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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 13 - MO[r]TOqueiros

>> quarta-feira, 28 de maio de 2008

Motoristas de carros e pedestres, sabe-se, vivem em pé de guerra. Parecem até Tom e Jerry. Mas os dois se unem contra uma praga urbana que ganhou força total nos anos 90 e parece que veio para ficar e, pior, deixar ainda mais caótico o trânsito das grandes cidades. Eles mesmos. Os motoqueiros.


Calma. Tem muito, muito motoqueiro, a imensa maioria, que respeita, sim, as leis de trânsito. Trafega nos limites de velocidade, mantém-se atrás da placa do carro da frente, pára quando a luz vermelha acende, não sobe nas calçadas, respeita faixa de pedestres, respeita também aquela placa vermelha de seis lados com a palavra PARE escrita dentro.

Mas tem uns... Sejam os motoboys, ou os mototaxistas, eles se equilibram em duas rodas, fazendo de suas cabeças o pára-choque das motocicletas. Costurando o trânsito como se fossem agulhas e linhas cerzindo uma peça de roupa.

Entre carros nas faixas de trânsito, ou sobre as calçadas, eles desafiam o perigo, brigam contra os ponteiros do relógio e assombram motoristas e pedestres. Quem não se lembra de Marcelo Frommer, da banda Titãs, que perdeu a vida ao ser atropelado por um motoqueiro em alta velocidade passando no meio dos carros?

Espelhos retrovisores dos carros vivem em constante perigo. Bolsas e sacolas dos pedestres correm sérios riscos, quando um motoqueiro surge apressado, porque saiu de Santana (Zona Norte de São Paulo) e tem de chegar em 40 minutos ao Butantã (Zona Oeste), passando antes por Santo Amaro (Zona Sul). Tudo para conseguir dar um pouco de dignidade a uma família que depende dessa loucura. E quantas cabeças não encerram esta história de imprudências sob as rodas de um ônibus ou caminhão?

Vale a pena? Talvez para nós não. Para eles, talvez também não. Mas ele com certeza vai me perguntar: “Eu tenho outra opção?” E eu não terei a resposta para esta pergunta.

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A VACA LEVOU SÉRGIO ENZO PRO BREJO

>> segunda-feira, 26 de maio de 2008

Para compreender melhor este post, leia antes "Delírios de Fogo 1 e 2", publicados anteriormente neste blog

[Euzer] Uma vaca?
[Sérgio] Isso mesmo, como meu pai te falou, uma vaca.
[Euzer] E como foi isso?
[Sérgio] Eu vinha pela estrada a mais ou menos 80 por hora. Havia lua no céu. Eu vi aquele vulto, desviei. Você sabe, rodovia não tem poste de luz. Dependemos do farol do carro. Pois quando desviei, fui pro acostamento, saiu da pista e capotou.


[Euzer] Caralho!!! Mas quem foi que deixou uma vaca solta, meu Deus? Animais na pista são um perigo...
[Sérgio] Não foi culpa do sitiante. Horas antes haviam tentado roubar o sítio dele, cortaram o arame da cerca. Duas vacas fugiram. Graças ao meu acidente, foram recuperadas.
[Euzer] Sérgio, a gente achava que você tinha provocado o acidente. O estado que você saiu cambaleando da boate...
[Sérgio] Eu até sei porque você pensou isso: é que eu tinha pisado num cigarro e a bituca grudou na sola do meu sapato. Eu não estava bêbado. Tanto que na medição deu 0,2. O máximo permitido é 0,6.
[Euzer] E por que o incêndio? Seu carro estava de tanque cheio?
[Sérgio] Não sei, Euzer. Mas sei que o carro estava com alguma coisa errada na parte elétrica. Quando capotou, deve ter dado um curto e provocou o incêndio.
[Euzer] Ainda bem que você conseguiu sair.
[Sérgio] O pior foi que, como choveu durante o dia todo, estava uma lama só. Imagine eu, sujo de barro, me arrastando naquele mato.
[Euzer] Não assuste mais a gente não, meu amigo, por favor.

TOC TOC TOC TOC
[Sérgio] Entra!!!!
[Lulu] Oi, meninos! E aí, meu gostoso? Você com esse pijaminha nesta cama, me dá vontade de cavalgar em você.
[Sérgio] Menos, minha jabuticaba, menos... Com essa perna pra cima, não me dá tesão nem em sentir tesão.
[Euzer] Jabuticaba?
[Sérgio] O sonho da Lulu é na outra vida ser uma jabuticaba.
[Lulu] É que a jabuticaba nasce grudada no pau e morre chupada...
[Euzer] Sua vaca... Escuta, Lulu, e a surpresa?
[Lulu] Está aí fora...
[Sérgio] Que surpresa?
[Lulu] Tchan tchan tchan tchan (abrindo a porta)
[Sérgio] Guilheeeeeeeeerme!!!!!!!!

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A PONTE DE "ARCO-ÍRIS" ESTÁ MAIS CURTA

>> sexta-feira, 23 de maio de 2008

O universo homossexual é estimado em 10% da população, segundo o IBGE. Ou seja, só na cidade de São Paulo há um milhão e meio. Na Parada do Orgulho Gay espera-se um público de três milhões e meio a quatro milhões de pessoas. E desses, pelo menos 10% estima-se NÃO ser homossexual. Ou seja, será uma multidão de 400 mil pessoas, muitas famílias completas – repletas de crianças, inclusive (inversão das estatísticas).


Mas não é da Parada que quero tratar, ou do “grande negócio” que este evento se transformou que, todo ano, no feriado de Corpus Christi, colore São Paulo, mas de um movimento curioso e saudável que tenho notado nos últimos dias...

Na boate GLS de Bauru, há dois grupos que estão marcando significativa presença. Um deles é formado por casais heterossexuais. Não são muitos, mas para onde quer que se olhe, há um casal dançando, divertindo-se, totalmente interados ao ambiente.
“Nas baladas ‘hétero’ sempre têm uns caras e umas moças que enchem a cara e ficam perturbando. Aqui temos paz. Nenhum homem vai me incomodar, nem mulher nenhuma vai mexer com minha namorada”.


Outro grupo é formado por três ou mais garotas. Elas chegam, dançam, dão risadas, mexem com os gogoboys, bebem sem exageros e acabam sendo a animação da pista - e ficam amigas dos gays.
“Tem muita gente que pensa que a gente só se diverte se arrumar homem. Não precisamos disso. A gente gosta de se divertir, puramente. Em baladas ‘hétero’, temos de agüentar uns caras bêbados e inconvenientes. Aqui não tem nada disso”.


A verdade é uma só: aos poucos as pessoas percebem que ser homossexual não é motivo de exclusão, não difere ninguém. Os homossexual trabalham, “geram riquezas”, vão às compras, pagam contas, dirigem carros, amam e, acima de tudo, permitem-se (tentar) ser felizes.

Se antes eles viviam às margens da sociedade, em guetos obscuros do underground, hoje eles tomam as ruas, fazem-se ouvir e acima de tudo, transmitem alegria (mesmo que estejam dilacerados por dentro). Caráter não está na atitude sexual. E que pessoas sentem-se “iguais” naquilo que se convencionou chamar de “diferenças”.

Enfim, a ponte colorida do arco-íris que liga o homossexualismo e o heterossexualismo está ficando cada vez mais curta. E mais pessoas estão atravessando-a, de um lado para o outro. E à pé, para ficar mais gostoso.

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LINDOS, RICOS, BEM SUCEDIDOS E... FELIZES?

>> terça-feira, 20 de maio de 2008

Outro dia fui a uma festa beneficente chamada Dancing Days. As músicas nos remeteriam aos saudosos anos 70 e 80 e a sociedade bauruense se mobilizou para este dia.


Noite fria do lado de fora, e um insuportável calor do lado de dentro. Casa lotada, pista idem, colunáveis e gente “bem quista da nata” (os donos da concessionária GM, o pessoal da fábrica de cadernos mais conhecida do Brasil, vereadores, etc.) fervendo com Donna Summer, Glorya Gaynor e um som de péssima qualidade.
Bem, eu estou a poucos meses de fazer 40 anos. Então, este som me remeteu à minha tenra infância. E fez isso com várias senhoras e senhores... Entre eles dois, ou melhor, duas me chamaram a atenção: duas moças (hoje, senhoras) que estudaram comigo no colégio. Lá por volta de 1985.Portanto, devem ter a mesma idade que eu.
Estavam casadas, mas eu percebi que as duas – em pontos e momentos diferentes da pista – dançavam burocraticamente com seus respectivos maridos. Dois pra lá, dois pra cá, sem olharem nos olhos, sem sorrisos. Estariam curtindo a música? Talvez.
Aí apareceram outros casais conhecidos. Imediatamente os dois se tocaram, abraçaram, dançaram juntos e olhando nos olhos. E excessivas manifestações de carinhos. Tanto dele para com ela, quanto o contrário. Tudo porque havia gente conhecida perto.
Se fosse apenas uma delas, eu poderia imaginar mil coisas, mas duas? Em pontos diferentes da pista? Em músicas diferentes? Agindo da mesma maneira? Seria isso regra? Manter aparências de um casamento feliz?
Aí a mente minha viaja, né? Sou solteiro, tenho poucos, mas excelentes amigos, divirto-me do jeito que gosto, faço tudo o que quero... E na falta de companhia, vou sozinho mesmo. E se eu fosse casado?
Será que entre 4 paredes, o casal mostra o peso da chamada rotina? Depois de jurar amor eterno, o que acontece é um suportar o outro? E demonstrar carinho, afeto, amor, somente quando tem gente perto, para evitar comentários?
É sabido que no mundo de hoje, quando um casal forma uma família, a vida muda, hábitos mudam. Eu vejo nas baladas que vou, são poucas as pessoas acima de 30 anos casadas que freqüentam. Afinal, não dá pra levar um filho pequeno para uma pista de dança. Em compensação, as locadoras de DVD vivem entupidas, principalmente nos finais de semana.
Por que só mostrar a felicidade na frente de amigos? Por que mostrar harmonia quando o flash do fotógrafo vai levar para as páginas da coluna social aquele momento? Sim, porque eu percebi que aquelas pessoas estavam mais em busca de um flash de câmera de jornal do que curtir a festa. Queriam aparecer. O duro é que havia pelo menos 200 casais e o jornal não vai publicar mais que 3 fotos.
Talvez sejam felizes, à sua maneira. Mas, certamente, não é a felicidade que eu quero pra mim.
Enfim, como diz o ditado, cada um sabe onde seu sapato aperta no pé... O meu, graças a Deus, é bem folgado.

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SE JUNTAR OS QUATRO, NÃO DÁ MEIO (by Lulu Torres)

>> sábado, 17 de maio de 2008

"Não pára, não pára, não pára...
Não pára, não pára, não pára...
Não pára, não pára, não pára...
Pra frente, timão!!!"
(Divertido e cativante hino de incentivo da
torcida ao time do Corinthians,
adaptado da parte instrumental de "Amigo”,
canção de Roberto Carlos)

- É, Lulu, sem o Sérgio, aquela boate não é mais a mesma! Não tenho coragem de entrar lá.
- Nem eu, Euzer. Sei que vou ver a cara dele em todas as paredes, na pista, nos bares, até no banheiro...
- Meu Deus, aquilo não podia ter acontecido... Ei???... Lulu???? Que cara cínica é essa?
- Estava lembrando do que aprontamos quando eu e o Sérgio fomos ver o jogo do Corinthians e Noroeste, na última rodada do campeonato paulista, aqui em Bauru...
- O que vocês aprontaram? Eu não soube disso! Ele não me contou.
- Não? Então vamos pedir mais uma que eu vou contar tudo.


Lá estávamos eu e Sérgio esperando o início da partida, no Estádio Alfredo de Castilho. Reza a lenda que o Corinthians é freguês aqui em Bauru: só perde. Mas eu nem liguei muito pra partida. Estávamos nas numeradas: eu, Sérgio, um cara liiiiiiiiiiiiiiiiiiindo e a insossa da namorada dele. Logo os dois começaram a conversar... O bonitão se chama Ivo e a namorada, Vanessa... O cara quando falava com o Sérgio não parava de olhar pra mim. E Sérgio, que sacou a troca de olhares entre mim e Ivo, olhava para a namorada dele para ver se ela percebia algo.
No intervalo, Ivo foi ao banheiro e eu fui também, claro, cheia de segundas intenções. E acabamos nos encontrando perto do banheiro, mas foi o suficiente para eu dar meu fone para ele...
O jogo acabou. Corinthians, pra variar, perdeu para o Noroeste por 3 a 2. O casalzinho foi embora e eu e Sérgio fomos jantar no Alameda.
Lá pelas tantas, toca meu celular. Era o Ivo, dizendo que tinha acabado de sair da casa da namorada, e querendo me encontrar... Que noite! Ele batia escanteio, cobrava falta, chutava pênalti, fazia lançamento, cobrava tiro de meta, lateral, cabeceava (e como era bom de cabeça, meu Deus!), dava carrinho, matava no peito (peludo, igual ao seu, Euzer), atacava, defendia... UUUUUUUUUUIIIII!

- Lulu, bem que o Sérgio fala, você é uma biscate, ordinária, vagabunda...
- O cara deu mole, eu estava a fim, fui... Qual o problema? Não me venha com escrúpulos de que ele tem namorada e tal, hein?
- Não vou falar nada, Lulu... Eu te conheço bem, e sabe que eu te amo, né?
- Ah, bom, porque senão, teria de falar do Sérgio também.
- Ahn?
- É... Assim que eu saí da mesa, o celular do Sérgio também tocou...

(...)

- Alô?
- Sérgio?
- Sim, é ele!
- Oi, aqui é a Vanessa, lembra de mim? Hoje, no estádio?
- Claro, lembro sim... E aí?
- Aí que ele acabou de sair daqui. Quer vir pra cá?
- Estou no Alameda. Vou pagar a conta e já chego aí! Me dá o endereço...

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DELÍRIOS DE FOGO - epílogo (by Sérgio Enzo - concluído por Lulu Torres e Euzer)

>> quinta-feira, 15 de maio de 2008

- Galera, vou nessa!
- Já, Sérgio? Não são nem 4 horas...
- Estou cansado, Lulu, dancei demais...

- Euzer, você viu?
- Vi, claro, ele não andou em linha reta até a porta...
- Vamos atrás dele, Euzer?
- Rápido, porque a gente tem de pagar ainda...

- Meu carro está aqui, Euzer
- O meu está mais longe... Deixe o bluetooth ligado pra gente se falar pelo celular, ok?
- Ele não deve estar longe... Pra conseguir enfiar a chave na porta do carro deve ter demorado.
- Vou lá!
- Corre, então.


- Lulu, e aí?
- Não vejo nada, o cara sumiu...
- Não é possível, Lulu, do jeito que ele saiu grogue da boate, não deve estar correndo tanto... O Sérgio faz besteira mas não é tão burro assim, meu Deus!
- Euzer, tem um carro acidentado ali... NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!

(...)

Nossa! O mundo está todo virado, que lugar é esse?
Eu sou Sérgio, quem são vocês?
São anjos? Nossa, como são bonitos!!!
Para onde estão me levando?
Ei, esperem, está calor aqui neste carro. Deixem eu tirar minha blusa de frio!

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CONHEÇA PIAUÍ POR APENAS R$ 7,90

>> terça-feira, 13 de maio de 2008


Você já conhece Piauí? Não?
Se você sair de São Paulo, pela Gol, a passagem custa R$ 840,00. Pela TAM, a mais barata custa R$ 669,50.
Mas você deve estar se perguntando como ir ao Piauí por módicos R$ 7,90?
Simples. Vá à banca de jornais mais próxima.

A revista Piauí é uma publicação mensal da Editora Abril (embora não haja seu logo na capa). O formato é uma revistona de 26 cm de largura por 35 cm de altura. Tem 64 páginas e assuntos que certamente você não lerá em revista alguma. Não com a abordagem adotada pela Piauí.


Na edição número 20, você encontra um artigo sobre uma rua na cidade de São Carlos (SP) que leva o nome de um dos maiores torturadores do regime militar, além da “divertrágica” história de Zafira, uma vaca que morreu atropelada na Marginal Tietê em São Paulo.

Tem uma reportagem ótima de José Miguel Wisnik sobre um torcedor do Santos na era Pelé. E Marcos Caetano conta a história de Felípedes João da Silva, um maratonista que corre com o cheque especial e o cartão de crédito estourados. Daniela Pinheiro fala dos apartamentos chiques para paulistanos mais chiques (e endinheirados) ainda. Até Ney Matogrosso dá as caras.

Uma das sessões mais aguardadas pelos leitores é um interessante concurso “escrito a 100 dedos”, ou seja, a cada semana, um leitor continua uma história publicada na edição anterior por outro leitor.


E para terminar, a última página traz a história do amigo de Romário que destruiu sua Ferrari - isso mesmo, a famosíssima Ferrari de mais de um milhão de reais do "Baixinho", no Rio de Janeiro.

Piauí intitula-se como “a revista para quem tem um parafuso a mais”. Então, se você tem um parafuso a menos, aperte os que ainda lhe restam e corra pra banca mais próxima. Além de uma das revistas mais interessantes dos últimos tempos, você vai conhecer o Piauí mais divertido que existe – enquanto você, assim como eu, não arruma dinheiro para conhecer o melhor Piauí que o Brasil tem!
Boa leitura a todos!

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DELÍRIOS DE FOGO - parte 1 (by Sérgio Enzo)

>> sábado, 10 de maio de 2008

- Lulu, você reparou?
- O que?
- O Sérgio! Está estranho?
- Eu não percebi nada.



Como você teve coragem, Marina, de pedir que eu fosse a São Paulo? Chego aí no aeroporto você não aparece. Celular desligado. Fiquei vagando pela cidade por horas. Sorte o Euzer ter emprestado o apartamento dele.

Festa? Você me chama para ir a São Paulo, vai a uma festa e me deixa plantado o fim de semana todo? Você acha que eu sou o que? Aí me liga na segunda e ainda tem o direito de ficar puta da vida porque eu NÃO te liguei no sábado?


Eu saí sim. Nem sabia que numa cidade tão grande como aquela iríamos nos encontrar justamente naquele lugar. Não estava seguindo você não. Só que me surpreende você estar com aquele cara. Eu vi vocês dois juntos.

E daí que ele trabalha com você? Não, não vi beijo. Mas você preferiu ficar com ele a me esperar. Por que você quis que eu fosse a São Paulo?

Ah, não? Meu celular recebe mensagens. O seu manda. Não me venha com desculpas. Esse papo que não deu tempo é mentira. Eu nem teria embarcado.

- Eu nunca vi Sérgio dançando desse jeito, Euzer.
- Está escuro, mas repare o olhar dele... Parece até que ele está “possuído”.
- Aconteceu alguma coisa?
- A gente se falou eram 7 horas. Ele ia dormir um pouco. Não sei se aconteceu algo...
- Eu falei com ele à tarde. Estava tudo bem. Só se ele conversou com alguém ao fone antes de sair de casa...
- E esse alguém só pode ser...


Você foi avisada deste evento às 3 da tarde. Meu vôo saiu às 7 da noite, porra! Não dava pra você me avisar, caralho? Você quer é me fazer de palhaço. E o pior é que eu caio nesse seu papinho ainda...

Seus problemas são sempre os únicos do mundo. Você vira cavalo de carroça, não vê nada do lado. Não se preocupa com ninguém. Seu universo não vai além do que você vê quando olha para seu umbigo.

Marina, chega!!! Um dia a torneira seca. O vento pára. O sol não nasce. As estrelas não aparecem no céu. Um dia não restam mais linhas para escrever no caderno, nem tinta na caneta. Um dia não há páginas para serem lidas. Não há carros que passam nesta rua. Não há mais rua. Não há mais nem música. Entendeu?

- Sérgio, meu gostoso, puto, safado... Fazia tempo que não via você dançando assim.
- Está ouvindo esta música?
- Você sabe que eu detesto Umbrella, da Rihana.
- Mas não está tocando mais.
- Como não, Sérgio? “When the sun shine we shine together”
- Não, Lulu. Esta música nunca mais vai tocar.

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"SER MÃE É TER O CORAÇÃO BATENDO ETERNAMENTE FORA DO SEU PEITO"

>> quarta-feira, 7 de maio de 2008

Eu morei com papai. Até o dia que ele expulsou a mim e a milhões de irmãos meus. Fomos nos abrigar na casa da mamãe. Ela, a princípio não gostou de minha presença lá. Reagia passando mal, vomitando várias vezes, mas foi se acostumando. Eu fiquei lá nove meses. Fui crescendo, crescendo, nadando e comendo. Não pelos cotovelos, mas por um fiozinho ligado à minha barriga. Até chegar a 3 quilos, 750 gramas e 48 centímetros. Sabe o que ela fez? Expulsou-me de lá. Claro, segunda expulsão em menos de um ano? Armei um berreiro homérico.
Dois meses depois, Deus resolve dar um susto nela. O médico diagnosticou uma pneumonia avançadíssima. E pediu que ela providenciasse um padre para que “o anjinho não morresse pagão”, portanto, fosse batizado, crismado e recebesse a extrema-unção. Recebi tudo isso mas não fui. Fiquei.
E assim foi... Minha mãe, tendo apenas estudado até a quarta série, ensinou-me as horas, os números, e as letras. Ensinou-me que B com A formava BA. E juntando BA com N, com H e com O dava BANHO, coisa que eu tinha de fazer duas vezes ao dia – hábito que mantenho até hoje.
Sempre cuidando de mim, de minha comida e pegando no meu pé com os estudos, estava lá quando tirei diploma do prézinho. A mesma coisa na quarta série, na oitava e no terceiro colegial. Na Faculdade, lá estava ela, parecendo uma coruja-velha, toda orgulhosa de sua corujinha aqui.
Em 2006, Deus resolve levar seu companheiro, seu marido por 49 anos e outros tantos entre olhares, paquera, namoro e noivado. Ela, guerreira, agüentou firme. Tinha os filhos ao lado, dela cuidando com o mesmo amor que dela receberam. E quatro meses depois, a pior dor que uma mãe pode suportar: Deus levou-lhe seu filho mais velho.
Mas, guerreira que é, sofre. Ora calada, ora na frente de quem quer que seja. Sofre mas vai em frente. Sabe que há outro filho, outro “menino” que ainda dela precisa.
A vida lhe abençoa e, se é esse o nome que “o mistério da fé” pode dar, compensa-a. A casa nova está chegando. Olha para o céu e reza agradecida: “Obrigada, meu velho. Você me deixou, mas sei que está cuidando de mim”. Olha um pouco ao lado e continua: “Filho, tudo que você conquistou foi pra mamãe que você deixou”.
Ser mãe é ter o coração batendo fora do peito. Eu olho para minha mãe e vejo que, por trás desse olhar de guerreira, de vida sofrida, de migalhas contadas, há uma mulher vitoriosa. Uma mulher que venceu a falta do marido e convive com a cratera aberta pela perda do filho com dignidade. Olha para o futuro sem ter medo de ir ao seu encontro. Sem medo do destino que lhe espera.
Por essas e outras que eu tenho um imenso orgulho de ser seu filho, minha mãe. E que jamais neste mundo eu vou ter palavras ou atitudes para agradecer tudo o que a senhora fez e também pelo que não fez (porque sabia que não seria bom) por mim. Parabéns pelo seu dia, minha mãe. Embora para mim, todos os dias são inteiramente dedicados à senhora.
Te amo!

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A eterna e adorável "GUERRA DOS SEXOS"

>> segunda-feira, 5 de maio de 2008

"Que diferença da mulher o homem tem?
Espera aí que eu vou dizer, meu bem:
É que o homem tem cabelo no peito, tem o queixo cabeludo
E a mulher não tem"

Sei que vou apanhar muito quando lerem este post. Lulu Torres talvez me esgane, principalmente porque eu sei bem o que ela vai dizer: "Seu puto, você tem toda razão, maldito" (essa mulher me ama!)
Já Sérgio Enzo, vai rir muito, porque certamente ele vai se reconhecer em alguns destes casos. Principalmente nos itens "filmes" e "mudanças".
Enfim, cada um vai se encontrar, de alguma maneira neste texto, que me foi enviado por e-mail por um amigo (Wilson Siqueira). E, com certeza, vai se morder de ódio por esta constatação.
E viva a Guerra dos Sexos!



APELIDOS

Se Adriana, Silvana, Débora e Luciana vão almoçar juntas, elas chamarão umas às outras de Dri, Sil, Dé e Lu.
Se Leandro, Carlos, Roberto e João saem juntos, eles afetuosamente se referirão uns aos outros como Gordo, Cabeção, Rato e Negão.


COMENDO FORA

Quando a conta chega, Leandro, Carlos, Roberto e João jogam na mesa R$ 20,00 cada um, mesmo sendo a conta apenas R$ 32,50. Nenhum deles terá trocado e nenhum vai ao menos admitir que queira troco. Logo o troco será convertido em saideiras.
Quando as garotas recebem sua conta, aparecem calculadoras de bolso e todas procuram pelas moedinhas exatas dentro da bolsa.


FILMES

A idéia que uma mulher faz de um bom filme é aquela em que uma só pessoa morre bem devagarzinho, de preferência por amor.
Um homem considera um bom filme aquele em que muita gente morre bem depressa, se possível com balas de metralhadora ou em grandes explosões.


DINHEIRO

Um homem pagará R$ 2,00 por um item que vale R$ 1,00, mas que ele precisa.
Uma mulher pagará R$ 1,00 por um item que vale R$ 2,00, mas que ela não precisa.


BANHEIROS

Um homem tem seis itens em seu banheiro: escova de dente, pente, espuma de barbear, barbeador, sabonete e uma toalha - talvez roubada de um hotel.
A quantidade média de itens em um banheiro feminino é de 756. E um homem não consegue identificar a maioria deles.


DISCUSSÕES

Uma mulher tem a última palavra em qualquer discussão.
Por definição, qualquer coisa que um homem disser depois disso, já é o começo de uma outra discussão.


FUTURO

Uma mulher se preocupa com o futuro até conseguir um marido.
Um homem nunca se preocupa com o futuro até que consiga uma esposa.


MUDANÇAS

Uma mulher casa-se com um homem esperando que ele mude, mas ele não muda.
Um homem casa-se com uma mulher esperando que ela não mude, mas ela muda.


DIVIDINDO

Uma mulher dividirá seus pensamentos e sentimentos mais profundos com um completo estranho que lhe dê atenção.
Um homem só dividirá seus pensamentos e sentimentos mais profundos quando questionado por um advogado artimanhoso, sob juramento, e mesmo assim, apenas quando isso puder diminuir a sua pena.


AMIZADE

A mulher encontra com outra na rua: "Nossa como você ta linda!!!". Quando viram as costas vem o comentário: "Nossa como ela tá gorda".
Um homem encontra com outro na rua: "Fala seu gordo-careca-bichona!". Quando viram as costas vem o comentário: "Pô, esse cara é gente fina!".

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Nós, as biscates (primeiro post de Lulu Torres)

>> sábado, 3 de maio de 2008

- Lulu, sabe quem eu vi no mercado esses dias?
- Não, Euzer!
- A Bia!
- É?
- Estava com o noivo, mas não me viu...


Desde que o mundo é mundo, sempre existiu o conceito de que homens devem ter todas as mulheres que conseguir: ele sempre será o bonzão, o gostosão, o poderoso. Mas vai a mulher ficar com um... Logo ela vira a vaca, a biscate, a puta e coisas piores.
Conheço Bia há mais de 10 anos. Ela é amiga de Valquíria, uma grande amiga minha até hoje. Sempre saímos juntas, as três. Estudávamos na mesma faculdade, mas não fazíamos o mesmo curso.
Um belo dia, Bia começou a receber “galanteios” (minha avó iria amar eu escrevendo esta palavra) de um babaquinha aqui da cidade. Ele ligava todos os dias. Sempre estava onde Bia estava: no bar, na boate, no show, no teatro. Sempre gentil, educado, fino. Para Bia ceder aos seus encantos, era questão de tempo.
E aconteceu. No fim de noite, eles saíram juntos e no domingo, Bia era a pura felicidade. Felicidade que se transformou em dúvida, depois em desespero e por fim sofrimento. O babaca, que se chama Roberto, simplesmente sumiu. Não atendia mais seus telefonemas, sempre estava ocupado ou tinha compromissos. E a “fama” de Bia na cidade espalhou-se rapidamente.
Eu me refiro a Bauru como um fogão de seis bocas. Em cada boca você coloca uma panela. Bauru é isso: uma cidade de 350 mil habitantes com suas panelas. E em cada panela, um grupo de pessoas que não se comunica com os outros grupos. Portanto, as coisas que acontecem em nosso grupo logo se espalham, como se a panela estivesse com água em fervura.
Bia entrou numa profunda depressão. Qualquer coisa, chorava. E, entre a saudade de Roberto e os olhares para ela, parou de sair. Bia, que era alegre, divertida, alto astral, “queimou a lâmpada”. E precisava ser urgentemente trocada.
Eu poderia ter agido de forma diferente. Só que eu não tive outra idéia – e talvez se eu a tivesse tido, não saberia agir. Mas enfim... O que eu iria fazer? o mesmo que Roberto fez com Bia: conquistá-lo e depois desprezá-lo.
E assim foi. Na boate, ele estava lá, cerveja na mão, olhares procurando a primeira pra cair na rede. E eu me fiz de “donzela a ser conquistada”. Ele veio falar comigo, dei uma de difícil e nem sequer ficamos. Na semana seguinte, o mesmo jogo duro de donzela... Na terceira semana, beijos, muitos, mas nada além. E ele querendo ir pra casa dele. E fora os intermináveis telefonemas e torpedos.
Até que aconteceu. Fomos pro apartamento dele e, se não dei a melhor trepada da vida dele, foi uma das mais inesquecíveis que só foi terminar no domingo à tarde. Não nos vimos naquele resto de dia, mas, claro, todos ficaram sabendo, porque ele foi ao bar que “nossa panela” toda ia na noite de domingo.
Bia, claro, ficou puta da cara comigo. Ligou pra me xingar, que eu tinha sido uma traidora, puta, vaca, biscate, que sabia que ela gostava dele, por que eu fui ficar com ele, e tal. Não falei nada. Deixei Bia descarregar toda sua ira em mim. Ah, Roberto não me procurou aquela semana.
No sábado seguinte, eu e Sérgio fomos pra boate. Sérgio não conhecia o cara, então, parti para a segunda parte do plano: beijei Sérgio perto de Roberto. Ele, claro, viu. E aí foi correr atrás do prejuízo. Numa hora que eu saía do banheiro, ele veio falar comigo. Eu disse que estava acompanhada e falaria com ele outra hora. Ignorei legal.
Na noite de domingo estávamos eu, Sérgio e Euzer no bar, quando
ele chegou. E veio tirar satisfações comigo. Cobrou eu não ter ligado pra ele, cobrou eu ter ficado com outro na boate, cobrou, cobrou, cobrou. E tudo para que todos no bar ouvissem. Quando ele terminou de falar, eu apenas disse algo do tipo: “Engraçado, você fez isso com a Bia dia desses... Por que só eu estou errada? Ah, se toca, rapaz. Você não vale nada. É um merda, um idiota. Fica aí metendo banca de don Juan, não passa de um conquistadorzinho barato. Vê se cresce e não enche meu saco!”.
Depois daquela noite, pararam de falar de Bia e logo ela pôde voltar às baladas sem se preocupar com julgamentos. Foi quando ela conheceu o rapaz que hoje é seu noivo.
Daquela nossa amizade sobrou pouca coisa. Quase nada, pra ser sincera. Mas ficou gratidão. Quase toda. Quero muito que Bia seja feliz.
Sei que não serei convidada para seu casamento, mas tudo bem. Estou com a consciência tranqüila que, ainda que por linhas tortas, fiz tudo direito. Do meu jeito, claro, mas fiz.
Ah, quanto a Roberto, continua com a vidinha de Don Juan, só que agora está saindo com garotas que têm quase a metade da idade dele. É o que lhe restou.

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PEPE NO ORKUT

>> quinta-feira, 1 de maio de 2008

Pepe agradece aos mais de 100 comentários e visitas recebidas em sua "saga" publicada neste blog e convida a todos para conhecerem seu perfil no orkut.
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