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QUEM CAI POR ÚLTIMO... (by Sérgio Enzo)

>> sábado, 29 de março de 2008

Sérgio percebeu que estava à beira de um estresse. Os primeiros sintomas ocorreram no feriado, quando ele chegou da balada. Sérgio teve sempre um sono tranqüilo. Nunca leve a ponto de acordar com um mosquito voando no quarto, nem pesado a ponto de passar batido por uma explosão na garagem.

Mas, deitar e quinze minutos depois acordar com o sonho de Marina ter ligado para ele do aeroporto, realmente foi o primeiro sinal de alerta. Resolveu que iria parar de meter-se em encrencas. Já tinha problemas demais para resolver, e ficar arrumando outros, realmente, poderia levá-lo à cama de um hospital.

Por isso resolveu ficar quieto a semana inteira... Já que não dava pra fugir dos problemas, resolveu todos da melhor forma possível. Até que o fim de semana chegou de novo.

Conversa ao celular:
- Serginho, meu querido... Vamos pra balada hoje?
- Ah, Euzer, estou cansado, não estava querendo!
- Poxa, cara! Vamos, vai?
- Eita!!!

Sérgio foi, claro! Encontrou o amigo na fila e colocaram toda a conversa em dia. O amigo que conhecia a última encrenca de Sérgio disse apenas para ele sumir daquela Monstra porque aquilo era chave-de-cadeia.

Na pista, o som rolava solto... De novo, Marina volta aos seus pensamentos com a música da Rihana (Umbrella). Sérgio tem consciência que pode beijar todas as mulheres, mas enquanto Marina estiver em seu coração, outra não vai entrar se não fizer por merecer.


De repente, do nada, uma bofetada violenta atinge lado esquerdo do rosto de Sérgio e ele vai ao chão.

- Seu cachorro, filho da puta! Eu odeio você. O que você fez comigo não se faz, seu canalha! Eu vou destruir sua vida. Vou infernizar todos os seus dias, suas tardes, suas noites.

Um dos donos da boate acode Sérgio que, envergonhado, decide ir embora. Seu amigo aparece e o acompanha até a porta.

- Sérgio, espere a chuva passar...
- Não, vou nessa, melhor.
- Está perigoso você dirigir assim.
- Relaxa, eu não sou de correr.
O amigo de Sérgio toma-lhe a chave do seu carro:
- Sérgio Enzo, você não vai sair daqui enquanto estiver chovendo.
- Me dá estas chaves.
- Não dou – e as coloca dentro de sua calça, num lugar que Sérgio passaria vergonha se fosse tentar pegar.

Na janela, Sérgio e o amigo conversam enquanto observam o dilúvio... Percebe que várias pessoas passam e olham para ele.
- Cara, não estou suportando ficar aqui com essa gente toda me olhando.
- Acalme-se, espere a chuva passar...
- Ai, meu Deus, olha quem está ali!

A Monstra olha vitoriosa para Sérgio. O amigo dele a encara com olhos maldosos. Ela devolve com o olhar ainda mais vitorioso. O amigo percebe algo que ela não viu. Ela sorri cinicamente para um Sérgio abatido, envergonhado e cabisbaixo e não vê o primeiro degrau da escada que leva ao piso inferior.

Conversa entre os dois homens do SAMU:
- Vamos colocar o colete?
- Calma, segura o pescoço dela.

Sérgio está ao lado do amigo. Continua cabisbaixo e de braços cruzados. Afinal, ele em pé observa a Monstra no chão sendo imobilizada e socorrida pelos homens do SAMU. Sob seu corpo, sangue. Os homens do SAMU a levam para o hospital. A roda de curiosos se dispersa e volta a curtir a noite, enquanto as mulheres da faxina limpam o sangue no pé da escada.

- Vamos tomar um chope, Sérgio? Acho que merecemos!
- É... Afinal, quem vai ao chão por último, vai muito melhor. E eu percebi que você sacou que ela ia cair da escada, viu?
- Eu????????? Que maldade, Sérgio - disse o amigo com um cínico sorriso de vitória!

E a chuva não parou até o final da madrugada!


Se você precisar dos serviços do SAMU, basta ligar 192.

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>> quinta-feira, 27 de março de 2008


Globalização. Provavelmente esta é a característica deste (início de) século XXI. E a internet é o símbolo maior da globalização. Parece até uma coisa meio “ovo-galinha”, pois não se sabe se a globalização só foi possível graças à internet ou se a internet que proporcionou a globalização.
Mas uma não vive sem a outra, e vice-versa.
E a internet acabou fazendo parte de nossas vidas. Muita gente não consegue imaginar como conseguiu viver sem ela até dez anos atrás.
Realmente ela provocou grandes mudanças. O acesso à informação e serviços, através do computador, que era coisa dos Jetsons® no desenho animado virou realidade dentro de nossas casas. Quer ver?
Quantas pesquisas você fez para seus trabalhos de escola?
Quantos jornais e revistas você leu sem precisar folhear páginas?
Quantos produtos você já comprou pela internet?
Quantos sites você conheceu?
Quantas músicas você já baixou para seu MP3?
Quantos países você visitou sem sair do seu quarto ou do seu escritório?
Quantos novos amigos você conheceu?
É... Até os relacionamentos passaram por uma grande revolução. Conhece-se gente dos quatros cantos desse pequeno planeta globalizado com uma facilidade que espanta até os mais desinibidos.
E talvez por isso, por essa facilidade e pela privacidade que esse tipo de contato proporciona, que algumas pessoas, pelo "mau uso" da internet, fizeram com que relações se tornassem banais
e principalmente efêmeras.
Relacionamentos empresariais começaram ou foram destruídos através internet. Colegas de trabalho que dividem a mesma bancada combinam almoço via e-mail. Aliás, foi o e-mail que fez muita gente parar de escrever cartas de próprio punho. Amigos eternos que nunca se viram pessoalmente brotaram aos montes em salas de bate papo, ICQ, depois em MSN, Orkut, e por inúmeros blogs. Termos como “teclar”, “deletar”, e variações escabrosas da Língua Portuguesa (vc, axu, miguxo, blz, ctz, rsssssss) passaram a fazer parte do cotidiano de internautas de todas as idades, de todas as “aldeias globais”.
E meu telhado é de vidro. Dos meus três últimos relacionamentos amorosos, dois começaram através do teclado do computador. Ambos terminaram. Felizmente um deles eu posso dizer que restou algo tão, mas tão especial que chamar de amizade seria como dar um prêmio de consolação a algo que até hoje, mais de cinco anos depois do fim, foi o melhor de todos. O outro foi bom enquanto durou. Hoje, é como se não tivesse acontecido.
O sexo virtual banalizou-se. Pessoas sentem desejo sexual sem estar olhando, sentindo o cheiro, beijando, abraçando, tocando a outra pessoa.
Os diálogos sempre começam com um “como você é?”, passando por um “o que buscas?” – sim, na segunda pessoa, querendo mostrar uma falsa cultura ou falso domínio da Língua –, até chegar ao “tem local?” que é o que pode determinar se haverá uma trepada depois da “teclada”.
A masturbação virtual de uma conquista fácil pela tela do computador tranca em casa a possibilidade de relacionamentos gostosos, conquistas reais. Muitas vezes, quando se defronta com aquela pessoa com quem “fala” há dias, ou surge química, ou torna-se desinteressante, porque suas palavras eram mais fortes que sua própria aura. Outras vezes, o tesão é tão grande que a química dura até a hora do gozo. E, depois do contato virtual, ao marcar o encontro real, dispensa-se a conversa. O encontro já começa com um beijo, e daí para o sexo. Esquecem, muitas vezes, de perguntar o nome. Ou mente-se sobre ele.
Muito já se falou o que seria se um dia os celulares deixassem de funcionar e todo o acesso à internet no planeta fosse bloqueado. Mas eu faço apenas uma pergunta:
- Como muitas destas pessoas exercitariam a arte de conhecer alguém, conquistar um amigo e amar a pessoa da sua vida?

AGRADECIMENTOS: FÁBIO BUCHECHA (imagens)

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O PRIMEIRO MEMÊ A GENTE NUNCA ESQUECE...

>> terça-feira, 25 de março de 2008


Lá vou eu conhecer o mundo do Memê. Estou me sentindo uma virgem em sua noite de núpcias (tudo bem que eu até hoje não conheci nenhuma virgem, ainda mais na noite de núpcias), mas imagino que esta experiência que a Mayna me proporcionou vá ser bem legal. Afinal, dizem que o primeiro Memê a gente nunca esquece... Então, vamos ver o que acontece:


1 - Por que resolveu criar o blog?
Para dizer o que eu penso, do jeito que eu penso, a hora que eu quiser. Se vão gostar ou não, é problema de quem vai ler. Esse é o grande barato da tal democracia que vivemos. A liberdade de expressão tem esse atrativo: você poder debater idéias, confrontar opiniões e pontos de vista. E um blog pessoal, sem dúvida alguma, é talvez o único lugar em que isso ocorra plenamente.

2 - O que te dá mais prazer em blogar?
Sem querer confete, mas os elogios que recebo. De repente acho legal quando falam que eu escrevi uma estória (ou his, se for real) envolvente, também elogiam a maneira como eu escrevo. Sinal de que ainda não “perdi a mão” dos anos que fui publicitário.

3 – Indique um blog bom e um do qual você não goste e por quê?
Indicar um blog bom é crueldade. Tem um monte de blogs bons por aí. Existem blogs que se especializam em um assunto do qual ou eu não estou familiarizado (como os que tratam de assuntos sobre informática, ou esportes). O blog é bom, mas fica um pouco distante da minha realidade.


4 – Qual tipo de música e quais suas bandas favoritas?
Gosto de músicas antigas. Anos 80 têm tocado mais fundo em meu momento vivido ultimamente. Mas gosto de tudo um pouco. Exceto axé (quem diria que já adorei isso), sertanejo (conhecia tudo quando freqüentava feiras e rodeios) e pagode (bem, este nunca gostei).

5 – Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Coisas que acontecem comigo, de um modo geral.

6 -Seaquinevassevocêusariaesqui?
Com certeza, mas tomara que não caia neve. Prefiro 40 graus à sombra.

7 – Você é: casado, solteiro, separado, enrolado, desquitado, chutado, viúvo ou outros?
Diria que sou um “maior abandonado”.

8 - Por que você deu esse nome ao seu blog?
Porque adoro meter o bedelho onde não sou chamado. Quando acontece algo que eu fico cheio de interrogações, vou lá e escrevo algo, ou falo da minha vida mesmo, ou da vida de pessoas que convivem direta ou indiretamente comigo. Sérgio Enzo que o diga!

9 - Qual o último blog que você visitou?
O meu blog.

10 - Por que resolveu participar deste Memê?
Já recebi tantos convites para participar de Memê, mas como eu conheci o blogspot há apenas um mês, resolvi então não ficar para trás na “ignorância”. Meu amigo carioca e flamenguista Marco Antônio e a Juliana Gulka vão me perdoar, eles já me indicaram várias vezes. Pelo menos, nessa primeira experiência, “foi bom pra mim”.


Já que Memê é uma "corrente do bem", então eu indico 6 blogs legais. A escolha foi difícil.

01. Blog do Marco - Marco S/A
02. Blog do Anderson - Um lugar de expressão
03. Blog da Mariana - Minha terapeuta está de férias
04. Blog do Felipe - Muito a declarar
05. Blog do Rafael - Ponto de vista
06. Blog do Lucas Conrado - Meus pensamentos


Mas quero convidar quem estiver lendo aqui, que visite o meu perfil aí do lado, à direita. Lá estão alguns dos blogs que eu tenho imenso prazer em visitar sempre. Digo "alguns" porque ainda faltam muitos para serem listados ali.

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Caipirinha, coquetel, batida... a ressaca (by Sérgio Enzo)

>> sábado, 22 de março de 2008

O único tipo de cobrança que Sérgio admite, são as contas que tem de pagar. E ele paga logo, antes do vencimento, para não ficar aquele boleto olhando para ele e dizendo: “oi, estou aqui, ta?”.

SEGUNDA FEIRA
Sérgio acordou. Ela recusava-se a abrir os olhos. Ficou a admirando por alguns minutos. Um de seus passatempos prediletos: ver sua companhia dormindo (apesar de, pelo fato de ele estar na casa dela, ele era a companhia).
O banho foi extremamente reconfortante. Enxugou-se, vestiu-se, perfumou-se. Ao dar um beijinho de despedida ela pergunta:
- Me dá o telefone do seu trabalho?
- Pra que?
- Pra eu falar com você.
- Deixe mensagem no celular, eu não posso receber ligações.
- Mas a minha você pode e vai receber.


TERÇA FEIRA
Sérgio teve um milhão de coisas para fazer antes do trabalho. Levantou antes da hora que gostaria, tomou banho, ligou o celular. Havia conversado com ela até quase uma da manhã e já havia 4 mensagens e 3 ligações perdidas – um delas às CINCO E MEIA da manhã. Não retornou. Estava ocupado. Na hora do almoço, uma mensagem “ligue pra mim agora”. Sérgio desligou o celular e só foi ligá-lo às 8 da noite. Havia 12 mensagens e 17 ligações perdidas. Não deu três minutos, o celular toca:
- Sérgio? Onde é que você está?
- Indo pra minha casa.
- Por que não me ligou?
- Não pude.
- Venha aqui em casa agora!
- Não dá!
- Dá sim, fiz um jantar pra nós dois!
- Já jantei.
- E nem me avisa?

QUARTA FEIRA
Graças a Deus e às preces de Sérgio, o número de mensagens e ligações perdidas foi reduzido a mais da metade. Bem mais, pra ser sincero. Estava caminhando no final da tarde quando o celular toca.
- Diga!
- Vai jantar com sua mãe?
- Vou!
- Pode vir aqui me pegar?
- Pra...?
- Pra eu conhecer sua mãe, acho que está mais do que na hora, né?

QUINTA FEIRA
- Boa páscoa, Sérgio!
- Boa viagem. Se cuida, tá?
- E veja se fica em casa, não quero que você saia.
- Querida, é Páscoa, não é Natal!
- Não entendi.
- Se você acredita em Papai Noel...

MADRUGADA DE SEXTA FEIRA
“Aqui é a mesa de bilhar da boate que Sérgio freqüenta. E vim aqui informar que eu não sou cama de Motel. Até admito que umas vinte bundas sentem em cima de mim, apesar de não ter sido feita para isso. Agora, ter uma bunda sentada em mim, com pernas abertas e um cara em pé, praticamente transando em cima de mim, às três da manhã, eu não admito”

SEXTA FEIRA
Trimmmm..... trimmmmmmm
- (Sérgio, pensando) Vá pra puta que o pariu. Sete e meia da manhã de um feriado... quem pode ser?
- Alô? (falando com voz totalmente embrigada de sono)
- Sérgio?
- M-m-marina?
- Estou no aeroporto. Pode vir me buscar?


Agradecimentos: Rafael Carvalhedo

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A CASA CAIU...

>> quarta-feira, 19 de março de 2008


Onde antes havia uma família, hoje há saudade.
Onde antes houve um lar, sobraram escombros.
Onde havia harmonia, há lixo.
Onde corria um cachorro, há pedaços de paredes.
Onde havia um teto, há as estrelas do céu.
Onde havia falta de espaço, há espaço para o vazio.
Onde estava minha cama, há um buraco.
Onde estava a cama da minha mãe, há erosão.
Onde ficava a cama do meu irmão, há sua falta dolorida.
Onde havia o silêncio, há pedreiros.
Onde havia um pé de manga, vai estar a janela do meu futuro quarto.
Onde eu fazia xixi, minha mãe vai lavar roupas.
Onde eu brincava com meu cão, será meu repouso quando o corpo cansar.
Onde meus pais se amaram, guardarei meu carro.
Onde eu alimentava meus conhecimentos,
agora vou alimentar o estômago.
Onde minha comida era preparada, agora meu irmão vai viver.
Onde eu subia na árvore para pegar pêssegos e caquis, minha mãe vai dormir.
Onde havia o medo da chuva, não haverá mais baldes para aparar as goteiras.
Onde havia um sonho, agora se constrói uma realidade.
Onde meu pai sonhou um lar, haverá um lar para minha mãe.
E onde quer que ele e meu irmão estejam, este novo lar será a eterna morada deles!

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Caipirinha, coquetel, batida... uma mistura explosiva e excitante (by Sérgio Enzo)

>> domingo, 16 de março de 2008

11:13
Sérgio acordou 17 minutos antes do horário previsto. Olhou ao lado... Ainda dormia. Apenas três horas de sono dos justos. Saiu da cama, escovou os dentes, e voltou:
- Acorde, vamos – dando-lhe um leve beijo no rosto.
- Que horas são?
- Onze e quinze.
- Deixa eu dormir até as 4 da tarde...
- Vem tomar um banho comigo, vem?

01:20
- Hermann, essa sua cara...
- Estou aprontando...
- O que?
- Ela quer ficar comigo, Sérgio, mas namora.
- Ai!
- E mora junto! Só que eu quero alguém pra passar a noite.

14:25
Conversa ao celular:
- Não consigo mais dormir.
- E o que está fazendo?
- Estudando, e você?
- Estou no shopping.
- Vem dormir comigo hoje?

03:40
- Finalmente a gente se encontrou, hein?
- Verdade.
- Você está bem?
- Bem, sim!
- Que bom!

06:40
- Legal sua casa!
- Simplesinha, mas funcional. Vem, vamos lá pra dentro!


17:52
SMS no celular de Sérgio:
“Não paro de pensar em você. Quero muito te ver de novo”.
A resposta:
“Aumente a ansiedade, falta pouco para te abraçar outra vez”

04:42
Rola Rihana e sua Umbrella (“ella, ella, ê, ê, ê...”) na pista e Sérgio pensa em Marina! Uma angústia toma conta de seu peito. Ela está lá ainda! Firme e forte.

07:55
- hummm hummmm, vou gozar...
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
- (ofegante)
- Abraço bom!
- Também estou gostando ficar assim, juntinho contigo.
- Vem mais perto, vem?


20:30
Ao telefone:
- Oi, Marina!
- Você nunca mais me ligou...
- Nem você!
- Estou muito ocupada.
- Eu também.
- E não pode fazer um esforço?
- Eu avisei que estava complicado.
- Você sempre deu um jeito.
- E você não tem jeito.

05:35
- Você tem uma boca bonita.
- É?
- É.
- E seus olhos conseguiram perceber isso?
- Sim, agora eu queria sentir o gosto que ela tem.
- Está esperando o que pra isso? Amanhecer? – Sérgio olha o relógio – Falta pouco!

22:00
Sérgio pára o carro em frente ao prédio. Toca o interfone.
- Oi.
- Sou eu! Pode falar?
- Claro, pra você, sempre posso falar.
- Estou aqui na frente. Vim dormir com você. Pode abrir o portão?

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TORNEIO "RIO - SÃO PAULO"

>> quinta-feira, 13 de março de 2008

Sabemos que as Coréias do Sul e do Norte vivem em pé de guerra.
Nos países muçulmanos, se alguém jogar uma bituca de cigarro no chão, aquilo vai para os ares.
Quem não se lembra de Irã e Iraque nos anos 80 e Iraque e Kuwait em 1991? E da Argentina e Inglaterra por causa das Ilhas Malvinas? E recentemente, Estados Unidos e Iraque?
Graças ao futebol, os parceiros sul-americanos Brasil e (de novo) Argentina vivem numa relação mútua de amor e ódio.
E até dentro do Brasil encontramos isso: Rio e São Paulo. As duas maiores forças do país vivem numa amistosa relação de provocações e alfinetadas: um "pé de guerra light". É um desses casos de amor onde as diferenças fazem dos dois estados, motores do Brasil, verdadeiros celeiros de pérolas e divertidas brigas para ver quem pode mais.
Meu amigo Marco Antonio (do Rio) e eu (de São Paulo), numa dessas conversas de MSN onde um não tem o que dizer para o outro, listamos as diferenças entre os dois estados.
Alguns exemplos você lê abaixo no nosso TORNEIO RIO-SÃO PAULO. Depois, você vota aí na enquete ao lado:


Montagem: Marco Antonio

Gatinha x Mina
Mocréia x Baranga
Sinal x Farol
Van x Perua
Maracanã x Morumbi
Flamengo x Corinthians
Linha Vermelha x Marginal do Tietê
Linha Amarela x Marginal Pinheiros
Condução x Busão
Praia de Copacabana x Parque do Ibirapuera
Vieira Souto x Avenida Paulista
Bermuda e havaianas x Terno e gravata
Picolé x Sorvete
Night x Balada
Samba x Pagode
Marquês de Sapucaí x Anhembi
Mangueira x Vai-vai
Trabalho x Trampo
Feijoada x Currasco
Barão Vermelho x Titãs
MAM x MASP
Piscinão de Ramos x Represa de Guarapiranga
Le Boy x The Week
Festa Ploc x Trash 80
Lapa x Vila Madalena
Avenida Rio Branco x Avenida São João
Galeão x Cumbica
Trem x Metrô
Barra da Tijuca x Alphaville
Diarista x Faxineira
Rocinha x Heliópolis
César Maia x Kassab
Cristo Redentor x Terraço Itália
Confeitaria Colombo x Bella Paulista
“Cara” x “Mêêêêu”
Bródi x Mano
Gabeira x Clodovil
Fluminense FM x 89 FM (para matar saudades)
Garotinho x Maluf
Cartola x Adoniran Barbosa
Fundo de Quintal x Demônios da Garoa
Gilberto Braga x Silvio de Abreu
Rede Globo x SBT
Los Hermanos x GRAM
Garrincha x Pelé
Botafogo x Santos
Santos Dumont x Congonhas
Candelária x Catedral da Sé
Copacabana Palace x Maksoud Plaza
Theatro Municipal x Teatro Municipal
Museu Histórico Municipal x Museu do Ipiranga
Saara x 25 de março
O Globo x Folha de São Paulo
FM O Dia x Jovem Pan 2
Circo Voador x Projeto SP

E, para ligar as duas:

Via Dutra x Via Dutra

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 09 - no Supermercado

>> terça-feira, 11 de março de 2008

Tem muita gente que gosta, eu sei. Mas eu detesto, abomino, tenho urticárias, toda vez que preciso ir a um supermercado. E vou pelo menos uma vez por semana, pois levo minha mãe... Mas se eu pudesse, juro que passaria a léguas de distância.
E lá realmente é o que eu posso chamar de “antro da burrada”!
A começar pelo estacionamento: sempre tem uma besta que não sei como tirou carteira de habilitação que não sabe estacionar. E acaba parando metade do carro numa vaga e a outra metade na vaga do lado. E não é possível que ele não perceba isso. Pois o cara estaciona, sai do carro, vai fazer suas compras, e passa horas lá dentro... Como consegue? Gente burra consegue estas coisas impossíveis.
Outra coisa que me irrita é quando estou andando e, bem no meio
do corredor, aquela coisa medonha impedindo a passagem: o maldito carrinho. Tento ir para um dos lados, não passa. Para o outro, muito menos. E ele lá, esperando seu dono ou sua dona escolher entre as 395 opções de leite condensado ou pacotes de arroz ou sabonetes ou bolachas... E eu fico esperando, com aquela cara de “vamos ver até onde vai a folga”.
Outro caso típico é o dessas mães que, para não carregar a
criança mala, jogam-na DENTRO do carrinho. A criança se esfrega em todas as mercadorias, pisa, baba, peida, tudo isso em cima de um pé de alface ou de uma melancia ou do quilo de carne... E ela nem tem mais idade para ficar naqueles carrinhos com acentos especiais para bebês. E depois de passar no caixa, você será o próximo a pegar o carrinho vazio para fazer suas compras. Higiene, zero! Falta de educação, dez!
E falando em falta de educação, o pior de todos os exemplos. Sim, porque isso é pura falta de educação:
alguns supermercados disponibilizam alguns caixas para atendimento a idosos, gestantes, mulheres com crianças de colo ou deficientes físicos. Pois bem, mas na foto toda tremida você pode ver que o senhor não tem 60 anos, não é gestante, não é deficiente físico e não carrega criança de colo, nem mesmo aquele rapaz que está junto dele. Já a senhora, esta sim, merecedora deste caixa diferenciado, tem de esperar os dois bonitões para ser atendida.
Fora aquelas pessoas que fazem a chamada "compra de mês" e querem passar no caixa-rápido (30 volumes). E ainda brigam se alguém reclama.
E o pior disso tudo, o pessoal do supermercado olha, olha, olha, vê tudo isso acontecer e nada faz.
Eu odeio supermercados! Principalmente por não viver sem eles. E porque sei que lá vou encontrar vários tipos de “gente burra que existe neste mundo”.

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Era vidro... (by Sérgio Enzo)

>> domingo, 9 de março de 2008


"O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou"

(em Ciranda, Cirandinha)



Depois do acidente de Sérgio, e de todo o mal entendido envolvendo a suposta morte de Marina, o relacionamento dos dois ficou mais forte, mais sincero, mais sereno e, por isso mesmo, mais frágil que um papel molhado.
A verdade é que de fato os dois viveram uma história de amor desde o reveillon deste ano.
Mas, velhos “fantasmas” acabaram voltando a assombrar a relação dos dois. E esses fantasmas não se chamam Fernanda, ou Daniela.
Sérgio tem uma qualidade admirada por muita gente: sua capacidade de doação. Sérgio entrega-se intensamente, de corpo e alma, a tudo que faz. Entra de cabeça. Investe naquilo que acredita ser possível e move céus e terras para tornar real o inatingível. Até a hora que não dá mais!


E é isso que ele está sentindo em relação a Marina. Não está mais valendo a pena.
Esta grande qualidade de Sérgio acaba sendo, para ele, ao mesmo tempo, seu maior problema. Principalmente no que se refere a um relacionamento. Sérgio entende que não pode haver uma pessoa que só se dedica e outra que só recebe essa dedicação. A velha estória da “via de mão dupla”. Sérgio não sabe lidar com a situação de fazer tudo por alguém e alguém pouco ou nada fazer por ele. Uma das frases que ele mais vê nos perfis de orkut e de blogs é “Não trate com prioridade quem só lhe trata como opção”.
É mais ou menos assim que Sérgio se sente com relação a Marina. É fato que ele gosta dela, como também é fato que ela gosta dele. Só que Sérgio se mobiliza por Marina. Marina “grita por socorro” e Sérgio viaja horas e horas para ampará-la. Quando é Sérgio que grita, Marina ou finge que não escuta, ou diz que não pode porque tem N coisas “importantes” para resolver.
Sérgio não encontra nas pessoas a mesma capacidade de doação, de entrega, de mobilização que ele tem, e que dele é exigida por todos que o conhecem. E Sérgio sabe que cada um tem seu jeito de ser sua maneira de relacionar-se com o mundo. Seria desumano Sérgio exigir que todos ajam como ele age para com todos.
O que tem incomodado Sérgio é isso: quando precisam dele, não importa como esteja sua vida, o que ele esteja fazendo: ele vai lá, dá um jeito, reprograma e reestrutura sua “agenda de compromissos importantes” e encaixa a necessidade dos outros. E o melhor: vai lá e faz. Já quando é Sérgio que precisa, ele não encontra isso nas pessoas. Talvez seja justamente por isso que Sérgio tenha aprendido a se virar sozinho. E talvez seja por isso que Sérgio esteja cansado.
O coração de Sérgio é uma casa. Dentro dela está o sentimento por Marina. Sérgio pegou as chaves, abriu a porta. E abriu as janelas também. A porta, é para que Marina saia, se quiser (se não for tomar atitude alguma para nesta casa permancer). As janelas abertas são para que saibam que ali dentro há alguém disposto a ter uma vida linda e promissora a dois, bastando apenas ser notado. Quem sabe um dia, alguém verá Sérgio lá dentro? E quem sabe não seja uma pessoa que se entregue na arte de doar-se também?

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"Não nos contaram..."

>> sexta-feira, 7 de março de 2008

Hoje é o momento ideal pra falar de sacanagem.
Mas nada de ménage à trois, sexo selvagem e práticas perversas. Sinto muito.
Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação... Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas nunca dão certo, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras opções.

Ah, nem contaram que ninguém vai contar. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz quando se apaixonar por alguém.

(Texto de Martha Medeiros)

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CARTÃO CORPORATIVO - Eu já tenho. E você?

>> quarta-feira, 5 de março de 2008

Depois que o escândalo dos cartões corporativos estourou, e passada a indignação, o desejo de muita gente é simplesmente ter o seu também.


Bem, eu segui meu amigo Merrstempel Badist e mais que depressa também peguei o meu.
Pegue o seu também. É fácil. Aí é só fazer parte da galera!

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CONTANDO ESTRELAS

>> domingo, 2 de março de 2008

Sérgio foi ao deck da casa noturna esperar o movimento aumentar para que a pista fosse aberta para dançar. Estava meio puto. Havia tomado um cano de dois amigos. Um simplesmente sumiu. O outro estava em Botucatu.
Não que sair sozinho incomode-o, pelo contrário (ele até prefere). Mas Sérgio estava com a língua e os ouvidos nervosos. Queria falar, conversar e, principalmente, ouvir histórias.


Sentou quase que se deitando na cadeira. Pernas esticadas, pescoço jogado para trás, olhou o céu. Pelo fato de a casa noturna estar um pouco afastada do perímetro urbano, parecia haver bem mais estrelas no céu. E as que ele já conhecia, estavam mais brilhantes.
De repente, vê as luzes de um avião. E isso trouxe Marina aos seus pensamentos. Dali a alguns dias ela estaria dentro de um daqueles. E talvez sobrevoando a cidade de Sérgio. Ele a procuraria em todos os aviões que visse passar. Ainda que estejam a mais de 10 mil metros de altitude.
Eis que de repente surge Fernanda. Acompanhada de uma amiga. Fernanda ou esqueceu ou fez o favor de não apresentá-la:
- Você por aqui?
Como assim “você por aqui”? Quem deveria fazer esta pergunta era Sérgio. Afinal, apesar da surpresa da declaração de Fernanda, ainda assim, ele não imaginava que ela fosse a uma casa noturna que tocasse aquele estilo de música. Enfim...
- Achei que você fosse me ligar.
- Eu falei que teria uma semana difícil, Fernanda!
- Mas não podia ligar pra mim?
- E você, por que não ligou se teve vontade de falar comigo?

Se há uma coisa que irrita Sérgio é esse tipo de cobranças. Caramba! Por que ELE tinha de ligar? ELE tinha de correr atrás? A madame ficou sentada na frente do telefone esperando Sérgio ligar? Ah, tenha dó!
Sérgio notou que Fernanda estava com um ar de donzela abandonada. Suas palavras tinham um certo deboche que fez Sérgio sentir-se incomodado. Isso porque ele havia sido muito claro com ela sobre sentimentos e principalmente sobre a “pauleira” que seria sua semana – que de fato, foi.
Sérgio trabalha, estuda e ainda executa outros projetos que têm tomado muito do seu tempo. Só aos sábados que ele dá um forte pé na bunda das responsabilidades, o suficiente para que elas demorem dois dias (segunda feira) para retornar.
E o som começou a rolar na pista. Sérgio deixou as estrelas e foi dançar. Encontrou vários conhecidos, conversou furtivamente com eles – um papo super profundo de cinco minutos no máximo, repletos de blábláblás que não agregam valor nem a uma mosca bêbada e manca de uma pata.
Ouviu algumas músicas no seu canto preferido e depois decidiu mudar de lugar, indo para o lado oposto.
Duas músicas depois chega bem à sua frente, Fernanda. Acompanhada. Mas não da amiga e sim, de um rapaz. Começam uma sessão de beijos de deixar encabulado o casal em ação no filme pornô daquele bem vagabundo e vulgar.
Sérgio já estava se sentindo como se estivesse num vagão de trem de metrô às seis da tarde naquele lugar, de tão apertado. E a presença dos dois (e de suas respectivas linguas insandecidas) deixou o espaço ainda menor. Mas Sérgio preferiu ficar ali por mais alguns minutos. Se saísse, Fernanda se sentiria vitoriosa de uma disputa que Sérgio não entrara. Esse joguinho da rejeição, querer dar a volta por cima a todo custo nunca fez bem para nenhuma das três partes e invariavelmente uma delas vai sair pior do que entrou. E não seria Sérgio. Nem Fernanda, talvez. Ou seja, o inocente da língua tarada poderia pagar pela inconseqüência alheia.
As estrelas lá fora estavam mais interessantes e Sérgio de novo olhava para elas. A pista deveria estar muito boa, porque só ele e um dos seguranças estavam ali. Eis que surge a abandonada amiga de Fernanda.

- Acho que Fernanda não foi muito simpática em não me apresentar a você. Prazer, meu nome é Daniela.
- Prazer, Sérgio!
- Eu sei. A Fernanda falou de você.
- Mas acho que não é dela que vamos falar, não é?
- Concordo plenamente, Sérgio.


(LEITORES, respondam à enquete lá em cima)

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