânico. Eu, Szarma e Juninho estamos andando com máscaras na cara. Não quero contaminar nosso planeta. Por isso ficaremos aqui mais um tempo aqui na Terra. Agora eu tenho e-mail. É tplickz@...

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SÃO PAULO - CORES E NOMES - Episódio 03

>> sexta-feira, 10 de julho de 2009

OS EMBALOS DE SÁBADO À NOITE


22h00

A irmã foi ao cinema com o namorado. Os pais começam a ver um filme no Telecine. Entra no banho. É o começo da preparação para outra balada de sábado.

Meia noite

O filme acabou; os pais se preparam pra dormir. É hora de sair. Pega as chaves, dá uma última olhada no espelho e sai. Na portaria, dá “boa noite” ao sonolento porteiro.

00h30

No posto, coloca álcool no carro enquanto pega vodca e uma lata de energético. Quer chegar à balada "a mil".


00h50

Chega à balada. Ao sair do carro, joga a lata do energético longe. O “esquenta” foi no carro mesmo. Nunca teve medo da "lei seca".

01h25

Já deu o primeiro beijo na boca da noite. Vai ao banheiro. Tira uma lata de cigarros do bolso e um cartão de crédito. Tranca a porta do reservado.

01h35

Sai do reservado do banheiro "fungando" e volta pra pista. Reencontra uma de suas companhias enquanto paquera alguém na pista. O segundo beijo não demora.

02h20

Consegue uma “balinha” e vai ao banheiro outra vez. Quinze minutos depois, sai do banheiro e vai pro bar. Precisa tomar água. E vai precisar de muita a noite toda.


03h45

Troca telefone com mais alguém que beijou, mas certamente não vai lembrar-se de seu rosto dali a 5 minutos. Compra outra garrafa de água.

05h20

Recusa uma ida ao motel com a oitava pessoa que beijou na boca aquela noite. Quer dançar, dançar e dançar.

07h30

Tem dificuldades com a senha do cartão de débito na hora de pagar a conta. O sol no céu indica um domingo quente e com poucas nuvens


08h30

Sem banho, sem tirar toda a roupa do corpo, dorme profundamente em sua cama. Livre dos perigos da noite paulistana.

16h20

- Alô?
- Oi, dona Nair, boa tarde.
- Boa tarde. Olha, dormindo ainda. Quer que eu vá chamar?

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ERA PRA TANTO?

>> terça-feira, 7 de julho de 2009

Num bar, não tinha como NÃO ouvir a conversa na mesa do lado. Quero saber sua opinião:


[1] Não, não estamos mais juntos.
[2] Mas o que aconteceu?
[1] Cansei. Não dá mais. Muita irresponsabilidade.
[2] Mas... o que houve de fato?
[1] Imagine que eu tava no stetic center quando me ligou. Disse que 20 minutos depois vinha me pegar.
[2] Que horas eram?
[1] Eram quase 6. Saí da prancha de bronzeamento artificial, tomei um banho e fiquei esperando. Sabe que horas chegou? Dez pras sete. E veio dizer que era por causa do trânsito.
[2] Mas realmente o trânsito...
[1] Não tem desculpa. Se marcou, tem de cumprir. Cansei, não quero mais.


Meus leitores, eu não sei há quanto tempo se conheciam, como era a relação, mas, me digam: era pra tanto?
Um atraso assim é motivo pra fim de relacionamento?
Já tinha havido outros?
Será que não havia paixão?
Ou será que não era nada disso?

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VIDA DE CACHORRO

>> sexta-feira, 26 de junho de 2009

Bernardo só não tinha a vida que pediu a Deus porque conseguira 80% dela Não se pode ter tudo na vida, mas com o que se tem, fazer de tudo. Para um vira latas, ele tinha, sim, uma vida de rei no apartamento de Henrique.
Henrique acordava meia hora mais cedo para levar Bernardo para uma volta no quarteirão. Apesar de quase 12 anos, ele só fazia xixi no apartamento – e perto de um ralo. Cocô, jamais! Então, antes de ir para o trabalho, Henrique saía para que ele se aliviasse com o “número 2”.
Henrique ia embora e Bernardo se tornava dono do apartamento. Ia comer, beber água fresquinha, brincar com seus inúmeros – e destruídos – objetos de borracha antes de dar aquela dormida básica. Perto de 4 da tarde, Bernardo acordava. Mesmo sem saber o que é relógio, sentia que Henrique voltaria logo para o passeio no parque.
Era assim todos os dias: fim de tarde, hora de ir ao parque, um longo e divertido passeio. Henrique ia conversando com Bernardo que, mesmo sem entender uma só palavra ou o seu sentido, sabia que aquele som era música para seus ouvidos. E pelo tom da voz, percebia se Henrique estava triste, feliz, cansado, animado.


Pausa para descanso. Henrique sentado no chão, Bernardo descansando com o focinho em suas pernas. Era ali um companheiro sempre presente. Até mesmo no seu momento mais difícil, aos dois anos, quando fora atropelado. Henrique nunca saiu de seu lado.
Depois de retornarem, Henrique ia preparar o jantar, e Bernardo comia outra vez e bebia mais água. Os passeios davam sede. Depois, ficava deitado junto ao sofá da sala enquanto Henrique via TV.
No fim de semana, Henrique não ia dormir, mas ao sair, levava Bernardo, de novo para “o número 2” em volta do quarteirão. Bernardo, então, ia para sua caminha esperar o dono voltar lá pelo fim da madrugada.
Bernardo gostava de Cecília, namorada de Henrique. Não suportava a anterior, Rosângela. Mas, mesmo assim, ficou junto de seu dono quando eles terminaram. Agora, com Cecília era diferente. Sentia Henrique feliz e isso lhe fazia bem.
Bernardo tinha não se sabe quantos filhos espalhados por aí. E agora, mais uma namorada vinha ficar dois dias com ele no apartamento no fim de semana. Mais filhotes.
Uma semana depois, a doença veio. E Bernardo sabia que a velhice cobrava o fim de seus dias. Doze anos. Doze anos felizes para um vira latas. Henrique não saiu de seu lado até a última batida de seu coração, que ocorreu numa sexta feira. Henrique viajou para o sítio e lá fez o funeral, lembrando as palavras que lera no livro Marley e Eu. Uma cratera abriu-se no seu coração que só o vento do tempo se encarregaria de, aos poucos, ir fechando-a. Essa cratera era a saudade do grande companheiro de uma vida. Do parceiro, do confidente, do mais fiel amigo.
Três meses depois, Henrique criava “Dinho”, ou Bernardinho, um dos sete últimos filhotes de Bernardo.
A vida continua. E um novo amor nascia ali. Sempre abençoado pelo eterno Bernardo. Onde quer que ele esteja.

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São Paulo - Cores e Nomes - Episódio 02

>> sábado, 20 de junho de 2009

JUAREZ, UM MOTORISTA

O capítulo de ontem da novela das 8? Futebol com os amigos no fim de semana? Visita aos parentes? Para Juarez Arnaldo Fonseca da Costa, 42 anos, isso é algo que foge totalmente à sua realidade. O dia para ele começa às 3 e meia da manhã, quando sua esposa, Maria Inês, de 40, levanta para preparar seu café. Às 4 e meia, a Kombi já está à porta de sua casa para levá-lo pro trabalho. Não vê a filha Jéssica, 12 anos, acordar para ir à aula. Juarez é motorista de ônibus.

O pesado articulado da linha 5111 – Parque D. Pedro II – Terminal Santo Amaro está “tinindo”. Limpo, cheiroso. A madrugada fria faz com que o motor fique alguns minutos aquecendo antes de deixar a garagem e, a partir das 5 e meia, encontrar seus velhos conhecidos.

Tem a estudante que ainda não acordou, mas ouve suas músicas no MP3, tem o office-boy que trabalha no Centro. Alguns engravatados já tomam acento. À medida que avança o trajeto, mais carros começam a congestionar o trânsito de São Paulo.

A cerração da manhã, junto com o frio, impede que o sol dê uma trégua ao frio insuportável. As mãos de Juarez, geladas, seguram firme o volante do pesado veículo articulado, que já acomoda quase 80 pessoas. Está ao lado do Parque do Ibirapuera. Agora é que o ônibus vai lotar.

Juarez e o cobrador trocam algumas palavras. Quando uma senhora sobe, começa a conversar, a reclamar do frio, da falta de educação das pessoas. E Juarez conta da filha. Ela vai fazer 13 anos no fim de semana e ele quer dar a ela um computador, para ajudar nos estudos. Economizou e pretende pegar a folga na sexta para ir, com a filha, escolher um modelo de seu gosto.

São três da tarde. Sol forte, mas não para espantar o frio. Na Brigadeiro, indo para o Terminal Santo Amaro, dois rapazes entram no ônibus e, sem alarmar os passageiros, anunciam o assalto ao cobrador. Este, sem fazer alarde, entrega o dinheiro mas consegue fazer um sinal para avisar Juarez. Do celular, ele aciona a polícia. Quando a viatura cerca o ônibus, já próximo à Avenida Santo Amaro, um dos assaltantes faz os passageiros reféns. Começam as negociações que se avançam por aquela tarde.

De noite, as emissoras de TV mostram ao vivo o drama dos passageiros, motorista e cobrador daquele ônibus. Congestionamentos em toda São Paulo. Reféns são soltos um a um. Só ficam com o cobrador e Juarez. Um dos assaltantes sai e liberta o cobrador. O outro sai com Juarez. Inês e Jéssica acompanham o drama do pai pela TV. Ao sair do ônibus, o assaltante atira. A bala acerta seu Juarez.


O presente que Jéssica espera receber de aniversário é que seu pai sobreviva à cirurgia para retirar a bala que se alojou em sua barriga.

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MÚSICAS [bregas] PARA O DIA DOS NAMORADOS

>> terça-feira, 9 de junho de 2009


Dia dos namorados...
Época em que os apaixonados trocam presentes...
Juras de amor eterno são repetidas...
E frases fortes são escritas em cartões para ficarem guardados na mente e numa caixa de recordações.
O duro é que muitas dessas frases foram tiradas de músicas pra lá de bregas.
Como é bom ser “brega”.
Como é bom amar!
Ah, o amor!!! Feliz dia dos namorados para todos.


“Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir... ter você é meu desejo de viver”
Volta pra mim – Roupa Nova

“Eu preciso aceitar que não dá mais pra separar as nossas vidas”
(Evidências – Chitãozinho e Xororó)

O seu nome eu escrevi na areia... A onda do mar apagou...”
(Quatro semanas de amor – Luan & Vanessa)

“E eu preciso de você hoje à noite. Eu preciso de você mais que sempre”
(Total eclipe of the heart – Bonnie Tyler)

"Você sabe que é minha graça salvadora... Você é tudo que eu preciso e mais”
(Halo – Beyonce)

“Olhe dentro do seu coração e você vai encontrar amor amor amor... Ouça a música do momento e talvez cante comigo... Eu gosto da pacífica melodia... É seu direito divino de ser amada, amor, amada, amor”
(I´m yours – Jason Mraz)

"Para mim não adianta... Tanta coisa sem você... E então me desespero... Por favor meu bem eu quero sem demora lhe falar... Eu te amo, eu te amo, eu te amo"
(Eu te amo, te amo, te amo - Roberto Carlos)

“Eu estou voltando pra você, desta vez pra ficar... Se aprendi uma coisa,foi que não posso ficar longe de você”
(Repetition – Information Society)

“Me ensina a te esquecer... ou venha logo e me tire desta solidão”
(Nuvem de lágrimas – Fafá de Belém)

“Não está sendo fácil viver assim... você está grudado em mim”
(Qualquer jeito – Kátia)

"É um vírus que se pega com mil fantasias... Um simples toque de olhar. Me sinto tão carente, consequência desta dor... Que não tem dia e nem tem hora pra acabar"
(Que se chama amor – Raça Negra)

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ME INCOMODA...

>> terça-feira, 21 de abril de 2009

Me incomoda saber que cada vez mais meninas estão sendo mães cada vez cedo.
Me incomoda saber que a cracolândia em São Paulo não acaba nunca.
Me incomoda ver nos telejornais que os nordestinos quando sobrevivem à longa seca, perdem o pouco que têm com as fortes chuvas.
Me incomoda saber que os políticos estão cada vez mais corruptos e dando uma banana para o povo.
E me incomoda mais ainda saber que eles estão lá por conta do voto do povo (eu incluído nessa).
Me incomoda ver tantos animais serem mal tratados. Cães e gatos serem abandonados nas ruas, ou torturados por “animais” que se acham humanos.
Me incomoda ver uma pessoa idosa em pé no ônibus porque nenhum dos adolescentes que acabou de sair do colégio deu lugar para ela sentar.
Me incomoda ver tanta gente preocupada mais com o TER do que com o SER.
Me incomoda saber que muitas pessoas buscam amizades nas pessoas que tenham carro, para poderem ter condução.
Me incomoda saber que tem muito pai de família desempregado.
E me incomoda também saber que tem muita criança que fica frustrada ao não ganhar o presente de natal porque o pai não tinha dinheiro pra comprá-lo.
Me incomoda ver tantos filhos desrespeitando os pais, e muitos pais maltratando seus próprios filhos.
Me incomoda a quantidade de mães que são acordadas no meio da noite com a notícia que seus filhos morreram num acidente de carro, tirando racha, bêbados.
Me incomoda a quantidade de pessoas que juram amor eterno enquanto desrespeitam o amor que lhes é confiado.
Me incomoda a intolerância das pessoas. Que brigam no trânsito, na fila do banco, do supermercado.
Mas o que mais me incomoda mesmo foi ter escrito um texto inteiro sem fotos, e com o título e quase todas as frases começando com o pronome oblíquo “me”, para desespero dos professores da Língua Portuguesa.

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São Paulo - Cores e Nomes - Episódio 01

>> segunda-feira, 30 de março de 2009

Encontro Marcado

5h20
Valéria tomava seu café com uma disposição quase invisível. Preferia ter ficado na cama até meio dia, pelo menos.
Alexandre dormia e babava pelo canto esquerdo da boca

06h30
Valéria pegava o trem da CPTM perto de sua casa, na Mooca. A madrugada ainda não tinha ido embora, mas a rua estava movimentada. Carros já se deslocavam ao centro de São Paulo.
Alexandre era expulso da cama pela sua mãe.

07h10
Valéria saía da Estação Brás. O trem levava quase quarenta minutos, mas, mesmo assim, ela teria tempo até o início das aulas, às oito. A escola, onde dá aulas, ficava a poucos metros dali.
Alexandre engolia uma fatia de pão caseiro com pressa. Seu pai iria da Vila Guilherme até Pinheiros e ofereceu carona ao filho, que, se não aceitasse, chegaria atrasado.

07h55
Valéria pega os cadernos e só aguarda o sinal tocar para dirigir-se à sala do sexto ano do ensino fundamental. Iria dar quatro aulas e quatro provas naquele dia.
O pai de Alexandre o deixa e segue para Pinheiros, onde espera chegar por volta de 9 da manhã.

08h05
Valéria entra na sala de aula. Coloca o giz na lousa, os livros sobre a mesa. Cumprimenta os alunos com um bom dia repleto de sono e começa a fazer a chamada:
- Adônis?
- Presente
- Alexandre?
- Presente.
- Ana Paula...

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SÃO PAULO - CORES E NOMES

>> domingo, 22 de março de 2009

São Paulo, uma cidade plural, feita de singularidades.
São Paulo não dorme, dá um tempo.
Pessoas, uma a uma, sem se conhecer, escrevendo o roteiro de uma história onde não há espaço para rotina.
Motoboys, taxistas, motoristas de ônibus, açougueiros, engravatados, donos de banca de jornal, caixa de supermercado, porteiros de prédios, gays, maurícios e patrícias, jovens senhoras viúvas, domésticas, desempregados, solitários, médicos, gente que amanhã não estará viva, gente que ontem não tinha nascido, namorados, assaltantes, drogados, prostitutas, michês, arquitetos.
São Paulo. Suas cores e seus nomes. Mais uma série neste blog para você continuar METENDO O BEDELHO.

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A PRIMEIRA VEZ (em São Paulo) A GENTE NUNCA "ESQUECE"

>> domingo, 8 de março de 2009

SE FOR PRA ESCREVER "BOM O BLOG", NEM PRECISA LER. VOLTE DAQUI. DISPENSO COMENTÁRIOS DESSE TIPO.


Neste sábado, 07 de março, tive minha primeira noite paulistana. Outro cenário, outras baladas, outros rostos e, o mais importante, nenhum deles familiar.
Fui aqui perto mesmo. Meia hora de carro (com trânsito) e cheguei. Vermont. Um local que mistura bar, restaurante, danceteria e paquera rolando solta. Muito aconchegante e CARO. Mas, aconchegante. Não por acaso, meu preferido de São Paulo (dentre os poucos que, por enquanto, conheço).
Cheguei e já tive alguns pares de olhos em minha direção. Carne nova no pedaço. Peguei minha Schweppes Citrus e fui circular por todos os espaços. Noite quente em São Paulo, dei um tempo no espaço ao ar livre. A banda (não sei qual, mas muito boa, rolando o som das baladas, só que ao vivo) parou e a pista no pavimento superior começou a pegar fogo. Subi. Foi quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez.
Na pista apertada, eu fico no bar, enquanto vejo que vem se aproximando, também movido pela “onda” que empurra as pessoas para outros lugares.
Saiu de onde estava para pegar uma bebida. Eu, estático no bar, acompanho seu movimento e noto que sou percebido, como se quisesse marcar onde eu estava para voltar mais tarde.
E voltou com uma garrafa de água na mão e fica perto de mim, junto ao bar.
E na onda que muda corpos de lugar, os nossos foram se aproximando. Milímetro a milímetro, até que as mãos se tocam. Os olhares voltam a se encontrar. O beijo acontece de forma rápida, quente, voluptuosa.

“Cause you´re hot then you´re cold, Yes then you´re no. In then you´re out. Up then you´re down...”

Bocas que não se soltam. Línguas que se descobrem. Braços e abraços apertados. Mãos juntas, dedos entrelaçados. Temperatura sobe. Corpos inflamam com o contato mais próximo.

“You´ll never see me again... So now who´s gonna cry for you? You´ll never see me again... No matter what you do...”

Nem uma ida minha ao banheiro diminuiu o desejo de sentir aquela boca na minha e aquele corpo gostoso junto ao meu. Nem mesmo cogitar ficar sem os abraços envolventes. Voltei rapidamente. E eles estavam todos ali. Foi a primeira vez, depois do primeiro beijo, que pude apreciar seu sorriso.

“Can you feel it? Can you feel it? The sound, the sound of my heart...”

Nessas horas, nossos beijos tomavam a dimensão do erotismo. Vários olhares em nossa direção. Sua mão, maliciosamente, procura minha calça jeans. Com meus pés, separo um pouco suas pernas e entre elas me encaixo. Sem parar de beijar. Viro seu corpo e sinto meu peito em suas costas. Encaixo meu corpo todo no seu.

“I drove all night to get to you... is that alright? I drove all night crept in your room”

Pagamos, saímos, ofereci carona. Fomos de mãos dadas, fazendo carinhos durante todo o trajeto. Em frente ao destino, mais beijos, celulares trocados. Saí. 500 metros depois, meu celular toca. Reconheço o número que acabava de pegar. Atendo.
- Alô?
- Oi, tudo bem?
- Tudo. Só esqueci de perguntar uma coisa.
- Eu sei, eu também esqueci.
- Então... me diga seu nome?

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PARTIDAS E CHEGADAS

>> domingo, 8 de fevereiro de 2009

Um ano. Foi em 10 de fevereiro de 2008 que o METENDO O BEDELHO foi criado, numa evolução de outro blog que eu tinha.
Neste período foram 16 mil visitas e os posts foram vistos mais de 24 mil vezes. De vários lugares do Brasil e também de vários países.
Pois este é o último post que eu publico.


CALMA. O blog não vai acabar não. Pelo contrário. Vai entrar em férias. Ao todo, 36 dias de descanso até o dia 16 de março, enquanto esta pessoa que vos escreve se muda de cidade, saindo de Bauru (no interior de São Paulo) e indo para a capital paulista. Aí, até que tudo seja devidamente guardado, organizado, o blog vai descansando um pouco.
Um ano.
Um ano metendo o bedelho em assuntos ora engraçados, ora cômicos, ora dramáticos.
Aí eu não apenas contei, mas vivi histórias e estórias que muitas vezes parecem inacreditáveis de tão reais. E outras surpreendentemente reais, embora não passem de pura ficção.


Nesta caminhada, conheci muitos outros blogs e seus autores. Alguns de um nível tão podre que é melhor abstrair. Outros, no entanto, de um cuidado, de uma seriedade incrível, desses que cativam.
E também acabei trazendo para um contato mais próximo, instantâneo, alguns desses blogueiros geniais. Falar de cada um deles? Pra que? Se são geniais, seus blogs estão ali do lado, na lista dos que adoro meter o bedelho. Eu poderia ser injusto em pular algum ou mesmo acharem que a ordem de menção significa importância. Ali, pelo menos, estão na democrática ordem alfabética (se seu blog começa com Z e não com A, foi você que nome deu a ele).
Tem também alguns seguidores. Até a publicação deste texto eram 33. São pessoas que (espero!) não estejam o seguindo para fazer número, mas porque gostaram do que leram aqui quando vieram meter o bedelho.
Enfim, só tenho a agradecer a todos. De coração!


Tirei o vagão da minha vida do trilho que seguia e estou colocando-a em novo trilho. Uma nova estrada, uma nova etapa, um novo trecho desta viagem. Gostaria imensamente, que todos possam continuar comigo a partir de 16 de março.
São Paulo, me aguarde!!! E vocês, meus leitores queridos, não perdem por esperar.
Só espero não ler mais comentários como "BOM O BLOG, PASSE NO MEU..."

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AMIGOS COMPANHEIROS. AMIGAS ADVERSÁRIAS

>> domingo, 1 de fevereiro de 2009

Depois dizem que eu generalizo tudo, que me atenho a estereótipos, enfim. Mas o fim de semana me fez crer que se alguém acha que isso não existe, eu preciso de algum argumento mais forte para me convencer do contrário.


SEXTA FEIRA, DIA 30. BAR COM OS AMIGOS DE SÉRGIO
[Lucas] Lulu, você deixa o Sérgio ir jogar bola conosco toda terça?
[Lulu] Só se eu for junto. Não, não vou ficar controlando ele não. É que adoro pernas de homens.
[Sérgio] LUCIANA TORRES.
[Lulu] Calma, amor, é só pra olhar...
[Dé] Vou depilar as minhas.
[Tóbi] Ah, eu não vou depilar, você prefere as peludas, né?


DOMINGO, DIA 1
[Lulu] Sabe o que me deixa puta? Seus amigos são companheiros seus, compartilham de sua alegria. Não sei, parece que minhas amigas não podem ver ninguém contente.
[Sergio] Falaram alguma coisa?

SÁBADO, DIA 31, BOATE COM AS AMIGAS DE LULU.
[Rô] Lulu, a Cinthia está indignada com você.
[Lulu] O que eu fiz?
[Rô] Começou a namorar o Sérgio.

QUARTA, DIA 28, À NOITE
[Rô] Mas o que é que tem, Cinthia?
[Cinthia] Ah, a Lulu só pode estar carente. Logo o Sérgio? Com tanto gato dando sopa?


DOMINGO, DIA 1
[Euzer] Há quanto tempo a Cinthia não tem namorado? Um ano?
[Lulu] Pior foi a Suzana falar para eu abrir o olho, porque se eu quero alguma coisa séria com você, tenho de tomar cuidado com as sirigaitas que agora vão cair matando em cima.

SÁBADO, DIA 31, BANHEIRO DA BOATE
[Patty] Lulu, fiquei tão feliz de você e o Sérgio juntos.
[Lulu] Sério, Patty?
[Patty] Parece que vocês foram feitos um para o outro

TERÇA, DIA 27, TAMBÉM À NOITE
[Suzana] Patty, para com isso.
[Patty] Sergio merece uma mulher mais interessante que a Lulu.
[Suzana] Está louca! Os dois estão felizes...
[Patty] Vamos ver até quando?
[Suzana] Patty? O que você vai fazer?
[Patty] Eu não vou fazer nada... Só vou jogar sal nos sapinhos pra ver o que acontece.


DOMINGO, DIA 1
[Sérgio] HAHAHAHAHAHAHA
[Euzer] Pena que já encaixotei as coisas pra mudança, senão ia oferecer meu saco de sal grosso pra vocês dois. Vocês querem?
[Lulu] Vocês entenderam por que eu me dou melhor com os seus amigos do que com minhas amigas?
[Sérgio] Se é que se pode chamar isso de amiga.

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 20 - "A fila anda"

>> domingo, 25 de janeiro de 2009

Em todo o lugar, em todas as situações, estão eles lá: os que deixam tudo para a última hora. E, por conta disso, vão enfrentar aquelas abomináveis e terríveis FILAS.

01. Fila do IR

A Receita Federal vai receber as declarações do Imposto de Renda. O prazo limite é 30 de abril. E, claro, metade dos contribuintes deixarão para a última hora para entregá-la.
Aí vai ser fila na Receita, o site ficará pior que ficou o da Madonna pra comprar ingressos e a multa será uma facada de R$ 165,00. Ou seja, de manso o leão não tem é nada.

02. Fila de Banco

Banco é a mesma coisa... Ele abre das 10 da manhã às 4 da tarde. Legal. Pois é a partir das 3 e meia da manhã que todo mundo lembra que precisa ir ao banco. Aí, claro, uma fila imensa, reclamação, falatório, o coitado do operador de caixa é um vagabundo irresponsável, etc.

03. Fila do INSS

Outra que o povo "adora" é fila de INSS. Qualquer que seja o dia (útil) repare: um monte de gente desde a noite anterior (e reclamando que o posto do INSS só vai abrir às 7 da manhã do dia seguinte). Pior é quando a pessoa entra: ela não sabe o que quer de fato e vai pra primeira (ou para a maior) fila que ela encontrar pela frente.

04. Fila do Supermercado

Fila de supermercado é outro ponto onde a fauna fileira faz a festa. O que dói é que o carrinho tem 84 itens e a pessoa insiste em entrar na fila do caixa-rápido (para no máximo 30 itens). Coitado do sujeito logo atrás com uma mísera caixa de leite na mão. Ah, detalhe: o dono do carrinho com 84 itens reclama não só da fila do caixa, mas da fila que ele pegou no açougue, na sessão de frios e na padaria do supermercado. E jura que vai chamar o gerente. Só que paga e vai embora.

05. Fila da balada

Na balada, bem, na balada não tem muito pra onde correr: a fila do caixa é grande e tem de ser enfrentada com coragem, ânimo e um pouco de paciência. Afinal, a noite acaba ao mesmo tempo pra todo mundo e todo mundo gosta de aproveitar até o fim.

06. Fila de férias

Você voltou das férias? Legal. E as filas nas estradas? Pedágios? No posto da estrada? Isso se você foi para algum balneário turístico de 10 mil habitantes que, nas férias passa a ter 400 mil. Aí é fila na padaria para o pão, fila no mercado para a água... É uma festa de fila...


E você, qual o tipo de fila que mais detesta e qual o tipo de gente burra você encontra nessas filas?

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