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São Paulo - Cores e Nomes - Episódio 01

>> segunda-feira, 30 de março de 2009

Encontro Marcado

5h20
Valéria tomava seu café com uma disposição quase invisível. Preferia ter ficado na cama até meio dia, pelo menos.
Alexandre dormia e babava pelo canto esquerdo da boca

06h30
Valéria pegava o trem da CPTM perto de sua casa, na Mooca. A madrugada ainda não tinha ido embora, mas a rua estava movimentada. Carros já se deslocavam ao centro de São Paulo.
Alexandre era expulso da cama pela sua mãe.

07h10
Valéria saía da Estação Brás. O trem levava quase quarenta minutos, mas, mesmo assim, ela teria tempo até o início das aulas, às oito. A escola, onde dá aulas, ficava a poucos metros dali.
Alexandre engolia uma fatia de pão caseiro com pressa. Seu pai iria da Vila Guilherme até Pinheiros e ofereceu carona ao filho, que, se não aceitasse, chegaria atrasado.

07h55
Valéria pega os cadernos e só aguarda o sinal tocar para dirigir-se à sala do sexto ano do ensino fundamental. Iria dar quatro aulas e quatro provas naquele dia.
O pai de Alexandre o deixa e segue para Pinheiros, onde espera chegar por volta de 9 da manhã.

08h05
Valéria entra na sala de aula. Coloca o giz na lousa, os livros sobre a mesa. Cumprimenta os alunos com um bom dia repleto de sono e começa a fazer a chamada:
- Adônis?
- Presente
- Alexandre?
- Presente.
- Ana Paula...

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SÃO PAULO - CORES E NOMES

>> domingo, 22 de março de 2009

São Paulo, uma cidade plural, feita de singularidades.
São Paulo não dorme, dá um tempo.
Pessoas, uma a uma, sem se conhecer, escrevendo o roteiro de uma história onde não há espaço para rotina.
Motoboys, taxistas, motoristas de ônibus, açougueiros, engravatados, donos de banca de jornal, caixa de supermercado, porteiros de prédios, gays, maurícios e patrícias, jovens senhoras viúvas, domésticas, desempregados, solitários, médicos, gente que amanhã não estará viva, gente que ontem não tinha nascido, namorados, assaltantes, drogados, prostitutas, michês, arquitetos.
São Paulo. Suas cores e seus nomes. Mais uma série neste blog para você continuar METENDO O BEDELHO.

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A PRIMEIRA VEZ (em São Paulo) A GENTE NUNCA "ESQUECE"

>> domingo, 8 de março de 2009

SE FOR PRA ESCREVER "BOM O BLOG", NEM PRECISA LER. VOLTE DAQUI. DISPENSO COMENTÁRIOS DESSE TIPO.


Neste sábado, 07 de março, tive minha primeira noite paulistana. Outro cenário, outras baladas, outros rostos e, o mais importante, nenhum deles familiar.
Fui aqui perto mesmo. Meia hora de carro (com trânsito) e cheguei. Vermont. Um local que mistura bar, restaurante, danceteria e paquera rolando solta. Muito aconchegante e CARO. Mas, aconchegante. Não por acaso, meu preferido de São Paulo (dentre os poucos que, por enquanto, conheço).
Cheguei e já tive alguns pares de olhos em minha direção. Carne nova no pedaço. Peguei minha Schweppes Citrus e fui circular por todos os espaços. Noite quente em São Paulo, dei um tempo no espaço ao ar livre. A banda (não sei qual, mas muito boa, rolando o som das baladas, só que ao vivo) parou e a pista no pavimento superior começou a pegar fogo. Subi. Foi quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez.
Na pista apertada, eu fico no bar, enquanto vejo que vem se aproximando, também movido pela “onda” que empurra as pessoas para outros lugares.
Saiu de onde estava para pegar uma bebida. Eu, estático no bar, acompanho seu movimento e noto que sou percebido, como se quisesse marcar onde eu estava para voltar mais tarde.
E voltou com uma garrafa de água na mão e fica perto de mim, junto ao bar.
E na onda que muda corpos de lugar, os nossos foram se aproximando. Milímetro a milímetro, até que as mãos se tocam. Os olhares voltam a se encontrar. O beijo acontece de forma rápida, quente, voluptuosa.

“Cause you´re hot then you´re cold, Yes then you´re no. In then you´re out. Up then you´re down...”

Bocas que não se soltam. Línguas que se descobrem. Braços e abraços apertados. Mãos juntas, dedos entrelaçados. Temperatura sobe. Corpos inflamam com o contato mais próximo.

“You´ll never see me again... So now who´s gonna cry for you? You´ll never see me again... No matter what you do...”

Nem uma ida minha ao banheiro diminuiu o desejo de sentir aquela boca na minha e aquele corpo gostoso junto ao meu. Nem mesmo cogitar ficar sem os abraços envolventes. Voltei rapidamente. E eles estavam todos ali. Foi a primeira vez, depois do primeiro beijo, que pude apreciar seu sorriso.

“Can you feel it? Can you feel it? The sound, the sound of my heart...”

Nessas horas, nossos beijos tomavam a dimensão do erotismo. Vários olhares em nossa direção. Sua mão, maliciosamente, procura minha calça jeans. Com meus pés, separo um pouco suas pernas e entre elas me encaixo. Sem parar de beijar. Viro seu corpo e sinto meu peito em suas costas. Encaixo meu corpo todo no seu.

“I drove all night to get to you... is that alright? I drove all night crept in your room”

Pagamos, saímos, ofereci carona. Fomos de mãos dadas, fazendo carinhos durante todo o trajeto. Em frente ao destino, mais beijos, celulares trocados. Saí. 500 metros depois, meu celular toca. Reconheço o número que acabava de pegar. Atendo.
- Alô?
- Oi, tudo bem?
- Tudo. Só esqueci de perguntar uma coisa.
- Eu sei, eu também esqueci.
- Então... me diga seu nome?

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