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DIZ QUE FUI POR AÍ

>> sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Foram 68 posts, incluindo este.
Estórias e histórias divertidas, reflexivas, polêmicas. Comentários engraçados, alguns interessantes, outros sofríveis (ainda bem que alguns poucos, muito poucos).
Mas a vida me chama para outras responsabilidades.
Minha pós-graduação, em fase final, precisa de mim. Minha monografia precisa de mim.
A reforma da casa da minha mãe precisa de mim. Minha mãe precisa de mim.
Então, peço licença, preciso ir. Tenho de terminar minha estrada, terminar meu caminho.
Mas vou voltar. Claro. Não sei quando. Não sei como. Não sei de que forma. Mas voltarei com certeza. Ainda tenho muito bedelho pra meter.
Afinal, tem muita história de GENTE BURRA pra contar ainda.
Sérgio Enzo também tem muita aventura pra relatar. Como será que ele está vivendo com Marina, agora que parece ter se acertado com ela? Os dois estarão bem?
E Lulu Torres? Ela precisa contar como foi que conheceu o nerd em plena balada paulistana? Será que ela sossegou? Dizem que os opostos se atraem e os dispostos se distraem, então, como será que eles estão? Concorrentes na profissão, congruentes na paixão?
Até Will e Guilherme (veja em Lira Paulistana, publicado três textos abaixo) também têm muito a dizer. Mais que um encontro, um reencontro, depois de 8 anos. Um drama que envolve intrigas, briga de família, e tentativa de assassinato que os separou em Piracicaba no final do ano 2000. Eles vão contar esta história.
Quero aqui agradecer aos grandes amigos e parceiros que fiz na blogosfera: Marco Antônio, Rafael, Mariana, Flávio, Flávia, Juliana, Anderson, Wander, Felipe, Marcelo, Renan, Lucas, Ricardo e tantos outros que ajudaram, opinaram, sugeriram e, principalmente se divertiram com tantas histórias.
Se perguntarem por mim, “diz que fui por aí”. Quando volto? Não sei. Mas, onde quer que eu vá, tenha certeza, que estarei METENDO O BEDELHO nos blogs e no que estiver acontecendo. E sempre no MSN (quando você postar um comentário, vai ver o endereço. Pode adicionar que eu aceitarei a todos). E uma dica a todos: as eleições estão chegando. Votem conscientemente, pelo amor de Deus e de sua cidade.
Até a volta, pessoal. E vai demorar menos que minha saudade. Estejam certos disso.

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SÓ PORQUE TENHO POR ELA UM APREÇO IMENSO...

>> domingo, 24 de agosto de 2008

Sei que muitos dos meus leitores não assistem à novela das 7, Beleza Pura.
Uns, porque estudam. Outros, porque trabalham. Outros, porque não gostam. E outros porque acham que a Rede Globo é manipuladora, blábláblá, nhenhenhém, etc.
Esta novela está no fim. Não foi nem de longe inesquecível, mas há uma personagem que, certamente, vai deixar saudades: Rakelli. Interpretada brilhantemente por Ísis Valverde.
Rakelli é esteticista no salão de beleza da mãe, Ivete (Zezé Polessa). Filha de Gaspar (Kadu Moliterno), namora o pedreiro Robson (Marcelo Faria). Seu sonho é ser dançarina do programa do Luciano Huck. E é burra como uma porta.
Mas Rakelli conquistou a audiência. Seu jeito abilolado na verdade tem mais a ver com a pureza do que com o analfabetismo. Ela pode ser uma “anta”, mas quando age, age sempre corretamente. Rakelli, quando chora, emite um ensurdecedor som de “ambulância“, levando as pessoas em volta a colocarem as mãos no ouvido, e o público às gargalhadas.
Ísis Valverde tem apenas dois anos de carreira na TV. Começou na novela Sinhá Moça (2006), como a Ana do Véu. Depois, fez uma rápida participação nos primeiros capítulos de Paraíso Tropical e agora é unanimidade em Beleza Pura.
Pesquisas da Globo revelam que ela é a personagem predileta da novela.
Suas opiniões provocam convulsões. Outro dia teve o seguinte diálogo com a mãe, antes de uma viagem à Amazônia:
- Mamis, não se esquece de levar papel ILUMINADO.
- É laminado, Rakelli.
- Não, mamis, a senhora não vai fazer luzes no cabelo das "indianas"? Então, se luz clareia, o papel é I-LU-MI-NA-DO.

Rakelli foi um grande presente não apenas para Ísis Valverde, como também para quem assiste à novela. Diversão garantida, que vai deixar saudades.
E Ísis Valverde, essa mineira de Aiuruoca, de 22 anos, dona de um talento incrível, tem ainda muito tempo e personagens para brilhar. Escalada para a nova novela de Glória Perez, será uma indiana. Fica a torcida para que brilhe neste papel dramático.
Quanto a Rakelli, fica a saudade, e para matá-la, bendito Youtube, que está repleto de vídeos com cenas dessa inesquecível personagem.

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A INCRÍVEL FORÇA DO PENSAMENTO NEGATIVO

>> quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quantas vezes você não agitou com seus amigos um programa legal no fim de semana, como uma praia, ou qualquer outro lugar, e chega um e diz: “ouvi dizer que vai chover”.


Caramba!!! Por que, raios, tem sempre alguém que parece jogar uma pá de cal em sua empolgação?
É incrível como tem gente negativa rodeando a gente. Pessoas que podiam muito bem ser desenhadas com uma nuvem negra sobre suas cabeças. Nem “Família Adams” seria tão eficiente na arte de aniquilar o ânimo de quem está à sua volta.
Quantas vezes você teve uma idéia legal no seu trabalho e alguém, passando pela sua mesa, viu seu projeto e disse: “isso não vai dar certo”?
Eu queria saber se essas pessoas não têm um pingo senso de ridículo... Sim, porque essa postura deve ser alguma frustração, mágoa, sensação de inferioridade. São pessoas que se incomodam em ver outras felizes, progredindo. Só que ficam imersas em sua incompetência e, além de não crescerem, ficam tentando segurar o progresso dos outros. Claro. Há uma diferença entre os realistas e os negativos. E é destes, dos negativos, que eu falo aqui.
Pensamento negativo é uma praga. Espalha tão rápido quanto notícia ruim, e com mais eficiência que cheiro de peido em elevador.
Pensamento negativo contagia. E se a gente estiver um pouco sensível, já era!
Já reparou que toda pessoa negativa vive doente? Uma hora é resfriada, outra hora tem dor aqui, ali, um mal-jeito acolá. E só fala em doença, remédio, regime...
Tem sempre aquela pessoa insatisfeita com o trabalho, que fica maldizendo o emprego dos colegas, dizendo que o que ele fazem, qualquer um faz melhor.
Aquele que rompeu um relacionamento amoroso recentemente fica fazendo terrorismo na cabeça dos amigos que namoram ou são casados.
Se algum amigo consegue um aumento de salário ou uma promoção, ele vai dizer que o cara deve ter descoberto algum podre do chefe.
Outro resolve trocar de carro, ele vai dizer que ele escolheu a pior marca, com os piores acessórios, e que vai ficar mais tempo na oficina que na garagem.
Se um amigo ou amiga está todo feliz, sem uma razão especial, passa a noite inteira infernizando, querendo saber qual a razão que o amigo ou amiga está escondendo.
Eu sinceramente ando limpando pessoas negativas do meu convívio. Sei lá, não gosto desse clima péssimo. Tenho certeza que me sinto mais estimulado com um bom sorriso por perto. Esse, sim, eu aceito em doses exageradas.
Só para terminar, uma adaptação livre da “lenda do copo meio vazio ou meio cheio”:
- Me dá um copo d´água?
- Toma!
- Só meio copo? Porra, isso não vai matar minha sede.
- É que estamos com falta de água e só tinha essa na jarra. Mas, pode beber, eu me viro.

Então? Seu copo está meio vazio ou meio cheio?

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LIRA PAULISTANA* (by Sérgio Enzo)

>> sábado, 16 de agosto de 2008

LEIA ATÉ O FINAL. E NADA DE "BOM O BLOG"

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Quando chegamos ao apartamento de Euzer em São Paulo, o porteiro nos entregou a chave. Ou seja, todos foram pra balada.


Havíamos, eu e Marina, saído para almoçar num restaurante mineiro do Shopping às 4 da tarde. Depois, compramos umas bugigangas, assistimos a um filme no cinema (caralho, custa 18 reais o ingresso) e ainda vimos a peça de Marcelo Médici “Cada um com seus pobrema”. Programinha romântico-cultural-consumista-turístico.
Sozinhos no apartamento fizemos amor, tomamos um banho e desmaiamos de cansaço.
Às 8 da manhã já estávamos prontos para um passeio no Ibirapuera. A porta do quarto de Euzer, fechada. Mas lá dentro, a música vinda do rádio-relógio. Talvez para disfarçar alguma “travessura”. Na sala, Will dormia. Cadê Lulu?
O parque continua lindo. Não é à toa que Euzer, Lulu e Marina amam aquele lugar. Nem parece que aquela imensidão verde está dentro de São Paulo. Uma paz, um ar gostoso e, naquela manhã nublada de domingo, muita gente.
Meio dia estávamos de volta. Will, agora no sofá, mal disfarçava a noite, ou melhor, a manhã mal dormida. A noite tinha sido bem aproveitada, pelo jeito. Ele, Pedro e Ricardo viam TV. Vânia estava na cozinha. Euzer saía do banho. Já estava com as malas arrumadas para voltarmos e... nada de Lulu.
[EUZER] Relaxa - disse com um sorriso cínico –, ela já está a caminho.
Eis que ela chega, e traz Guilherme junto:
[LULU] Caralho, que noite ducacete.
[GUILHERME] Sérgio, que bom ver você... Está melhor da perna?
[SÉRGIO] Sarou, né? Não agüentava mais o gesso – viro-me pra Lulu – Sua vaca, onde você estava?
[EUZER] Ela passou a noite com um nerd. Que conheceu na Cantho.
[GUILHERME] Que trabalha no lugar dela na Editora – gritou do terraço, onde tinha ido com Will.
Saímos em bando. Fomos almoçar na Bella Paulista. Era quase uma da tarde, e havia uma fila considerável, mas arrumamos mesa para dez. Sim, porque o Nerd de Lulu apareceu.E não é que o rapaz tinha um papo agradável? E foi uma farra! A despedida. Eu havia passado dez dias com Marina em Bauru, e mais três em São Paulo, com ela e com meus amigos. E acabei conhecendo outros. Amigos de Lulu, amigos de Euzer.
São Paulo realmente é um universo à parte. Um mundo de fantasias, sonhos, delírios. Uma cidade onde, sim, é possível ser feliz. Basta não pensar no trânsito, na poluição, nas enchentes, na violência, nem na sua imensidão. São Paulo vive, pulsa, agita, dança, vibra, seduz, instiga, delira e ama.
O carro deixa a garagem. Euzer, Lulu, Will e eu. E muita saudade fica em São Paulo. A mesma dose de saudade vai dentro daquele carro. Levamos muita coisa que não nos pertence para Bauru e deixamos muitas coisas nossas em São Paulo. Quatro pessoas e oito corações naquele carro que rasga a rodovia Castelo Branco rumo a Bauru. Acho que essa viagem será repetida várias vezes a partir de agora.

* Selo fonográfico ligado ao Teatro Lira Paulistana, espaço cultural alternativo, localizado em um porão na praça Benedito Calixto, em São Paulo, que abrigou, na década de 1980, diversos experimentos culturais e de onde saíram bandas como Premeditando o Breque e expoentes da geração musical que se tornou conhecida como “Vanguarda Paulistana". O histórico remonta a outubro de 1979, quando Wilson Souto Jr e Chico Pardal,” proprietários do Lira, decidiram gravar um disco de Itamar Assumpção, após ouvirem sua música no festival da Feira da Vila. Com a captação de recursos particulares, foi lançado o LP “Beleléu”, em 1980, dando início às atividades fonográficas. Entre 1980 e 1983, foram lançados, pelo selo, discos de Cida Moreira, Eduardo Gudim e Eliete Negreiros, além dos grupos Premê e Rumo.

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GIRA, MUNDO... GIRA!

>> terça-feira, 12 de agosto de 2008

Leia o texto até o final antes de comentar. E já sabe: "bom o blog" é proibido e será deletado. Sem dó!


SEGUNDA FEIRA, 9h00
Juarez Vadocchio chega ao escritório e logo chama sua secretária:
- Dona Selma, por favor. Preciso visitar a filial de Recife. Prepare uma viagem para lá semana que vem. E a senhora vem comigo!

SEGUNDA FEIRA, 20h15
Selma e Edgar, seu marido, conversam à mesa do jantar:
- Ele quer que eu vá, então, semana que vem irei a Recife!
- Vai sim, meu amor! Essa viagem será importante pra sua carreira.


TERÇA FEIRA, 10h00
Edgar liga para a amante:
- Conta logo, Edgar.
- A Selma vai passar a semana que vem toda em Recife. Já pensou, Fátima? Nós dois?


TERÇA FEIRA, 15h00
Fátima termina a aula com seu aluno:
- Então, Marcelo, semana que vem eu terei umas coisas pra resolver, e não poderei dar aulas a você.
- Tudo bem, ‘fessora’, na outra semana a gente repõe essas.


TERÇA FEIRA, 17h30
A chegar em casa, Marcelo liga para o avô:
- Vô?
- Marcelo, que bom ouvir sua voz!
- Então, vô, a professora não vai dar aula pra mim semana que vem. Será que a gente consegue ir pro sítio?
- Uma semana com você no sítio? Vou desmarcar todos meus compromissos.


TERÇA FEIRA, 17h45
- Dona Selma, desmarque a viagem para Recife. Irei com meu neto ao sítio.
- Pode deixar, doutor Juarez! Reagendaremos para outro dia então.


TERÇA FEIRA, 20h15
- Pois é Edgar, o neto dele estará sem aulas, e ele vai passar a semana com o garoto!
- Fica triste não, Selma, outro dia vocês viajam.


QUARTA FEIRA, 10h00
- Jura que ela não vai mais viajar, Edgar?
- E, Fátima. Fiquei triste, mas a gente espera mais um pouco!


QUARTA FEIRA, 15h00
- Aquele compromisso que falei a você, não vai mais acontecer, então, aula normal semana que vem!
- Que pena, eu tinha combinado de visitar meu avô.


QUARTA FEIRA, 17h30
- Ah, vô, o compromisso dela foi cancelado, e eu vou ter aula.
- Verdade, Marcelo? Puxa! Que azar. Mas não fique triste. Vovô prometeu. Quando você puder, me avise que eu largo tudo e vamos pro sítio.


QUARTA FEIRA, 17h45
- Dona Selma, a professora do meu neto cancelou o compromisso e ele vai ter aulas. Retome os planos da viagem a Recife.
- Sim, doutor Juarez!



E o "mundo pequeno" vai girando... girando... girando... onde isso vai dar?

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JOGO DA VERDADE - By Lulu Torres

>> sábado, 9 de agosto de 2008

(Leia até o final antes de comentar. E não comente bobagens do tipo "bom o blog".)

As regras do meu jogo da verdade são diferentes. A garrafa gira duas vezes. Na primeira, determina quem pergunta. Se ela parar duas vezes em alguém, essa pessoa fará uma pergunta e todos a responderão. Se ela parar duas vezes em quem a girar, responderá perguntas de todos na roda.


São Paulo, 01 de agosto, por volta de 10 da noite. Sala do apartamento de Euzer.
Marina girou a garrafa e ela parou cinicamente apontada para Euzer.
- Ih, Euzer fazendo pergunta? Preparem lenços, porque ou você chora ou você chora – disse Sérgio preocupado.
Quando Marina girou a garrafa pela segunda vez, ela passou por Euzer, Ricardo, Vânia, Pedro, Sérgio, Marina, William e foi parar em Lulu, que levou às mãos ao rosto:
- To fudida!
Euzer ficou olhando-a de canto de olho. Mas um olhar profundo, inquisidor. O sorriso macabro foi dando lugar a um semblante sereno.
- Responda com o coração: qual é a maior decepção de sua vida?

Quando trabalhava na Editora Globo, fui passar um fim de semana com meus pais em Bauru. Queria descansar. Por isso fui de ônibus. E fiz. Fiquei com eles o tempo todo e dormi muito. No domingo, eles me levaram à rodoviária. O ônibus saiu às 17h05. Antes ele ia por dentro da cidade. Perto de um supermercado, o ônibus parou pra ele entrar: Cesar. Que foi sentar-se ao meu lado. Não demorou para começarmos a conversar.
Falamos de tudo. Nem vimos que a viagem de quase cinco horas passou tão rápido. E trocamos fone. Havia chegado em casa ele me liga para desejar boa noite.
E os telefonemas continuaram, até que marcamos nos encontrar. E foi um, dois, dez, vários encontros. Sim, estávamos namorando. O calor da paixão.
Era um companheiro sim. Ia comigo para todos os lugares, e eu ia com ele a vários lugares. Ele trabalhava na área de contabilidade de uma empresa. Nem sempre viajávamos juntos a Bauru, onde moram nossos pais.
Um dia ele foi me buscar na Editora, que fica no bairro do Jaguaré. Meu amigo Guilherme saiu comigo do prédio e quando o viu, me deu um alerta: “cuidado com esse cara”. Achei que fosse cisma dele.
Um dia, eu ia pra Bauru e nos despedimos na manhã de quinta quando ele foi embora da minha casa. Durante o dia, minha mãe ligou dizendo que vinha a São Paulo no dia seguinte me ver e passar o fim de semana comigo. Fui à rodoviária vender minha passagem na sexta feira e aproveitei pra esperar o ônibus da mãe que chegaria às 8 da noite. Estava andando pela rodoviária quando vi César, apressado, dirigindo-se à plataforma de desembarque. Eram 7 da noite e até então ele achava que eu viajaria no ônibus das seis. Fui atrás. Havia um ônibus que chegara de Bauru na plataforma. Dele, entre várias pessoas, desceu um rapaz. Os dois abraçaram-se demoradamente.
Eu estava atrás de um pilar e, quando os dois passaram, ouvi um trecho da conversa. César dizia ao rapaz que ela tinha ido para Bauru, e os dois tinham o fim de semana inteiro para curtirem. Sem que eles percebessem, segui-os até a bilheteria do metrô. O suficiente para entender que o que havia entre os dois ia muito além de uma simples amizade.


Lulu recebeu um abraço do amigo Sérgio e o carinho cúmplice de Marina. De Euzer, ouviu apenas uma frase: “Lulu, eu te amo, ta?”. Todos eles sabem que por trás do jeito despachado da amiga, há uma mulher que, mesmo desiludida, ainda espera viver uma linda e eterna história de amor.

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DIA DOS PAIS - ELE MERECE?

>> segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Meu pai sempre foi um homem totalmente dedicado à família. Por isso nunca engoli direito a idéia de ele ter separado da minha mãe, depois de 49 anos juntos.


Nunca tivemos uma vida de milionários, mas nunca faltou comida em casa. Nunca meu pai atrasou uma conta, nunca deixou de dar a mim e ao meu irmão o curso que quisemos fazer, os livros que precisamos comprar. Aliás, acho que ele se sacrificou muito para tivéssemos o melhor em termos de estudos.
Aí, uma bela e ensolarada manhã de outubro de 2006, sou acordado para receber a notícia que ele tinha ido embora. Minha mãe, lívida, parecia não acreditar. Um casamento desfeito assim, sem mais nem menos, sem razão, sem justificativa. E eu, vendo meu pai saindo sem se despedir.
Não consegui perguntar se ele voltaria. Não consegui perguntar quando eu iria vê-lo de novo. Não sabia nem o que eu deveria fazer. Agi acho que por instinto. De repente, várias pessoas chegavam, perguntavam para minha mãe o porquê de ele ter partido.
Pelo menos ele permitiu que fôssemos conhecer sua nova casa. Onde mais tarde ele conseguiria tirar meu irmão de minha mãe e levá-lo para morar com ele, mas isso é outra história.
E agora é assim... Várias vezes eu o visito. Mas ele nunca aparece pra falar comigo. Tenho tantas perguntas que ficaram sem respostas e sempre surgem novas.
E neste domingo, estarei lá de novo.
Sim, meu pai merece meu melhor no dia dos pais. Pra ele, as velas mais iluminadas, as orações mais fervorosas. A saudade mais sincera.
Mais que um ídolo, mais que um amigo, mais que um amparo, mais que um apoio. Ele foi simplesmente meu pai. Meu herói. O homem mais importante da minha vida. Alguém que sempre será motivo de orgulho e felicidade em minha vida.
Te amo, pai! Como sempre, sempre e pra sempre! Até domingo!


Meu pai faleceu em 21 de outubro de 2006. Era uma linda manhã de sábado.


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