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Segredos e Mistérios na Contramão

>> quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Entre os anos de 2001 e 2004 eu morei na pequena cidade de Paranapanema, aqui no interior de São Paulo. Uma cidade de aproximadamente 17 mil habitantes, cuja base de sua economia é a agricultura – principalmente flores (no distrito de Holambra II) e frutas.



Ou seja, há muitas fazendas lá.

E a família Plens é uma das muitas famílias que, como poderia eu dizer, “dita” os rumos econômicos, políticos, sociais da pequena cidade – assim como muitos outros descendentes e imigrantes holandeses da região que margeia a rodovia Raposo Tavares entre os quilômetros 230 e 270.

Imagino que a cidade, já “parada” por natureza, estancou no último domingo (17/2) e segunda para o funeral do jovem bancário Kleber Rodrigo Plens, 27.

Eu não o conhecia pessoalmente, mas conheci alguns de seus parentes. O filtro de água que tenho até hoje em minha casa, comprei no mercadinho de seu tio – um homem batalhador, como tanta gente naquela cidade meio que esquecida do mundo globalizado.

Provavelmente algum sopro de “modernidade” e agito naquela cidade era dado quando muitos de seus filhos, assim como Kleber, retornavam de São Paulo, Campinas, Londrina ou Bauru (onde vão morar e estudar quando atingem idade para isso) para passar finais de semana, feriados e férias com seus familiares.

Kleber era bancário e havia acabado de formar-se em Direito. Algumas horas antes do encontro com seu destino, estava em sua festa de formatura. O berço da família o fez um jovem promissor, sonhador, com chances de progresso na vida. Se “quando homem” retornaria à cidade, é muito provável que não aconteceria. Mas trilhava o caminho do sucesso. Assim como rapazes bem nascidos, tinha um filho com alguma ex-namorada – coisa meio “lugar comum” entre os herdeiros endinheirados da cidade.

Eu, sinceramente, não entendi até agora o que pode ter acontecido. Suicídio? Aparentemente sim. Segundo declarações de alguns parentes e amigos (jornal Folha de São Paulo), ele gostava de dirigir em alta velocidade (seu carro tinha motor turbinado), era chegado numa cerveja e durante a formatura havia brigado com a atual namorada – não sei até que ponto são informações corretas ou apenas gente falando demais, demonstrando uma intimidade que é mais uma das marcas registradas do povo de lá (e muitas vezes falam demais, ou o que não devem).

Como eu conheci alguns membros da família, creio que todos eles queiram apenas saber o que levou este rapaz a cometer um absurdo destes num trecho movimentado de uma das mais importantes rodovias de acesso à capital.

A única coisa que desejo é que Deus o guarde e ampare sua família! Não há muito o que ser dito nestas horas.

5 bedelhos!:

Anônimo 20 de fev. de 2008, 01:32:00  

o conteudo daqui é muito bom...gostei...
ah...
amei o cão da foto!
sou amante da raça!

Gilberto Porcidonio (Puppet) 20 de fev. de 2008, 03:39:00  

Realmente foi um caso entranhíssimo e que poderia ter tido consequências BEM mais sérias. Espero que as autoridades consigam entender melhor o que aconteceu de fato...

Bom blog, abraços!

Anderson Marin Lima 20 de fev. de 2008, 07:06:00  

Inexplicável. É um caso muito intrigante, muito estranho... O humano é realmente um ser complicadissimo de se entender... São tantas histórias que parecem não ter um "por que", e essa, sem dúvidas, é uma delas.

Juliana Gulka 20 de fev. de 2008, 09:48:00  

Infelizmente esse não foi o primeiro e nem será o último caso de acidente estranho.
As consequências poderiam ter sido piores se outras vidas tivessem sido tiradas. Será sim um mistério, para aqueles que buscam uma resposta para o que aconteceu...

Euzer, falando em suicídio, deixa eu contar uma coisa... a minha cidade, pequena e parada.. não é das mais sossegadas para o assunto... vivem tentando pular da ponte e se matar de tantas outras formas por aqui. Há alguns casos mais chocantes do que outros, por que envolvem nossos amigos... aos meu 13 anos, um amigo se enforcou no banheiro de casa.. até hoje ninguém sabe nada a respeito.. outro, 'tentou' tomando uma caixa toda de gardenal, foi para a UTI e hoje felizmente está bem.... outro, veneno de rato.. e o mais recente.. uma amiga de mesma idade e nome que eu, deu um tiro em sua cabeça com a arma do pai que é PM. Explicações? Nenhuma. Pelo que sabemos, nenhum tinha motivos fortes o suficiente para cometer tal ato, príncipalmente a jovem moça, cheia de vida, de amigos, e aparentemente feliz.

A nossa existência aqui na Terra é tão misteriosa quanto as coisas que nos cercam. Será que um dia vamos compreender tudo isso?

Marco Antonio Araujo 20 de fev. de 2008, 18:54:00  

Eu fiquei chocado quando vi pela TV. Também resido em cidade pequena no momento e conheço o impacto de acontecimentos com esse para a pacata sociedade local.
Mas realmente bastante estranho e também acredito em suicídio.


E deixei um selo pra você

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