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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 08 - O intelectual de botequim

>> sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Intelectual de botequim. Aquela pessoa que chega antes de todo mundo e vai embora depois que todos pagaram a conta.
Conhece todos os garçons pelo nome, inclusive aquele que entrou duas noites atrás.
O dono do bar sempre senta em sua mesa para jogar uma conversa fora. Ou duas.
É tão íntimo de todo mundo que até arrisca a dar palpites na administração do boteco.
E tem algumas características marcantes e comuns a vários outros de seu espécime. Veja algumas:


01. É politizado. Tem uma opinião sobre tudo, sobre todos. Capaz de contar toda a história do Mensalão, dos Cartões Corporativos. É contra o sistema. Votou no presidente eleito, no governador eleito e no prefeito eleito, mas nega isso até a morte.

02. Quanto mais cheio o bar, mais alto fala. Não se contenta em ser ouvido pelos colegas da mesa. Quer ser o centro das atenções – do bar todo.

03. Nem tente falar sobre carros. Ele sabe tudo de todos, inclusive os últimos lançamentos da última feira internacional – e anda de Gol 1.0 (nada contra Gol 1.0).

04. Passou o último verão em alguma praia badalada do litoral de São Paulo ou Florianópolis – só que não mostrou foto nenhuma, e se mostrou, praia é tudo igual: tem areia, mar...

05. No carnaval esteve em Salvador. E ficou a poucos centímetros de Ivete Sangalo ou Cláudia Leitte – só não contou que a distância dos seus olhos até a foto do jornal dá cerca de 50 centímetros.

06. Se ele diz que está duro, ganha bem e é mão de vaca; teme que algum amigo peça para ele pagar a conta. Se ganha pouco, conta os gastos faraônicos que fez, seja com seu novo notebook, seja com algum acessório no Gol 1.0.

07. É um verdadeiro “papa-flash”. Não pode ver um fotógrafo de jornalzinho chinfrim que lá está ele se posicionando para sair bem na página 6* ou na coluna da Giovanna*, ou naquelas fotos mal feitas das páginas mal produzidas da revista de quinta.
(* - páginas de coluna social nos jornais da cidade de Bauru)

08. Não cometa o pecado mortal de discutir futebol com ele. Mesmo que a opinião dele seja a mesma, ele vai dar uma aula e tentar mostrar que você é um mal informado. Se você só se lembrar de 10 jogadores da fatídica partida Brasil X Itália na Copa de 82, ele dirá o décimo primeiro nome. E se for corintiano, prepare-se. Ele vai (tentar) provar por A + B que o regulamento prejudicou seu time no campeonato do ano passado.

09. Adora esnobar conhecimentos em política monetária. Vomita na mesa tudo sobre fundos de renda fixa, ações na bolsa e cotação do dólar. O Brasil tem reservas para pagar a dívida externa? Está errado! É factóide para ajudar o governo nas eleições municipais.

10. Música? Ele tem todos os DVDs de artistas que nunca ouviu falar na vida e são os melhores que existem. Maria Bethânia, Gil, Gal, Caetano? Só prestam se o assunto for alguma exaltação ao pagode ou ao show que está sendo anunciado à exaustão nas emissoras de rádio da cidade.

11. Cabelos bem cortados, barba simetricamente cuidada. Hidratante corporal rejuvenescedor, pós-barba com frescor suave de menta. Camisa sem um amassado. Calça muito bem passada, sapatos lustrosamente engraxados. Mauricinho? Não. Apenas um homem antenado com a moda. E “metrossexual” é coisa de viado.

12. Sabe aquela gostosa que passou naquele carro? Ele comeu! Sabe aquela morena de cabelos curtos e vestido preto ali? Já ficou com ela. E aquela loira peituda com um piercing no nariz? Ficou atrás dele quase um mês depois do encontro na boate. Curioso é que ele está sempre sozinho.

13. Lembra o que foi dito sobre seu gosto musical? Pois o dia que ele não vai ao bar, e cai na pista da balada, espere pra ver o que acontece quando toca a música do “Creu” (é assim que se escreve?). O cara dá aula. E no dia seguinte, nega tudo. Ou atribui a culpa à cerveja de péssima qualidade – e ele tomou 18 latas.

14. Malha. Diz que, pelo fato de ter passado dos 30 anos, tem de se cuidar, cuidar do corpo. Fala com orgulho das 50 sessões de malhação pesada que faz duas vezes por semana na academia e exibe os braços sarados como se fosse um troféu. O pior é quando fala para o pessoal da mesa: “pega aqui, ó”.

15. Tem TV a cabo ou por assinatura em casa e assiste (ou diz que assiste) a todos os filmes alternativos que passam lá. É capaz de citar ano de produção, diretor, roteirista, atores principais e coadjuvantes e toda sua filmografia. Ah, e no digital home theater wireless com 7 canais (sendo que a TV transmite em 5). Ah, claro, a TV dele é de Plasma, 42 polegadas, que ele já terminou de pagar (em 10 vezes iguais no cartão de crédito – mas isso não contou a ninguém).

16. Não assiste a TV. No entanto dá opiniões sobre os programas de todas as emissoras, sobre o Jornal Nacional e o Jornal da Globo. E tem mais assunto que você, que não perde um capítulo da novela das 8.

17. O relógio dele é bonito, mas a marca você nunca ouviu falar – a menos que seja um freqüentador da 25 de Março em São Paulo, do Saara no Rio, de banquinhas de camelô espalhadas por este Brasil, ou vindo aos montes do Paraguai.

18. O celular dele toca MP3, tem câmera de não sei quantos mega-pixels, agenda com mais de 500 nomes gravados, blue tooth, já está na terceira geração (3G), tem mais de 5400 ringtones diferentes. Acessa a internet, deve ter até GPS. Só que o cara não tem créditos. Diz que esqueceu de fazer recarga. E quando alguém liga pra ele, faz questão de conversar aos berros, pro bar inteiro ouvir sua conversa quase confidencial.

19. No trabalho julga-se indispensável. Seu chefe confia o carro da empresa, viaja sempre a serviço, relaciona-se com presidentes de multinacionais, conta seus feitos e êxitos, e acaba contando o salário de todo mundo de sua empresa. Tem um cargo de nome pomposo que, no fundo, é assistente de alguma coisa sem importância. Ah, e ganha menos do que diz ganhar. Mas sempre está sem dinheiro – até para recarregar seu celular 3G.

20. Nega de pé junto que qualquer uma das características citadas acima tenha alguma coisa a ver com seu jeito de ser. Inclusive sobre seu celular, seu gosto musical, sobre a dança do Creu e sobre aparecer nas fotos das colunas sociais.

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A noite do "MEU BEM"

>> quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Hoje...
Eu quero a rosa mais linda que houver...
E a primeira estrela que vier...
Para enfeitar a noite do Meu Bem...



Não sei se vocês acompanham a novela das sete, Beleza Pura.

Esses dias eu vi alguns capítulos (a maioria, confesso). E gostei!

Não que a novela seja uma obra prima. Longe disto. É apenas engraçada. Bem escrita, edição ágil, texto fácil (pra ver, rir e esquecer meia hora depois – bom para fazer a digestão do jantar).

Mas uma coisa que me chamou a atenção e provocou algumas risadas (ok, confesso de novo, gargalhadas), foi a personagem “MEU BEM”, interpretada pela atriz Letícia Isnard.

“Meu Bem” é o nome dela... Ou melhor, Valmiréia. Ela trabalha na casa de Guilherme (Edson Celulari), um desses jovens executivos bem sucedidos, que usa a casa mais para dormir e “abater” suas caças. Claro, ele não sabe o nome de sua empregada. E o substituiu por “Meu Bem”: Algumas de suas falas:

- Meu Bem, quantas vezes eu disse que não era para deixar ninguém entrar quando eu não estiver em casa?

- Por que você atrasou hoje, Meu Bem?

- Esta mesa está empoeirada, Meu Bem.

Aí eu me divirto. Outros personagens referem-se a ela como “Meu Bem”. Ninguém sabe o nome dela. E se sabe não lembra. (“Liga lá e pergunta se a Meu Bem sabe onde está o Guilherme”)

E é qualquer um: Pode ser um adulto ou uma criança (“A Meu Bem disse que seu Guilherme não gosta que eu abra a geladeira”).

O mais impressionante é que ela mesma não liga (ou não se toca) que estão a chamando de Meu Bem pura e simplesmente por não saberem o seu nome (“Você sabe o nome dela, Klaus?” “Não sei, Dominique, só sei que seu Guilherme só chama ela – sic – de Meu Bem”).

Fica a pergunta para você que lê meu blog? Costuma chamar alguém pelo apelido por não lembrar ou não saber o nome dele ou dela?

Se você quer diversão sem qualquer compromisso, assista a Beleza Pura, a divertida novela das 7, da Globo, escrita pela "estreante" Andréa Maltarolli. Certo, MEU BEM?

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CAPÍTULO INÉDITO DE UMA NOVELA QUE NÃO VALE A PENA VER DE NOVO

>> segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Reencontrar Fernanda depois de quase dois anos foi uma surpresa agradável para aquela noite quente no Shopping.


Primeiro porque Sérgio Enzo achava que ela nem mais morasse na cidade depois de concluir os estudos.
Segundo porque Fernanda era amiga de sua ex. E na “divisão dos bens” são raras as vezes que os amigos de um continuam mantendo contato com o outro após a separação. Mas Sérgio, pelo menos, até sai para a balada com alguns.

- Você está bem, sabia? Mais bonito, mais charmoso, mais atraente...
- São seus olhos...
- Está de bobeira?
- Sim, dando uma volta, olhando vitrines...
- Eu estava no cinema, quero comer alguma coisa. Me acompanha?
- Claro.

Acabaram falando do filme que Fernanda viu, e em seguida, do momento que ambos estavam. Fernanda estava trabalhando na cidade. Terminou a faculdade e voltou pra sua cidade. O diploma não sensibilizou os empresários e ela optou por voltar e reativar sua network. Sérgio mostrou a foto que carrega de Marina em sua carteira, falou dos planos imediatos (muitos) e futuros (alguns). Fernanda fez o mesmo, sempre buscando um jeito de enfiar a falecida de Sérgio no meio da conversa. Ele tentou tudo para evitar uma cena desagradável, até que não mais foi possível:

- Fernanda, mas por que você insiste em sempre dar um jeito de falar nela?

Não precisa dizer que a moça se constrangeu ao extremo. Melhor assim. Que se constranja logo e mude de assunto. E mudaram. Falaram de algumas coisas legais. O lanche foi acabando, mas a conversa não. Pouco antes das dez da noite, decidem sair, pois o Shopping vai fechar. Sérgio a convida para continuar o papo em outro lugar.

- Sabe, Sérgio? Eu fiquei chateada de vocês terem terminado, ainda mais depois do que aconteceu. Ela ficou muito magoada...
- Que? Magoada? Como assim?

Fernanda conta uma história que Sérgio sabia ser estória, lenda, invenção... Ele ouve tudo e quando ela termina, só murmura:
- Foi ela quem quis terminar comigo – e conta sua história.

Há um velho ditado que diz que o mundo dá voltas... Demora um ano, mas ele acaba passando pelo mesmo lugar onde esteve um dia. Ou seja, demorou, mas Sérgio ficou sabendo que em algum ponto entre sua ex namorada e Fernanda, alguém (vai saber quantas pessoas participaram desta “corrente de fofocas”) contou uma inverdade e ela se espalhou. Sérgio foi julgado como vilão. Claro, alguém pode fazer a pior das coisas que os amigos sempre vão dar um jeito de minimizar essa escorregada de caráter da pessoa, transferindo a responsabilidade deste ato para a suposta vítima. Alguns consideram que seus amigos, só pelo fato de serem seus amigos, não tenham defeitos.

- Então foi isso? Putz!
- Foi, Fernanda. Esta é a minha versão. Você conhece a outra versão. Escolha a que lhe for mais conveniente. Mas, tudo bem... É passado. Hoje eu gosto de Marina e estamos muito bem. Portanto, mudemos de assunto!
- E essa Marina?
- O que tem?
- Fale dela.
- Marina é isso, aquilo e aquele outro. Faz tal coisa. Mora em tal lugar. Tem tantos anos, etc.
- Você é um homem inteligente, sensível, maduro, bonitão, gostoso, atraente, sexy. Merece alguém decente. Tomara que essa Marina te faça feliz.
- Por que esta cara?
- (Rubor)
- Você ficou vermelha...
- Eu sei.
- Aí tem.
- Eu sempre te achei charmoso (segura a mão de Sérgio – ele não evita), confesso que tive uma queda por você. Mas eu não ia arrumar problema tentando algo contigo naquela época.
- Está falando sério? - Sérgio até pára de caminhar, com a expressão mais perplexa no rosto.
- Não me leve a mal. Não pense mal de mim. Não devia ter dito isso. Me desculpe, por favor?
- Relaxe!
- Quero ir embora – diz olhando para todos os lugares, menos para Sérgio.
- Posso te levar pra casa ou você veio de carro?

Depois desta pergunta e das dez frases anteriores, quanto tempo Sérgio levou para chegar à SUA casa? Essa pergunta somente Sérgio poderá responder. Se ele quiser, é claro. Mas, ao que tudo indica, ele não quis comentar nada comigo a respeito disto. E mandou que eu falasse de outra coisa.

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 06 - Operadores de Telemarketing

>> sábado, 23 de fevereiro de 2008


Esteja você imaginando um domingo gostoso para estar dormindo até mais tarde, chuvoso.

De repente, seu telefone começa a estar tocando.

Você está hesitando entre estar atendendo ou não estar atendendo. Está resolvendo atender. Do outro lado, aquela frasesinha malacafenta:

- Bom dia, o senhor Fulano está?

Pronto! Seu sono do domingo está terminando!

Aquela maldita voz está oferecendo a você uma assinatura anual da revista X para você estar se informando, ou um cartão de crédito do banco Y para você estar usando onde estiver querendo e sem taxa de anuidade nos 2 primeiros anos, ou é uma voluntária de uma ONG, pedindo que você esteja colaborando com R$ 50,00 por mês para estar ajudando criancinhas abandonadas do Vaissefuderquistão.

E por mais que você esteja insistindo em estar repetindo as palavras NÃO QUERO, NÃO POSSO, NÃO TENHO INTERESSE, aquela maldita voz continua insistindo em estar ressaltando os predicados superlativos gerúndios da empresa:

- Mas, senhor? nossa empresa está atuando em vários segmentos e tem N anos de experiência e credibilidade no mercado...

E você lá está querendo estar sabendo quantos anos está tendo a porra da empresa, ou quais segmentos ela está atuando? Você só está querendo estar dormindo até mais tarde neste domingo.

- Mas, senhor? Eu vou estar mandando sem compromisso...

Sem compromisso o cacete! Basta você estar caindo na besteira de estar passando seu CPF, seu endereço ou seu CEP que você nunca mais estará tendo sossego, porque aquele robô de pilhas eternas só está tendo ouvidos programados para estar ouvindo seu SIM, ainda que você esteja repetindo pela tri centésima quadragésima sétima vez o NÃO.

Até que você de repente começa a estar sendo abençoado pelo Todo Poderoso por estar tendo de usar a velha desculpa clássica que está espantando essa praga do telemarketing:

- Moça, estive pensando bem e acho que é uma boa você estar mandando sem compromisso alguns exemplares da revista X. Como eu desempregado, vai ser uma boa para me dar um upgrade nos meus conhecimentos sem gastar dinheiro neste momento de penúria que eu estou passando.

Ou então:

- Moça, estive pensando bem e acho que é uma boa você estar mandando sem compromisso o cartão de crédito do banco Y com duas anuidades grátis. Eu estou desempregado e de repente ele pode me ajudar numas despesinhas básicas aqui em casa.

Pode apostar: menos de trinta segundos ela já vai ter estado se despedindo, vai ter estado te desejando um bom domingo, e estará tendo dito também que está torcendo para “o senhor” estar arrumando um bom emprego para estar assinando a revista X, ou estar aceitando o cartão do banco Y, ou estar ajudando as criancinhas deprimidinhas do Vaitomarnocuquistão... Ou do Vapraputaqueopariuquistão... Ou do...

Esteja tendo um bom domingo. Agora, depois de estar desligando o fone, pode estar voltando para seu sono... se estiver conseguindo, é claro!

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 05 - Brigas de casal

É mais interessante ler este tópico ouvindo esta música da banda Rádio Táxi


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- Bom dia, meu amor! Dormiu bem?
- NÃÃÃÃÃÃO!!!!
- Por que?
- Você roncou a noite inteira.


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- Fecha essa janela?
- Por que? Tá calor!
- Vai desmanchar meu penteado!

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- Aceita uma cerveja?
- Quero sim!
- Então pega uma pra mim também!
- Odeio quando você assiste ao futebol na TV, seu vagabundo!

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- BENHÊ??????
- Que é, amor?
- Vem ver uma coisa!
- O que é?
- Dá próxima vez que você usar o secador, vê se guarda, tá?

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- Já tá pronto?
- Sim: sunga, short, protetor solar, óculos e cigarros. E o que tem nessa sacola gigante?
- Creme pra cabelo, água oxigenada, protetor solar, escova, pente, batom, protetor solar, óculos, canga, livro, revista, celular, cigarros, carteira, creme para pele, short, blusinha, toalha, xampu, sabonete líquido...

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- Já tomou banho?
- Já.
- Já se vestiu?
- Já.
- E por que você deixou, DE NOVO, a toalha molhada em cima da cama?

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- Minha mãe ligou, vem passar o domingo com a gente?
- Ah, é? O que aconteceu? A vassoura dela quebrou e não vai viajar no fim de semana?

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- O telefone tá tocando. É sua filha!
- Eu sei. Levanta, troca de roupa, e vai buscá-la na boate!

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- Vou ao shopping. Quer alguma coisa?
- O telefone da Granero
- Pra que?
- O que você vai comprar não cabe no porta-malas do Vectra.

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- O que é que tem pra comer?
- Sanduíche!
- De novo?
- Você já ligou pro cara que conserta o fogão?

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- Como assim? Sua filha arruma namorado e eu sou o último a saber?
- Da próxima vez, você pára de reparar nas pernas bronzeadas das amigas dela e presta mais atenção naquele magrelinho de cabelo moicano, piercing na orelha e calça jeans rasgada no joelho!

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- Você é o melhor homem do mundo!
- Você é a mulher da minha vida!
- Eu te amo, meu amor!
- Eu te amo pra sempre, minha rainha!

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 04 - Gente que não usa a seta

>> quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

“Sua meta é a seta no alvo
Mas o alvo na certa não te espera”
(Paulinho Moska)


São Paulo, sexta feira, 23h, Marginal Pinheiros, sentido USP – Morumbi, em frente ao Jockey Club.
Você está na faixa 4 (de um total de 7), a cerca de 70 quilômetros por hora. À sua direita, na faixa 5, pouco à sua frente, um Corsa, a pouco mais de 60 km/h. E logo à frente dele, um Fiesta um pouco mais lento.
De repente, o Corsa inicia uma ultrapassagem sobre o Fiesta. Sai da faixa 5 e entra na faixa 4. BEM NA SUA FRENTE.

O resto desta es(his)tória, fica por conta de sua imaginação.

Um pouco de didatismo não faz mal a ninguém.
Não importa se é um ônibus articulado, uma Tucson 2007, um Corsa 2002, um Gol 96, ou um fusca “meia-sete”. Todos eles têm, atrás do volante e junto de sua mão esquerda, uma alavanca (área vermelha na foto) que, se acionada para cima ou para baixo, vai fazer acender no painel do carro (área em amarelo) uma luz verde que estará piscando.
Isso significa que do lado de fora do carro, luzes piscarão indicando que o veículo vai mudar sua trajetória.
Ou seja, logo após a alavanca ser acionada, o volante vai se mover na direção do acionamento da seta. Ou suavemente, ou chegando a fazer uma volta quase completa.
Resumindo: o veículo vai se mover para a esquerda ou para a direita.

Aí vem a pergunta: “por que raios pouca gente usa essa porra de seta?” Isso não é acessório de Natal, para ser usado uma vez por ano.
Quantas e quantas vezes você não se viu tomando uma fechada porque o mané não avisou que iria virar o carro?
Aliás, já não houve uma colisão?
Dependendo da velocidade, pode haver um acidente grave, com conseqüências sérias para os ocupantes dos veículos e, pior, para pedestres e outros veículos que nada têm a ver com a história.

Portanto...
Senhores de negócios com seus celulares, lembrem-se da seta. E não usem o aparelho enquanto estiverem dirigindo.
Peruas esvoaçantes ao volante: seta não é cabide. E nada de cotovelos pendurados na porta do carro.
Playboys: usem menos o acelerador e mais a seta. Ayrton Senna foi um grande piloto, mas ele tinha de ser rápido. E vocês lembram a que velocidade ele bateu o carro...
Patricinhas: olhem mais pra frente, menos para o lado. Essa mania de vocês ficarem observando as vitrines e só perceberem que a rua que vão virar chegou quando você já está na esquina é um perigo.
E muito cuidado com assaltos.

E não esqueçam: USEM A SETA, PORRA!

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 03: A diarista

>> quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"Ela é dona do jogo...
Ela é dona da banca...
Sabe que está podendo...
E por isso briga..."



Ela é um perigo completo.

Uma arma biológica na sua área de serviço!

Consegue beber uma garrafa de amaciante em 2 semanas.

Mastiga duas pedras de sabão: uma quando chega perto do tanque e outra quando resolve lavar suas panelas na pia da cozinha.

Faz o diabo com o diabo verde.

Se ela não aparecer durante o mês todo, sua conta de água ou de luz cairá pela metade, só por conta dos 4 dias que ela não foi.

Deve fazer cobertura de sorvete com o detergente verde que você tem na pia da cozinha.

Quando se atreve a fazer pipoca, confunde o saco de sal com o frasco de Sapólio Radium e acaba com metade dele.

Se freqüenta alguma igreja evangélica, recusa-se a passar o paninho na sua cômoda, só porque você tem a imagem de Nossa Senhora Aparecida lá!

Tem telefone celular, mas nunca tem crédito. Esquece de passar o número para você. E, quando passa, nunca o atende quando é você que precisa falar com ela.

Destrói pelo menos um balde por mês, uma vassoura a cada duas semanas e arranca aquela borracha preta do rodo toda vez que enxuga o banheiro.

E que mania é aquela de querer limpar as janelas... por fora? E ficar pendurada do lado de fora do seu apartamento – que está no oitavo andar do prédio?

Praticam a arte da transmutação como ninguém. Por exemplo: lembra aqueles documentos que estavam na mesa do computador? Foram parar na gaveta do criado-mudo. As canetas sumiram da estante? Estão naquela mochila que você leva pra academia – “ué, mas não é a mochila da escola, Seu Fulano?”. Aquele porta-retratos que estava no criado-mudo? O que ele foi fazer na mesinha de canto na sala? E por que suas cuecas limpas estão agora na gaveta das meias? E onde foram parar as meias?

Aliás, você tem certeza que entrou na sua casa mesmo? Sim, porque aquela mesa não estava daquele jeito. E por que os sofás da sala estão em outra posição?

Ei, mas essa cortina azul era do quarto, está fazendo o que na janela da sala?

E por que ela pega dois ônibus pra vir e dois pra ir embora se na frente de seu prédio passa o ônibus que pára em frente da casa dela?

Nossa! Mas, com tanta coisa assim, o que essa mulher faz para que a gente não saiba viver sem ela?

Nossa querida, amada e esbanjadora diarista! Ou empregada doméstica...

Chame como quiser... Ela vai gastar todos os seus produtos de limpeza de qualquer jeito.

E mudar os móveis e objetos de lugar como bem entender.

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 02 - Na fila do banco


Bancário é uma das raças mais execradas pela população. Perde para advogados.

Todo mundo acha que bancário é vagabundo porque trabalha só das 10 às 4 e meia, e ainda ganha bem. Se for do Banco do Brasil então, é mais vagabundo ainda e ganha mais que os outros bancários.

O que não sabem é que os bancários trabalham oito ou mais horas por dia. Eles estão lá bem antes de agência abrir, preparando processos, negócios. E quando a agência fecha, eles continuam lá concluindo as negociações iniciadas durante o período em que esteve aberta. Isso a população não vê, ou finge que não vê, para ter o direito de não perder a razão.

Há uma lei (cada município tem a sua) que limita a fila de atendimento nas agências bancárias em 15 minutos em dias “normais” e meia hora um dia antes ou depois do fim de semana ou feriados. Muitas vezes, claro, a lei não é cumprida. E, como sempre, a agência bancária é responsabilizada.

Mas será que a culpa é sempre dos bancários? Garanto que não. Somente dos bancários, não. Com toda a certeza.

Pode reparar: tirando grandes, enormes agências, há dois momentos em que elas estão estupidamente lotadas: logo que são abertas e faltando meia hora para fechar. Fora aqueles que insistem em querer entrar as 4 e 40 da tarde. Neste hiato de tempo, ficam praticamente às moscas. Eu queria saber por que todo mundo resolve ir ao banco ao mesmo tempo.

Todas as agências oferecem as salas de auto-atendimento. Poucas ficam abertas 24 horas. As outras, das 6 da manhã às 10 da noite. Pode-se fazer tudo, TUDO, o que se faz no caixa: você pode pagar contas – inclusive agendar pagamento, sacar, fazer transferências, emitir talão de cheques, fazer depósitos e algumas outras coisas.

Quase tudo isso é oferecido pela internet. Exceto sacar e emitir talão de cheques.

Então, por que raios entram na agência, enfrentam fila no caixa, reclamam o tempo todo e chegam lá com uma conta de telefone para pagar? E ainda entregam o cartão da conta corrente para o operador do caixa?

E aquelas pessoas que sacam 200 reais no auto-atendimento, enfrentam a fila e chegam ao caixa para pagar contas? E enquanto o caixa está processando os documentos, ficam insultando-o, como se ele fosse responsável pela imensa fila?

E o cara que emitiu um talão de cheques no terminal, entra na fila já xingando todo mundo, chega ao caixa, preenche uma das folhas e saca 50 reais?

E tem o pior: ele transferiu de sua casa dinheiro pela internet, da conta-poupança para a conta-corrente, imprimiu o boleto de pagamento, dirigiu-se à agência bancária, usou a máquina de auto-atendimento para conferir o saldo e vai ao caixa para pagá-la?

Claro que há casos em que a utilização do caixa é necessária. Um exemplo é sacar grandes quantias em dinheiro. Outra é... hum... ah!, as contas para pagar excederam o limite de segurança oferecido pelos canais alternativos.

O mais interessante é que essas pessoas passam mais da metade do tempo na fila reclamando, mas acabam “fazendo amizades” com várias outras pessoas na fila. E no final, vira aquela festa!

Há pessoas que não se adaptaram às máquinas e preferem o atendimento “por aquele moço educado ou aquela moça sorridente do caixa”. Elas têm sempre aquele atendimento cordial.

Do contrário, os estressadinhos ou mal educados de plantão, estejam certos de uma coisa... Enquanto acham que estão abafando, querendo mostrar força, poder, razão, tendo seus faniquitos histéricos na fila do caixa, saibam que, por trás da cara de “pois-não-senhor, sim-senhor, é-claro-senhora, tem-toda-a-razão-senhora” dos funcionários, haverá a total certeza de estarem fazendo papel de palhaços... E que serão motivo de risos quando a agência estiver fechada e estiverem os bancários, bando de vagabundos e folgados, falando “COMO TEM GENTE BURRA NESTE BANCO”.

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - episódio 01: No cinema



Dezoito reais. Foi quanto custou seu ingresso para um filme qualquer no “Reserva Cultural” em São Paulo. Você entra. Acomoda-se. O filme começa.

Dez minutos depois, você não está entendendo muita coisa daquele “filme de arte” quando, bem atrás de você, dois sujeitos começam a conversar, disputando seus ouvidos com o som do filme.

Nem precisa olhar pra trás para saber como são: usam camisetas, talvez com a estampa de Che Guevara. Os cabelos parecem que não vêem água há mais de uma semana – só água da chuva. Bermudas com a barra desfiada, chinelos Havaianas nos pés, piercing na orelha, uma barba “estilosa” (normalmente para disfarçar as falhas e para economizar lâminas), e uma daquelas mochilas de tecido “mamãe-não-quer-neto” com alça passando pelo pescoço, e anel de coquinho no dedo comprado numa barraquinha da feirinha da Benedito Calixto ou do Masp.

São os chamados “intelectunerds”. Eles sabem tudo o que acontece “culturalmente” na cidade. Conhecem todas as exposições dos museus, vão a todos os bares alternativos (onde podem gastar pouco), não perdem um espetáculo teatral (experimental, claro!) gratuito, assistem várias vezes aos filmes tanto do Reserva quanto do Espaço Unibanco (pagando "meia", claro)... E, invariavelmente, escolhem o meio da sessão para conversar.

“Sim, o diretor Sam Walterson inova na proposta de uma quebra de paradigma, renovando a estética de uma linguagem conceitual”.

SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Parece que eles ouviram... Agora você vai poder curtir seu filme em paz, pelos próximos cinco minutos.

Sim, porque eles não agüentam compartilhar sua extensa bagagem de conhecimentos. Afinal, eles passaram a noite inteira decorando as matérias da revista Bravo e os cadernos de Cultura da Folha e do Estadão.

“Aquele outro filme do Sam (sim, Sam. Eles sabem tanto sobre atores, diretores e roteiristas que se atravem a tratá-los pelo primeiro nome. O pior é que seu interlocutor compreende), `O Lado Obscuro da Utopia´ é vanguardista na sua essência, busca um enfoque nas construções das sociedades patriarcais que dominavam as classes menos favorecidas”...

SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

O filme acaba, você sai do cinema, meio de saco cheio de tanto blábláblá cultural, o filme não foi lá essas coisas, mas teria sido melhor se você só ouvisse o som dele.
Na avenida, os dois intelectunerds se despedem. Um vai pegar o metrô. O outro, vai a pé pra casa.

Claro, intelectunerd não tem carro.

Mas tem boca, infelizmente!

E fala sempre quando não deve, e o que não deve também!


(sugerido por Marco Antônio - www.marco-brasil.blogspot.com)

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COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO - a série

Depois do grande sucesso no blog anterior, retomo aqui uma série de posts chamada COMO TEM GENTE BURRA NESTE MUNDO.

Estamos cansados de ver situações na nossa vida que nos perplexa, indigna, assusta e até choca.
Nem tanto pela situação em si, mas porque muitas delas poderiam ser evitadas se as pessoas não agissem do jeito que agem.
Quantas vezes você viu gente atravessando a rua pelo meio do quarteirão, sendo que há uma faixa de pedestres na esquina?
Gente virando o carro numa esquina sem dar seta?
Gente jogando bituca de cigarro da janela do apartamento do quinto andar?
Exemplos não faltam. Basta sair de casa de manhã. Quando você voltar, haverá pelo menos uns 10 que aconteceram diante dos seus olhos.
Fora as “cagadas” que até você mesmo faz.
Aliás, que tal você me ajudar a compor esta série? Mande-me seus exemplos. Eu prometo dar todo crédito à sua sugestão!

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Segredos e Mistérios na Contramão

Entre os anos de 2001 e 2004 eu morei na pequena cidade de Paranapanema, aqui no interior de São Paulo. Uma cidade de aproximadamente 17 mil habitantes, cuja base de sua economia é a agricultura – principalmente flores (no distrito de Holambra II) e frutas.



Ou seja, há muitas fazendas lá.

E a família Plens é uma das muitas famílias que, como poderia eu dizer, “dita” os rumos econômicos, políticos, sociais da pequena cidade – assim como muitos outros descendentes e imigrantes holandeses da região que margeia a rodovia Raposo Tavares entre os quilômetros 230 e 270.

Imagino que a cidade, já “parada” por natureza, estancou no último domingo (17/2) e segunda para o funeral do jovem bancário Kleber Rodrigo Plens, 27.

Eu não o conhecia pessoalmente, mas conheci alguns de seus parentes. O filtro de água que tenho até hoje em minha casa, comprei no mercadinho de seu tio – um homem batalhador, como tanta gente naquela cidade meio que esquecida do mundo globalizado.

Provavelmente algum sopro de “modernidade” e agito naquela cidade era dado quando muitos de seus filhos, assim como Kleber, retornavam de São Paulo, Campinas, Londrina ou Bauru (onde vão morar e estudar quando atingem idade para isso) para passar finais de semana, feriados e férias com seus familiares.

Kleber era bancário e havia acabado de formar-se em Direito. Algumas horas antes do encontro com seu destino, estava em sua festa de formatura. O berço da família o fez um jovem promissor, sonhador, com chances de progresso na vida. Se “quando homem” retornaria à cidade, é muito provável que não aconteceria. Mas trilhava o caminho do sucesso. Assim como rapazes bem nascidos, tinha um filho com alguma ex-namorada – coisa meio “lugar comum” entre os herdeiros endinheirados da cidade.

Eu, sinceramente, não entendi até agora o que pode ter acontecido. Suicídio? Aparentemente sim. Segundo declarações de alguns parentes e amigos (jornal Folha de São Paulo), ele gostava de dirigir em alta velocidade (seu carro tinha motor turbinado), era chegado numa cerveja e durante a formatura havia brigado com a atual namorada – não sei até que ponto são informações corretas ou apenas gente falando demais, demonstrando uma intimidade que é mais uma das marcas registradas do povo de lá (e muitas vezes falam demais, ou o que não devem).

Como eu conheci alguns membros da família, creio que todos eles queiram apenas saber o que levou este rapaz a cometer um absurdo destes num trecho movimentado de uma das mais importantes rodovias de acesso à capital.

A única coisa que desejo é que Deus o guarde e ampare sua família! Não há muito o que ser dito nestas horas.

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CUIDE BEM DO SEU AMOR

>> segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

(clique na imagem para ler o texto)


Colaboração: Anderson - uma pessoa especial. "Um filho de Deus, amado e guardado por Ele".


A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou

Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for

E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar
Se o seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida, seu amor, seu lar
Cuide tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for passar

Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for

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PEQUENO ERRO ADMINISTRATIVO

>> domingo, 17 de fevereiro de 2008

O TEXTO ABAIXO FOI PUBLICADO HÁ ALGUNS DIAS NO BLOG DE THIAGO DA HORA SOUZA. COM SUA DEVIDA AUTORIZAÇÃO, PUBLICO-O AQUI, POR TRATAR-SE DE UM ASSUNTO QUE ESTÁ MEXENDO COM O PAÍS E (MAIS UMA VEZ) DEIXANDO MILHÕES DE BRASILEIROS INDIGNADOS. O TEXTO, COMO JÁ DISSE, É DE AUTORIA DE THIAGO, MAS É, SEM DÚVIDA ALGUMA, A OPINIÃO DE MILHÕES DE PESSOAS.

Querida Matilde, a partir do momento em que você gasta mais de R$ 170 mil com dinheiro público deixa de ser reconhecida por ser branca, preta ou amarela, e passa a ser simplesmente uma VAGABUNDA!

Se achar no direito de roubar dinheiro público e chamar de "preconceito" as acusações que sofreu por esse ato é um desrespeito ao seu próprio povo que você tanto diz defender.

Aliás, será que você fez isso como uma forma de protesto contra a escravidão sofrida por seu povo? Claro, você precisa dar uma lição nesses brancos capitalistas e mostrar que com negros como a senhora não se mexe, né?

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A PESSOA ERRADA

>> sábado, 16 de fevereiro de 2008

Pensando bem, em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa não existe uma pessoa certa pra gente, existe uma pessoa - que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho, chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.

Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você, vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O que é certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, se emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo e só assim é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "graças à Deus deu tudo certo", quando, na verdade, tudo o que ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem realmente a funcionar direito pra gente...

Luís Fernando Veríssimo

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"SAIA DE FININHO"

(Tirado do blog www.virgulaantenada.blogspot.com - de Denise Machado)


Não existe nada pior que pseudo-intelectual. Quando se vai ler a formosura de texto da figura, é cansativo, sem novidade, lotado de regras dispostas, aprendidas na faculdade (como se servisse) e com uma mistura de estilos de todos os livros chatos lidos por ele(A), além de citações de autores na maioria famosos. Escreve um monte de parágrafos e não diz nada que transforme algo. Dá de tudo: rei da economia, rainha das soluções diplomáticas e geográficas, inquisidor de político, defensor de coisa alguma. E não adianta, eles escrevem para si mesmos, para pessoas iguais a eles e por isso não mudam, não contribuem e não resolvem bulufas nesse país. Mesmo porque, para a maioria deles, ideal é a Europa.

Pior são os comentários que recebem! Milhares de elogios... Ridículo. Ou o comentarista não entendeu o engodo, mas quis parecer inteligente, ou é do clã. Aí, você (não eu!) discorda e dá sua opinião, educadamente. Pronto! Está marcado, é considerado burro e péssimo, seja lá o que você (não eu...) faz.

E quando se tem o azar de esbarrar nessas pessoas que acreditam serem cultas porque leram não sei quem três vezes e não assistem ao Fantástico (ao menos assim o dizem), e tem que lhes mostar, a grosso modo de peão das letras, que elas são blefes, não mudam opinião de ninguém, não escrevem para quem precisa ler, são invejosos, não têm coerência e sofrem de distúrbio. Tem que ser atuante, esclarecedor e nunca egoísta. Além de saber receber críticas, seja de uma semi-analfabeta cultural que não suporta a maioria dos autores que “todo mundo lê” (não você, eu!).

Inteligência e intelectualidade pura você encontra no IPSIS LITTERIS (Blog do Grijó), que mostra que sabe, de forma compreensível, e te (a mim também) ensina sem cansar. Faz repensar.


E para quem se sentiu ofendido ou qualquer outra coisa, releia o título.


Agora, se me dão licença, duas últimas observações:

– Não venham pseudo-intelectuais de merda. Não vai adiantar.

– Não vai adiantar porque estou escrevendo um livro e tenho prazo. Sem tempo para brincar.

Ufa!!
Ufa!!
Ufa!!

Vírgula Antenada, 24/01/08

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Por que você me deixou sozinho?

>> sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

E lá se vai um ano...

A morte é a única certeza que temos nesta vida, mas como eu fui confrontado com duas delas em tão pouco (quatro meses), ainda não assimilei isso muito bem. Ou assimilei, sei lá! É que tem horas que sinto tanto meu pai quanto meu irmão tão presentes na minha vida, que muitas vezes eu mato em mim a sensação de que eles “foram ali e já voltam” para não ficar esperando por eles... Que eles foram ali, eu sei. Que eles já voltam, não! Eles voltam nas lembranças (na verdade, nas lembranças eles nunca saem).

A diferença de idade entre mim e meu irmão era de 11 anos. Ele, mais velho. Quando eu tinha 7 anos, ele foi estudar fora, em São Paulo. Só fui ter um contato mais presente com ele quando eu, aos 18, fui para lá também para estudar. Ele estava casado. No ano que ele se separou (1992), eu voltei a morar em Bauru.



Não tenho pudor nenhum em dizer isso: ele era alcoólatra. E foi a bebida que o matou. Como ele dizia: “bebi o uísque que pude comprar, fumei o cigarro que pude tragar e comi as mulheres que pude conquistar”. Meu irmão viveu intensamente. Jornalista antenado, e não alienado, meu irmão foi um ídolo para mim, em todos os sentidos. E quando nos aproximamos – como irmãos e como parceiros – por volta de 1995, passamos a compartilhar sonhos, idéias, opiniões e principalmente nos permitimos conhecer um ao outro.

Acho que foi a partir de 1995 que passei, verdadeiramente, a ter um irmão. Em 2000, dois anos depois do tumultuado término do meu noivado, eu vendi umas propriedades e, com o dinheiro, comprei um apartamento. Chamei meu irmão para ir comigo conhecê-lo. Qual não foi minha surpresa quando ele me deu a maior força, falou para eu investir, não ter medo de ficar sem dinheiro, afinal eu teria minha “casa própria quitada”, coisa que muitos brasileiros na minha idade não tinham (eu estava pra fazer 31 anos), nem ele tinha a dele? E assim foi. Acho que foi a primeira vez que verdadeiramente senti que ele se orgulhava de mim.

O desemprego (Banespa, onde trabalhava, foi vendido e ele saiu no PDV) o fez comprar seu apartamento em São Paulo. Vim saber que o que o estimulou a fazer isso foi o meu empenho em ter o meu em Bauru. E comprou o apartamento de seus sonhos, e fez uma reforma que o deixou ainda mais charmoso. Era palco de festas, reuniões de amigos – meu irmão tinha muitos amigos.
Com o tempo e com a convivência, percebi que muitos desses amigos na verdade eram pessoas que dele se aproveitavam para alguma coisa. Passei a contar nos dedos quais eram AMIGOS de fato, e não precisei usar todos os dedos de uma das mãos. O que eu fui perceber depois é que eram esses amigos que ele realmente considerava como tais. Os outros eram figurantes em seu espetáculo que era viver. E a vida dele era isso: uma grande peça de teatro. Mas seu personagem na verdade era ele mesmo, real. Ele não usava máscaras. Não representava; atuava! Seu papel era o do crítico, do sarcástico, do irônico, do turrão, do correto, do mocinho que conquistava a mocinha, mas sempre com um pé na vilania. Vivia nas altas rodas, mas conhecia os métodos da baixa-ralé como se dela sempre fizesse parte. Defendia os seus com unhas, dentes e com produções jornalísticas e literárias capazes de fazer tremer e chorar o mais duro dos céticos.

Consumia informação e cultura como um faminto devora a comida do prato que lhe oferecem. Em sua biblioteca (ainda) há cerca de cinco mil livros, fora os que estão na casa de minha mãe em Bauru. Desses, posso apurar que 80% foram lidos, alguns, relidos.
Gostava de música. Tem uma pilha de discos de vinil que deve chegar a 500. Fora os muitos CDs. Ali, Chicos, Caetanos, Tons, Edus, Elis, Marinas, cantam o amor, a dor, o sofrimento e o prazer. Cantavam a música que embalava a trilha sonora da vida de meu irmão, em noites que pareciam saraus, ou mesmo enquanto ele digitava, sozinho, seus textos ácidos ou seus romances que viraram livros na velha Remington mecânica, Olivetti elétrica ou, mais recentemente, no Infoway Black ou no notebook Acer.

E sempre com uma TV ao lado. Jogo do Santos? Não perdia um no SporTV. Entrevistas com políticos, economistas, formadores de opinião? Via tudo na Globo News. Sessões na Câmara, ele via pela TV Câmara. E o blábláblá que a TV Senado mostrava, ele anotava tudo. E dá-lhe palavrões! Os mais cabeludos que seu repertório conhecia, e que deixavam minha mãe histérica.
Conheceu a Internet e descobriu que podia ter a informação em casa, sem precisar ir à banca de jornal. Descobriu também que podia “amar” pela grande rede. Amor globalizado. Logo, desencantou-se por isso: achava que nada tirava o prazer de segurar um jornal, pegar uma revista e beijar uma boca real. Certas facilidades virtuais podem tê-lo seduzido, mas jamais o conquistaram.

A doença o aproximou da família. A falta de dinheiro também. Passou a ficar boa parte do mês com meus pais em Bauru. Seu notebook, sempre o acompanhando. Criou um site onde difundiu suas idéias, e fez contatos com inúmeras escolas por esse Brasil afora, enquanto ia ganhando prêmios e mais prêmios pelos seus romances infanto-juvenis (O sol em capricórnio e Cesta de três). E suas produções em Bauru eram acompanhadas pelo nosso cachorro Pepe, que ia “fiscalizar” o trabalho do “tio” na janela a cada 10 minutos para, claro, ganhar um carinho no focinho.

Em 2006, ficou definitivamente doente. Seu fígado falou “chega, cansei!”. E há exatamente um ano, seu coração parou e seus olhos foram fazer duas pessoas voltarem a ver o mundo. Era sua vontade que fizemos questão que fosse cumprida. Infelizmente não foi possível doar mais nada.
Um ano. Um ano de saudade. Saudade que cala o peito.

Meu irmão pode ter morrido. Mas enquanto eu viver, ele vai viver comigo. Um irmão que eu fui conhecer há pouco tempo. E pouco tempo pude conviver. Mas, intenso como ele só. Mais que um ídolo, mais que um parceiro, mais que um conselheiro, mais que um ouvinte, mais que um companheiro. Foi simplesmente meu IRMÃO.

Eu te amo, por toda minha vida!

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COMO TORNAR-SE UM IMORTAL

>> domingo, 10 de fevereiro de 2008



Texto escrito por Robert N. Test, em 1978


Não chamem meu falecimento de leito da morte, mas leito da vida.

Dêem minha visão ao homem que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança ou o amor nos olhos de uma mulher.

Dêem meu coração a uma pessoa cujo coração apenas experimentou dias infindáveis de dor.

Dêem meu sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de seu carro, para que ele possa viver para ver os netos brincarem.

Dêem meus rins às pessoas que precisam de uma máquina para viver de semana em semana.
Retirem meus ossos, cada músculo, cada fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio para fazer uma criança inválida caminhar.

Explorem cada canto do meu cérebro. Retirem minhas células, se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um dia, um menino mudo possa ouvir o seu próprio gritar em um momento de felicidade, ou uma menina surda possa ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.

Queimem o que restar de mim e espalhem as cinzas ao vento, para ajudarem as flores brotarem.

Se tiverem que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.

Dêem meus pecados ao diabo. Dêem minha alma a Deus. Eles saberão o que fazer.

Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam-no com ação ou palavra amiga a alguém que precise de vocês.

Se fizerem tudo o que pedi, estarei vivo para sempre!

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