AS 5 COISAS QUE CANSEI DE VER NA TV E NO CINEMA

01. Propaganda de margarina com uma família feliz

Sabemos que existem muitos lares onde moram apenas uma pessoa, ou repúblicas e, mesmo em família, nem todos estão acordados na mesma hora. Então, por que sempre nesses comerciais, há uma família feliz, todos sem um pingo de sono, sorridentes, como se estivessem numa festa? Numa república, normalmente, os moradores comem pão com margarina o dia todo. E em muitas delas, é o que tem pra comer. Desde antes de eu ser um espermatozóide é assim, e não muda nunca.

02. Há cinco anos atrás

Pode reparar. Seja Beatriz Segall, Fernanda Montenegro, Antônio Fagundes, Tony Ramos. É só eles falarem de alguma coisa que aconteceu no passado, cometem esse erro medonho na língua portuguesa. E eu tenho notado: isso acontece em todas as novelas de todos os canais e em todos os filmes nacionais. Sem exceção. Será que todos os autores faltaram nesta aula?

03. Eterno inverno

Já prestaram a atenção como em todas as novelas e filmes os personagens quando dormem, sempre estão cobertos? E não precisa ser para esconder a nudez. Mesmo sozinhos, há sempre um edredon pesadão sobre eles. E pode ser o maior verão do mundo. Ah, tá! O estúdio é frio. Ok! Mas isso não é desculpa. Quantas pessoas dormem cobertas no verão?

04. Cabelos arrumados

E ainda na cama, quando os personagens acordam, cadê as olheiras? Cadê os olhos inchados, cadê os cabelos despenteados? Regiane Alves é linda, mas acordar deslumbrante dá até vontade de casar com ela. E quando estão dormindo um casal, sempre que acordam trocam um ardente beijo na boca... E eu pergunto: ninguém escova os dentes?

05. Água Benta

Já notaram que em novelas e filmes a pessoa quando está assustada ou morrendo de sede, sempre que pede água lhe é servido um copo pela metade e, quando ela vai beber, mal encosta os lábios na água e já matou a sede? Eu nunca vi isso. Artistas em cena só bebem muito do conteúdo do copo quando o líquido possui algum veneno ou sonífero.

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O FRIO QUE NOS AQUECE

Que bonito!!! O inverno chegou...


As temperaturas despencaram, as folhas já caíram das árvores, não dá pra dormir sem colocar dúzias de cobertores sobre o corpo, vemos mais filmes em casa, pensamos duas vezes antes de sair pra balada e não paramos de reclamar da preguiça ao acordar.
E também vemos dúzias de campanhas do agasalho por aí... Como em todos os anos...

Só que eu vou ser sincero... Não ponho fé nestas campanhas do agasalho. Não do ponto de vista de quem as organiza. Mas do final delas: quem realmente precisa de agasalho.

Eu sei que sou um grão de areia no deserto, uma gota de água no oceano e não posso basear minhas experiências como regra. Seria um egoísmo enorme e esse adjetivo nunca me qualificou, graças a Deus (quem me conhece sabe que posso ser tudo, menos egoísta).

Mas nas vezes que resolvi ser filantropo, presenciei cenas absurdas.

Sabe aquele papo de “adotar” uma família que algumas igrejas e ONGs sugerem? A minha adotou uma e todo mês levava alguma coisa pra eles. No inverno levamos cobertores, roupas, calçados, enfim... A família que adotamos era carente de tudo... Morava num barraco (próprio) sem esgoto, água e a energia chegava através de um "gato" puxado do poste.

Eis que no verão, encontramos um dos cobertores servindo de TAPETE. Isso mesmo, tapete na casa. Meu pai olhou e ficou indignado com aquilo. A mulher, que fumava compulsivamente (como ela conseguia dinheiro pra comprar cigarro?) simplesmente batia as cinzas no chão, SOBRE O COBERTOR. Chegou o inverno e a família falou que precisava de cobertores.

Desnecessário dizer que paramos de fazer este tipo de ajuda. Preferimos ajudar, por exemplo, as famílias de nossas empregadas (eu tenho uma, minha mãe tem outra), que podem não ser tão necessitadas, mas têm suas dificuldades.

Em Bauru a campanha do agasalho este ano arrecadou apenas 50 mil peças, cerca de metade do previsto. Há um outro ponto também: por um acaso eles acham que todo mundo compra roupas só para usar durante uma estação? Bem, eu tenho no meu armário casacos comprados há quase 20 anos, e ainda servem muito bem, esquentam que é uma beleza e não tenho a menor pretensão de desfazer-me deles. Não sigo os passos da São Paulo Fashion Week, Riachuelo, Pernambucanas e afins que, a cada ano, sugerem uma limpeza completa no guarda-roupas. Também não tenho dinheiro pra isso – e nem que tivesse, não o faria.

De repente, famílias necessitadas vivem à base do assistencialismo. E, sabendo que “vão ganhar”, não se preocupam em tentar arrumar um meio de mudar o rumo de suas vidas. Eu sei que é complicado... Eu tive estudo, tive coisas que essas famílias nem sonham que existem. E eles aprenderam a receber doações. Talvez ninguém tenha ensinado a eles como valorizar o que ganham.

Talvez estes promotores da filantropia achem que “doar” é o máximo que podem fazer pela “responsabilidade sócio-ambiental” que está tão na moda. Eu tenho a certeza que a doação é apenas a primeira coisa que podem fazer por alguém que necessita de amparo. Só que fazer o resto dá trabalho e nem sempre gera “notícia no jornal”.

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JÁ VI ESTE FILME ANTES

(Leia o texto até o final antes de comentar. E por favor, nada de "bacana seu blog". Seja criativo)

Estreou recentemente no canal pago Fox a série “9 mm, São Paulo”. A série, que vai ao ar toda terça às 10 da noite e nesta primeira temporada terá quatro episódios, se apresenta como “a verdade sobre a polícia”.


No primeiro episódio, uma modelo é encontrada morta e a partir da investigação, a equipe do Doutor Eduardo chega a uma rede de prostituição que envolve inclusive crianças.

E aí é que o caráter dos personagens começa a aparecer. E é através disto que a polícia mostra sua cara.

Eduardo é o delegado. Um homem que se preparou para ser policial. Tem curso superior, pós-graduação, mestrado e muita vontade de fazer a polícia ser honesta. Mas muitas de suas conquistas devem-se ao seu sogro, deputado federal.

Luísa tem uma filha adolescente. O trabalho na polícia exige dela uma dedicação que faz falta à filha, que dela cobra essa ausência.

Tavares acabou de entrar na polícia, mas conhece as regras do jogo do crime. E a todo o tempo usa-os a seu favor (não necessariamente a favor da polícia).

Horácio é o policial que conhece bem o submundo da lei e do crime. Prestes a aposentar-se, tem acesso livre aos “cabeças” do crime e, assim como Tavares, pode usar justamente o criminoso para resolver um crime, bastando-lhe pedir um favor.

E 3P é um jovem idealista e meio porra-louca. Capaz de trepar alucinadamente dentro do carro com uma garota e só depois de gozar, descobre que ela é (muito) menor de idade e usuária de drogas pesadas. E ele nada faz diante disso.


De repente uma série entra em nossas casas e mostra uma chapa de raio X da polícia de São Paulo. Ultimamente quando abrimos jornais, revistas ou vemos os telejornais, já não nos surpreendemos tanto quando há uma notícia de policiais corruptos, envolvidos com o crime, etc. A série da Fox mostra que a polícia ajuda a promover a justiça trilhando muitas vezes pelas linhas tortas do crime.

Fiz-me uma pergunta: por que eu, que sempre achei errado um policial agir de forma ilícita, torci para que as atitudes ilícitas dos policiais da série ajudassem a resolver o crime? Espero que esta série provoque não apenas este, mas outros questionamentos. Ainda que eu não encontre respostas, o simples fato de provocar perguntas, já vale o desafio.

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ESSA TAL FELICIDADE (By Sérgio Enzo)

Mas o tempo foi passando
E a coisa mudou
Solidão foi se chegando
E se acostumou
E essa tal felicidade
Hei de encontrar
(Tim Maia)

Numa dessas visitas que Euzer fez pra mim aqui no hospital, rolou um daqueles papos-cabeça que me deixa pensativo a noite toda. Euzer é mestre nisso... Caralho!

[Sérgio] Euzer, você promete que vai ser feliz?
[Euzer] Ser feliz, Sérgio? Mas... eu sou feliz.
[Sérgio] É feliz? Então por que essa carinha triste?
[Euzer] Não é cara triste, querido. Estou cansado apenas. Meu olhar está cansado.
[Sérgio] Eu já falei: felicidade não existe. Existem momentos felizes.
[Euzer] Momentos felizes? Quer dizer então que não existe tristeza, existem momentos tristes?
[Sérgio] Se você não vive 100% dos seus momentos felizes, você está triste.
[Euzer] Sérgio, que remédios estão dando pra você?
[Sergio] Euzer, você perdeu seu pai, perdeu seu irmão, não dá uma dentro no amor, chegou um puta carro zero estes dias pra você e você com esta cara? E vem me dizer que está feliz? A felicidade só existe para quem está imune à dor. E isso é impossível.
[Euzer] Quer dizer que feliz é aquele que nunca teve nenhum momento triste na vida?
[Sérgio] Felicidade não existe. É pura ilusão.
[Euzer] Talvez, Sérgio, felicidade seja a maneira como a pessoa se relaciona com os acontecimentos à sua volta. Um copo com água pela metade pode estar meio vazio ou meio cheio, dependendo da pessoa que o olha.
[Sérgio] Exatamente, Se o copo não estiver totalmente cheio, significa que há espaço pra tristeza reinar.
[Euzer] Você adora minhas comparações, então vou te dar uma: A chave da minha felicidade é um interruptor que acende duas lâmpadas. Um dia, uma das lâmpadas queimou. Você acha que eu fiz o que? Dediquei toda minha atenção somente à lâmpada que não acendia e ignorei que a outra estava iluminando o ambiente? Ou simplesmente reparei a lâmpada apagada, mas fiquei tranqüilo porque a outra estava acesa, enquanto eu tinha tempo suficiente para trocar (ou não) a lâmpada queimada?

Naquela noite, nem quis ligar a TV e ficar a madrugada inteira vendo os filmes da TV à cabo. Mas também não dormi. Fiquei com esta pergunta martelando na minha cabeça. De repente, será que somos realmente felizes, mas não percebemos a felicidade, por acharmos que “ser feliz” é uma obrigação, e não uma conquista?
Eu saí de um carro em chamas e só quebrei uma perna e perdi o baço. Tenho motivos para estar feliz por estar nesta cama há um mês?

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É POSSÍVEL SE DIVERTIR NUMA REUNIÃO DE NEGÓCIOS - parte 1

Driblando o sono em reuniões onde sua presença não serve pra nada e você não vê a hora do coffee-break chegar para avançar nas migalhas de biscoito e no copinho de café?
Você dorme durante as reuniões de trabalho?
Sente um tédio imenso durante as conferências, seminários e colóquios?
Foi criado um método eficaz para combater esse problema!

BUSINESS BINGO

Imprima o quadro abaixo antes de começar a reunião, seminário, conferência, etc.
Sempre que ouvir a palavra ou expressão contida numa das casas, marque a mesma com um (X).
Quando completar uma linha, coluna ou diagonal, grite " BINGO"!


Testemunho de jogadores, digo, funcionários satisfeitos:

a. - "A reunião só tinha começado há 5 minutos quando ganhei!";
b. - "A minha capacidade para escutar aumentou muito desde comecei a jogar o Business Bingo";
c. - "A atmosfera da última reunião foi muito tensa porque 14 pessoas estavam à espera de preencher a 5ª casa";
d. - "O diretor geral ficou surpreso ao ouvir oito pessoas gritando "BINGO", pela 3ª vez em uma hora";
e. - "Agora, vou a todas as reuniões da minha organização, mesmo que não me convoquem".


Não perca a segunda parte desta dica para suas reuniões insuportáveis ficarem produtivas. Quem sabe você não ganha um aumento?

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FALTA A VERGONHA NA CARA

Este ano, depois das Olimpíadas, nossas atenções estarão voltadas para as Eleições Municipais...


Que beleza! Rádios, televisões, muros, out-doors, postes e ruas serão invadidos por propaganda política. Serão sabe-se lá Deus quantos candidatos concorrendo a dezenas de milhares de vagas para as câmaras municipais e quase 6000 candidatos a prefeitos. Gente que nunca se ouviu falar aparecendo e bradando palavras de “honestidade” e “ética”. Tem horas que prefiro ouvir piada de bêbado!

Eu não sei na sua cidade, mas na minha e em várias outras do interior de São Paulo, nossos “honrados” vereadores, aprovaram, na calada da noite (claro), o aumento de salários para os prefeitos, vices e os próprios vereadores. Os índices variaram de 13 a 152% . Isso mesmo, CENTO E CINQÜENTA E DOIS por cento de aumento a partir da próxima legislatura (2009). Em Bauru o aumento será de 59%.

E quando questionados, disseram que este aumento foi para repor perdas de anos anteriores. E, com a cara cínica, estranharam a “não compreensão da população”.
É... É estranho que a população não compreenda (santa ironia!)... Nos últimos anos, se algum funcionário de uma empresa (pública, inclusive) tenta conversar sobre reposição de perdas salariais, é sumariamente punido. Eu, por exemplo, para contar com uma graninha extra, tenho de pedir para meus leitores que cliquem nos anúncios que aparecem ao final de cada post. Já nossos nobres e prestimosos vereadores se dão aumentos. Fácil, fácil!

Bem... Não sei de um jeito para reverter esse “necessário” aumento para os pobres vereadores e prefeitos. Mas uma coisa é certa. Na minha cidade, TODOS os quinze vereadores vão tentar se reeleger. O prefeito já disse que não vai tentar a reeleição.

Chega de ser palhaço! Chega de ver estas mesmas pessoas mandando e desmandando. Decidi que vou “premiar” os prestimosos vereadores que aprovaram este aumento pornográfico, simplesmente NÃO votando em nenhum deles. Como diria a Gioconda (Marília Pêra), da extinta novela Duas Caras: “Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa”.

Se a população da minha cidade achar brilhante a minha idéia, ainda que os próximos vereadores (serão 23, se a proposta do Governo de aumentar o número de cadeiras nas câmaras for aprovada) consigam ser mais incompetentes que os que estão lá hoje, pelo menos estes 15 que lá estão, não irão desfrutar da tremenda “filhadaputice” que fizeram com os 350 mil habitantes de Bauru.

Se aconteceu o mesmo em sua cidade, se eles vão ter aumentos libidinosos, e você acha a idéia de boicotá-los válida, divulgue-a.

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